𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 43

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5 de abril de 1996, Sexta-Feira;

Aquila estava na sala, onde haviam milhares de livros jogados na mesa, Snape passava o dia inteiro na biblioteca quando não estava em Hogwarts, dando um pouco de espaço pessoal para Aquila. Os livros antigos e empoeirados chamavam atenção por suas capas brilhantes.

A Black segurou um dos livros empoeirados na mão, abrindo a primeira página e observando um bilhete antes do começo do livro.

𝒮𝑒𝓋𝑒𝓇𝓊𝓈, 𝒶𝒸𝒽𝑒𝒾 𝑒𝓈𝓈𝑒 𝓁𝒾𝓋𝓇𝑜 𝓃𝒶 𝒷𝒾𝒷𝓁𝒾𝑜𝓉𝑒𝒸𝒶, 𝒶𝒸𝒽𝑜 𝓆𝓊𝑒 𝑔𝑜𝓈𝓉𝒶𝓇𝒾𝒶 𝒹𝑒 𝓁𝑒𝓇, 𝑒𝓊 𝓅𝑒𝓇𝑔𝓊𝓃𝓉𝑒𝒾 𝒶 𝓈𝑒𝓃𝒽𝑜𝓇𝒶 𝒹𝒶 𝒷𝒾𝒷𝓁𝒾𝑜𝓉𝑒𝒸𝒶 𝑒 𝑒𝓁𝒶 𝒹𝒾𝓈𝓈𝑒 𝓆𝓊𝑒 𝓅𝑜𝒹𝑒 𝒻𝒾𝒸𝒶𝓇 𝒸𝑜𝓂 𝑜 𝓁𝒾𝓋𝓇𝑜 𝒸𝒶𝓈𝑜 𝑔𝑜𝓈𝓉𝑒.

𝒞𝑜𝓂 𝒸𝒶𝓇𝒾𝓃𝒽𝑜 𝐿𝒾𝓁𝓎 𝐸𝓋𝒶𝓃𝓈

Aquila tomada por seu instinto curioso, abriu mais e mais pagina do livro, passando rapidamente por páginas em branco, parando na primeira pagina onde haviam anotações, agora com uma letra diferente.

Aquila tomada por seu instinto curioso, abriu mais e mais pagina do livro, passando rapidamente por páginas em branco, parando na primeira pagina onde haviam anotações, agora com uma letra diferente

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Aquila fechou o livro rapidamente sem o largar ao ouvir passos se aproximarem. Snape parou intacto na frente dela, observando com atenção o livro em sua mão.

-O que precisa que eu explique? -perguntou ele, lendo o turbilhão de perguntas que rodopiavam a cabeça da menor.

-Lily, porque ela lhe deu este livro? -perguntou ela sem entender ao certo o que se passava.

-Lily era minha amiga antes de ter que quebrar nossa relação. -Disse ele. Quebrar, como se fosse algo feito artificial ou de vidro, algo que poderia ser simplesmente desfeito em um momento, e de fato foi, com uma simples palavra.

-Quebrar...-Ela refletiu com sarcasmo, soltando uma risada nasal.

-Com o inicio da guerra todos arcamos com as consequências. -Disse Snape olhando para baixo. -Lily era minha consequência, precisei machuca-la para perder sua confiança, e assim ganhar a de Voldemort.

-Nunca esteve do lado de Voldemort. -falou Aquila com medo, percebendo o que Snape havia feito.

-Nunca, tudo que fiz foi para ajudar Dumbledore, porque ele poderia saber como isto acabaria, perdi Lily, Regulus, e possivelmente perderei você. -Ele falou sinceramente.

-Porque finge? -Perguntou a garota olhando em seus olhos negros como carvão.

-Eu sou fiel ao Dumbledore, sempre foi assim, desde meu sexto ano escolar. -Disse ele se aproximando e pegando o livro com cuidado, analisando-o com seus dedos.

-Você é um espião de Dumbledore. -falou ela. -Porque nunca me contou? Você mentiu. -disse ela duvidosamente se afastando um pouco por medo.

-Precisava de minha confiança e lhe conhecendo, sei que nunca confiaria em mim se diria que estaria traindo ao homem que deixaria sua família salva. -disse Snape, e de certa forma era verdade, Aquila nunca acreditaria nele. Não antes.

-O que posso fazer? -perguntou ela cabisbaixa.

-Quer ajudar? -perguntou ele, com medo que ela estivesse disposta a arriscar a segurança de quem amava, ela levantou sua cabeça convicta.

-Obvio. -disse ela, porem lembrando-se de sua promessa, ela morreria se mudasse de lado. -O problema é somente o voto, estarei morta se assim fizer, Podemos desfaze-lo! -disse ela com um sorriso logo se formando entre suas covinhas.

-Não, não se pode desfazer um voto perpetuo sem ambos saberem! Mas a algo de que podemos fazer. -disse ele grave. -Há uma falha no voto, eu o fiz, lembra-se disto? -perguntou ele com um sorriso perverso no rosto. -Seu voto só vale até seu aniversário, quando haver uma marca negra em seu antebraço tudo acabará! -disse ele sorrindo e Aquila sorriu de canto.

-Perfeito, precisamos falar com Dumbledore. -disse ela como se desse uma ordem a um batalhão.

-Por enquanto ficaremos calmos, sem alardes, entendeu? Nosso inimigo sempre está perto! Prepare-se Aquila Black, porque muitos não iram querer seguir seu caminho.

***

-Posso ser sincero com você, pequena Black? -perguntou Snape ao lado de Aquila na biblioteca, ambos sentados nas poltronas acinzentadas. -Quando te vi pela primeira vez não vi somente uma garota bobinha e durona filha de Remus Lupin e Sirius Black. -Ele falou sincero. -Você se tornou alguém que conheço de um modo que assusta.

-Assusto você? -perguntou ela sorrindo pela bobagem.

-Sim, ao passar do tempo passei a gostar destes traços em você, mas me assunto ao ver como se parece com eles, com ela principalmente. -Ele disse cabisbaixa.

-Desculpe, eles? -perguntou a garota ainda confusa.

-Os marotos, eram insuportáveis, mas eu os odiava por algo que não podia ter, ou somete fui ter mais tarde, amizade. -disse ele meio triste. -Você por incrível que parece tem tudo que eles tinham, o carinho e amor de Lily Evans, a coragem e ousadia de James Potter, a curiosidade e sabedoria de Remus, o coração e seu modo de agir, do mesmo modo de Sirius Black, tudo que você tem me fez teme-la. Meu pior pesadelo em somente uma garota.

Ela riu baixo, sem acreditar, ela era o maior medo de Snape, não por ser ela, mas por relembra-lo de seu passado, ela o olhou seria e triste ao mesmo assim que se recuperou.

-Pensa isto de mim? -perguntou ela curiosa.

-Penso. Quando te vi entrando pelas portas do salão comunal eu sabia que lhe conhecia, só não sabia da onde, mas tudo voltou tão depressa que cheguei a ficar tonto, eu odeio isso.

-Me odeia? -perguntou ela ingênua.

-Não, odeio você me lembrar eles, não eles em especifico, mas a parte da minha vida em que eles estavam presentes, vê-los faz eu me sentir como jovem, o jovem Snape que errou tudo mesmo tentando acertar. -disse ele pegando uma xícara quente de café puro e lhe entregando. -Admiro você por tudo que está fazendo!

-Admira? -desconfiou ela.

-Está fazendo o impossível por aqueles que ama, Aquila, nunca fui capaz de fazer isto por ninguém! -disse Snape sorrindo de canto.

-Iremos a mansão Malfoy? -perguntou Aquila dócil.

-Somente amanhã, os comensais saíram hoje. -falou ele serena, como um pássaro, Aquila fechou o livro e voltou-se ao seu quarto, fechando a porta e deitando-se na cama macia, dormindo profundamente até a manhã seguinte.

Pela manhã do dia seguinte, Aquila acordou rapidamente e quase ao mesmo tempo que Snape, eram quatro e meia da manhã, e Snape já estava de pé na cozinha, Aquila trocou-se colocando uma calça Jeans e um suéter escuro, deixando seu cabelo suave e cacheado cair sob seus ombros.

Snape servia café em suas xicaras, fazendo uma delas atravessar a casa até a escadaria que Aquila descia, logo chegando ao andar de baixo, Snape traçou com sua varinha um feitiço para as malas descerem, e então ele caminhou até a garota.

-Aquila, temos que ir, tenho que passar em Hogwarts antes, vou falar com Dumbledore! -disse ele sério.

-Lhe arranjei problemas? É sobre ontem? De se tornar espião! -disse ela preocupada.

-Mais ou menos, Aquila, só precisamos ir! -disse ele pegando em sua mão e nas malas, e aparatando para perto da escola, no meio da floresta, seguindo um caminho curto até o castelo. Ao ver as enormes portas, Aquila gelou, o local parecia ser tão vivo, mas agora tão vazio, ela nem entendia o porque, mas amedrontava entrar ali.

Doces e Guerras-Neville Longbottom-Onde histórias criam vida. Descubra agora