𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 52

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Faziam duas semanas;

No Largo Grimmauld número doze, se encontravam Remus e Harry, os únicos restantes da família, os dois mais abalados com a perda de seus parentes, não podendo suportar perder mais algo em sua vida, tudo parecia relativo, como se o mundo ou até mesmo a vida fosse uma grande e confusa mentira. Eles sabiam que nada seria como antes.

O telefone tocava, mas nenhum dos dois homens na casa sequer se arriscavam a se aproximarem do mesmo. Remus estava no quarto, com seu olhar travado ao armário em frente a antiga cama de Sirius em sua adolescência, um quarto enorme, todo bagunçado e cheio de posters de bandas trouxas.

O homem não pregava os olhos a mais de dois dias, pois toda vez que seus olhos fechavam a imagem de sua filha e seu marido apareciam em sua mente, fazendo-o acordar aos prantos.

Lupin se encaminhou até o banheiro atrás de um remédio, seu corpo inteiro ardia, uma das suas cartelas de remédio estavam na bancada, remédios proibidos já que ele só os tomava perto da lua cheia por conta de ser um calmante corporal, que conseguia atingir fortemente seu lado lobisomem.

-Harry? -perguntou ele chamando o menor que por sinal não respondeu. -Harry, querido? -chamou novamente. O menor não respondeu e Remus por sua vez correu até o andar de baixo onde ficava o quarto do menor.

A porta estava trancada, Remus sacou sua varinha rapidamente, conjurando um feitiço para destranca-la, empurrando as coisas que seguravam a porta. Potter estava deitado ao lado de sua cama, caído no chão, seus olhos presos ao teto, ele nem piscava, Remus se desesperou por completo quando viu o menor ali.

-Harry! -Ele correu para o lado de seu afilhado, segurando suas costas, levantando sua cabeça. -Quantas pílulas tomou, Harry? -perguntou, mas o menor não respondeu. -Por favor, Harry. -Choramingou. -Eu não posso perder você também, por favor. -Ele gritou, pegando o menor no colo e teletransportando para o hospital St. Mungus, onde ele logo foi levado pelos médicos.

-Sr. ? -perguntou uma medica alta e loira. -Sr... -continuou ela, mas para Remus tudo andava devagar demais, ele não conseguia ver, ou até mesmo ouvir com clareza. A mulher o colocou sentado.

***

-Sr. ? -perguntou a mulher depois de longos minutos, Remus a olhou finalmente, conseguindo a vê-la. -Seu nome por favor. -pediu ela.

-Remus John Lupin. -disse ele ainda estranho pelos acontecimentos.

-Certo, Sr. Lupin. -disse ela segurando uma prancheta. -O que aconteceu? Com detalhes.

-Meu filho...Digo afilhado, tomou alguns medicamentos que tenho em casa, eu nem vi ele pegando, quando cheguei no quarto dele ele estava... Desculpe. -disse ele soluçando. -São remédios fortes, quase ninguém tem, mas tenho autorização para tê-los em casa, são remédio contra licantropia, estudo sobre lobisomens.

-Certo, seu filho provavelmente será liberado ao anoitecer, Sr. Lupin, sugiro que descanse um pouco. -disse ela. -Estou aqui se precisar. -falou ela andando até o balcão.

Remus conseguia ouvir as vozes de Sirius e Aquila em seu ouvido. "Cuide dele Moony" "Tome cuidado, pai" Uma lagrima grossa saiu dos olhos de Remus, ele se sentiu atordoado, e quando voltou ao normal um homem baixinho parou em sua frente.

-Sr. Lupin? -ele perguntou e Remus concordou rapidamente. -Pode entrar para ver seu filho. -disse ele guiando Remus para dentro da sala. -Bom, ele tomou muitas pílulas, mas fizemos uma lavagem, e demos medicamentos anulantes, ele irá ficar bem, Sr. Lupin, tome cuidado com esses medicamentos, eles podem agir muito rápido. -Falou o médico, Remus sabia da rapidez das pílulas ele só não imaginava que seu filho iria ingeri-las.

Doces e Guerras-Neville Longbottom-Onde histórias criam vida. Descubra agora