"Somente para ela, ele baixou a guarda."
"É como se você jogasse sal nos meus cortes."
[Narração Jeff]
Vejo a garota comer sem parar, parece que não via comida a anos e o cheiro dela de lama misturado com alguma coisa?
– Depois que comer, peça a uma empregada para te mostrar o quarto de hóspedes e o banheiro.– Afirmo, – Perdi meu apetite.– Concluo me levantando, minha mãe me olha e faço sinal para que ela me siga, antes de sair dali olho mais uma vez a garota, o pescoço estava cheio de marcas,como se alguem tivesse a enforcado, entro no meu escritório com minha mãe.
– De onde você tirou essa garota? Tenho o direito de saber afinal essa casa é minha também.– Afirmo me sentando.
E minha começa a história, saiu para fazer comprar e na volta a garota se jogou sobre o carro dela desesperada..
– Enlouqueceu? O tal Leon pode ser um cliente meu, – Pelo que ela disse ele era bem de vida, podia ser um comprador.
– Sabe que isso não me importa.– Afirma revirando os olhos.
– Mas importa a mim –Digo ligando o computador.– Se ela for de um cliente eu vou devolver ela.– Concluo.
– Mas não vai mesmo! Ele é uma machista, violento, abusivo. –Rebate.
Começo a olhar a lista de clientes e procuro pelo nome Leon, para a sorte da garota não acho ele entre meus clientes mas eu tinha certeza que já havia escutado o nome dele em algum lugar, então pesquiso no google e..
– Encontrei você.– Afirmo, Leon Pimentel Gonçalves, tinha a ficha bem suja mas tudo era apenas suposições já que seus pais sempre limpavam a barra dele, filhinho mimado, conheço bem esse tipo.
Já foi acusado de estupro duas vezes, já causou um acidente por dirigir bêbado ao volante e fazer uso de drogas, agora ele estava atrás da garota na minha cozinha, o tipo de problemas que eu não quero no meu pé, aos olhos da sociedade sou um empresário bem sucedido dono de uma empresa de perfumes mundialmente famosa, mas por trás disso eu era um traficante, vendia tudo pelo mundo usando meus subordinados, ninguém nunca viu minha cara pessoalmente e assim continuaria, sabiam do que eu fazia mas não podiam provar nada.
Me levanto indo para o quarto de hóspedes, ela teria que me dizer em detalhes como esse "pitbull" era, caso contrário eu mandava ela de volta para ele.[Narração Sol]
Saio do banheiro depois do banho, roupas limpas estavam sobre a cama, era um pijama rosa que parecia seda, pego o mesmo e quando estou quase tirando a toalha a porta é aberta de uma vez, me assusto e deixo a mesma cair.
– Deus do céu! – Afirmo ao ver aquele babaca parado na porta me olhando sem piscar, me senti constrangida, ele me olhava com uma intensidade absurda, parecia que ia me atacar a qualquer momento.
– Pode se virar? – Indago me abaixando as pressas para pegar a toalha, enrolo em mim mesma enquanto ele sorri debochado.
– Me virar? Eu já vi tudo.– Constata.
Reviro os olhos e segurando o pijama volto para o banheiro, já trocada eu saio, ele está sentado na beirada da cama.
– Vejo que está se sentindo bem a vontade na 'minha' casa. – Afirma.
– Olha eu já entendi que você não gostou que eu vim para cá, eu entendo que sou uma estranha então por favor me dê alguns dias e eu vou embora, ok? Enquanto isso pode não me tratar feito lixo? Em nenhum momento te faltei com respeito.– Afirmo passando a toalha nos cabelos molhados.
– Eu vim aqui porque quero saber em detalhes o que aconteceu antes da minha mãe te achar e sobre o tal Leon, tenho o direito de saber onde estou me metendo.– Diz.
– Não tem que se preocupar com isso, eu vou embora antes que ele me ache.– Argumento.
– Até lá quer que eu espere ele aparecer na minha porta? Desembucha! Quero saber os riscos.– Pressiona.
– Eu posso lidar com isso, com ele.– Afirmo.
– Como? Vai passar a vida toda fugindo? Aliás, vejo bem como você consegue controlar ele, as marcas no seu pescoço dizem tudo, isso porque eu não falei nada nas marcas de cigarro na sua barriga.– Afirma.
Sim, Leon se divertia apagando cigarro em mim.
– Eu já tentei denunciar mas..– Ele me impede de falar.
– A família dele tem influência e poder.– Conclui..– Me conta tudo, prometo só ouvir, não vou te provocar em nenhum momento, só quero saber onde minha mãe se meteu ao te ajudar, a essa hora ele pode até ter a placa do carro dela.– Diz, eu não queria que nada acontece a mãe dele por minha causa, tudo que ela fez foi me ajudar, então me sento ao lado dele na cama e começo.
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Vermelho, Caos E Nós.
Fanfiction"VERMELHO, por todo sangue que vai ser derrubado ao longo dessa história. VERMELHO, porque é a cor do batom dela quando a vejo. VERMELHO, que me lembra sua lingerie, minha favorita. VERMELHO, porque é a cor da minha alma." Nem branco que simboliza i...