34. O tal interesse sexual

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[ Aviso de hot com descrição de dupla penetração, se alguém não gostar pode pular quando o hot começar rs ]

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— Ora mas aonde já se viu ficar escondendo as coisas da própria mãe, da própria mãe! O problema foi todo do teu pai que não quis te dar criação, filho meu não faz isso com a mãe! É uma pouca vergonha mas olha só aonde já se viu e eu aqui sem nunca receber notícia pensando que tá tudo bem e meu próprio filho tem a audácia de me falar uma coisa dessas, e tira essa mão daí! — Deu um tapa rápido na mão de Kim Taehyung quando viu o filho esticá-la para pegar um biscoito caseiro que acabara de sair do forno. — Você não tá merecendo nada não!

— Omma! Mas eu já tô bem! Eu só não queria te preocu... — parou de falar quando viu sua amada progenitora erguer a colher de madeira em sua direção, com raiva.

— Você não me venha com desacato à sua mãe que eu não te coloquei nesse mundo pra isso! Nove meses me dando trabalho na barriga pra me vir com essa, com essa! Mas você é um caso sério, Taehyung, um caso sério! — Começou a falar em um coreano carregado mais uma série de reclamações; quando resolvia falar na língua materna, desengatava e não parava mais.

Da sala de estar, Jungkook e Jimin controlavam ao máximo para não rir, mas era impossível. O loiro segurava a própria barriga e o corpo estava encolhido, enquanto o mais novo cobriu a boca com as mãos para não soltar uma gargalhada.

Desde que chegaram à casa da Sra. Kim, a mulher estava reclamando há meia hora sobre a negligência do filho em não contar sua condição médica a ela.

Kim Minji possuía uma estatura bem menor que a de Tae, mas compensava na altura da voz ao falar e no olhar inquisitivo. A coreana de traços orientais marcantes estava com um avental e luvas quando recebeu a surpresa inesperada do filho, seu genro e do loiro que ela ainda não havia entendido o que estava fazendo ali, mas estava mais preocupada em dar um sermão no filho por esconder coisas dela primeiro.

A avó de Taehyung, infelizmente — ou não — estava fora naquele dia para um passeio com o grupo da igreja que relutantemente aceitou ir, apesar de não concordar com a filosofia cristã. Era a única atividade diferenciada naquela cidade pacata e um senhor de nacionalidade brasileira estava há algumas semanas interessado em conversar mais com ela, então Minji a obrigou de ir à excursão na esperança de também aproximar sua mãe do homem de cabelos já totalmente brancos, visto que ela se sentia muito sozinha ultimamente.

A casa de Minji continuava do mesmo jeito que Taehyung se lembrava desde a última vez que ele e Jungkook a visitaram, nas férias escolares do professor. Toda trabalhada em madeira escura, a cor fechada se balanceava com todos os móveis e decorações de tons claros. Era como estar em uma casa de passeio gostosa na qual sempre poderia ir para relaxar nos fins de semana, após a rotina conturbada da cidade.

Kim Minji não iria admitir, mas estava mais do que aliviada por reencontrar o filho, apesar das palavras duras para ele. A decepção por ter sido deixada de lado durante um momento tão difícil para Tae era o tipo de coisa que seu falecido marido, TaeHo, faria. Nunca teve conhecimento a fundo dos negócios estranhos do homem, assim como tinha medo de perguntar qualquer coisa para Taehyung agora.

Pai e filho eram tão parecidos que chegava a ser assustador.

Quando os gritos de Minji deixaram de ser ouvidos e deram lugar a falas mais baixas, Jungkook e Jimin se levantaram do sofá e foram em direção à cozinha. Taehyung tentou outra vez pegar um biscoito do forno, mas dessa vez foi impedido pela colher de pau batendo em sua mão.

— Eu posso pegar um, senhora Smith? — Jungkook usou o sobrenome americano, pois estava acostumado a tratá-la assim quando se conheceram. Por já ser algo automático vindo do genro, Minji não se incomodava nem o corrigia.

Almagesto | TaekookminOnde histórias criam vida. Descubra agora