"Você me diz coisas, parece que foi ensaiado."
"Isso também vai passar, muito tempo não significa para sempre."
Jeff.
Me levanto devagar e mancando vou para o meu carro, lá eu rasgo a minha camisa e amarro sobre o ferimento tentando parar o sangue.
– Precisa de um médico.– Dois seguranças ficaram comigo e é um deles que diz.
– Só saio daqui depois que acharem ele.– Afirmo sentindo uma queimação do caralho.
Meu celular começava tocar bem nessa hora, era Sol, se eu não atendesse ela iria desconfiar.
– Lírio.– Digo tentando controlar o tom da voz, quase gemi de dor.
– Você volta hoje não é? Estou com saudade.– Diz manhosa.
– Claro-ro meu..amoor..– Digo arrastado.
– O que aconteceu? – Ela pergunta.
– O quê? Nada.– Digo rápido, pareceu aflito, droga.
– Combinamos de um não mentir mais para o outro e nem esconder nada, fala Jeff.– Me coloca contra a parede.
– Não foi nada, só algumas coisas que saíram do meu controle.– Sussurro..
– Explica melhor, é sobre o que você ia fazer com o Leon? – Indaga.
– Sol..– Tento enrolar ela.
– Jeff Satur, se você não me disser a verdade eu entro dentro do carro grávida e vou até o galpão, se não te achar eu te caço e lembre que estou esperando um filho seu e corro o risco de um acidente se eu dirigir nervosa e preocupada! – Argumenta, ela consegue me dobrar.
– Consegui junto de Gustavo mandar os pais do Leon pra cadeia mas ele fugiu do cativeiro que eu o mantinha, não sei se está vivo porque entrou na floresta mas levou tantos turos que só Deus pode contar e eu..levei um tiro na perna mas estou bem, eu amarrei com a camisa e..– Ela me corta.
– Volta pra casa agora, precisa de um médico e eu só vou ter paz quando te ver aqui e inteiro, seus seguranças procuram por Leon enquanto você cuida do ferimento.– Afirma.
Porque eu senti que se não fizesse o que ela falou eu estaria encrencado?– Tudo bem, liga para o médico que te atendeu da última vez, estou á caminho.– Afirmo e desligo, ela me convenceu tão fácil.
Quando chego em casa Dr.Ricardo Souza e sua enfermeira Julieta já estão lá, Ingrid não diz uma palavra se quer, só observa tudo junto com a minha mãe, 9 pontos na perna foram dados com anestesia local.
– Remédios para não inflamar, dois ao dia pelos próximos 15 dias.– Diz e Sol os pega.
– Nem preciso dizer que o que acontece dentro dessa casa é sigiloso, certo? – Indago mesmo sabendo que ele assinou um termo.
– Sim senhor.– Diz, se eu fosse ao hospital fariam perguntas, a mídia cairia matando e eu não preciso de mais problemas agora.
Depois que eles vão embora fico sentado na cama, nenhuma noticia de Leon e minha mulher entra no quarto depois de levar o médico á porta, está com cara de poucos amigos.
– Eu sei que você está zangada mas essa parte não foi programada.– Digo me referindo ao tiro.
– Nem sempre tudo sai como no roteiro, Jeff. E se ele tivesse mirado mais em cima? Você estaria morto agora, tem noção disso? Eu viúva e nosso filho sem um pai! – Diz nervosa.
– Ele saiu com muito mais buracos que eu.– Garanto.
– Ele não é meu marido, você é! – Rebate.– Eu odeio essa vida que você está levando, essa parte suja, não pode ser só o empresário e CEO da sua empresa? Tem que mexer com tráfico e armas também? Você não entende? Eu não posso perder você.– Diz começando a chorar.
– Amor se acalma, você não pode passar nervoso.– Afirmo.
– Pensasse nisso antes de chegar em casa cheio de sangue porque trocou tiros por ai.– Diz secando as lágrimas.– Quando você me disse que estava machucado eu quase enlouqueci então não vem me falar pra eu me acalmar.– Conclui saindo do quarto.
– Droga! – Digo já sozinho, eu sempre faço tudo errado.
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Vermelho, Caos E Nós.
Fanfiction"VERMELHO, por todo sangue que vai ser derrubado ao longo dessa história. VERMELHO, porque é a cor do batom dela quando a vejo. VERMELHO, que me lembra sua lingerie, minha favorita. VERMELHO, porque é a cor da minha alma." Nem branco que simboliza i...