Capítulo 35 - COMEDY

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"Você era minha fortaleza e se tornou minha principal ruína."

"A vida é um soco no estômago."

Jeff.

Quarto por quarto eu a procuro e a encontro, um dos quartos de hóspedes, ela dormia com a mão na barriga, a cena faz meu coração acelerar, pensar que eu quase perdi isso, quase não tive a chance de ver ela grávida com o barrigão, de estar presente no nascimento do nosso filho e de ajudar a criá-lo, ela quase tirou isso de mim e é o que mais me dói, a pessoa que eu mais amo ter me afastado assim.
Caminho até ela na cama e coloco minha mão sobre a dela em sua barriga.
– Oi filho, sabe que eu sou? Sou seu pai..– Sussurro.– Você vai ser tão amado, tão essencial e importante pra mim e pra sua mãe, mesmo agora a gente estando afastados um pouco, eu amo ela, sabia? Tomara que você tenha metade da beleza dela e que herde a coragem também.– Sussurro.
– Jeff..– Ela chama, eu penso que está acordada, mas não, está dormindo.
– Estou aqui, Lirio.– Afirmo e ela aperta a minha mão.
– Fica aqui.– Pede, acabo cedendo e me deitando ao seu lado na cama, ela se aninha no meu peito e suspira aliviada.
– Está acordada? – Pergunto mas não obtenho resposta.
– Você me ama? – Indago.
– Sim, eu amo.– Diz.
– Então porque ia me deixar? – Sussurro
– Porque eu prefiro te amar você estando vivo e longe, do que estar perto e você sofrendo na cadeia ou até morto, se eu tiver que me sacrificar pra você estar bem, eu farei isso.– Afirma e eu ergo seu rosto para confirmar, ela estava mesmo falando comigo dormindo.
– Você faria o mesmo.– Conclui e sim ela tinha razão, eu faria o mesmo e até mais para que ela ficasse bem, naquele momento entendi a decisão dela, ela preferiu viver longe de mim mas sabenso que eu estava bem do que correr o risco de ficar e eu ser preso e morto.
– Promete que nunca mais vai fazer isso sem falar comigo.– Peço passando as mãos por entre seus cabelos.
– Eu prometo.– Diz e eu sorrio mesmo sabendo que uma promessa feita quando se está inconsciente não vale de nada, ela nem se lembraria dessa conversa pela manhã.

Sol.

Ao acordar me assusto ao ver ele ali, achei que estaria  com raiva de mim.
Me levanto e ele abre os olhos, estou sentada.
– Como veio parar aqui? – Indago.
– Conversamos ontem á noite, não lembra? – Pergunta e eu nego
– Sua raiva passou? – Indago.
– Mesmo dormindo você me fez entender seus motivos e embora eu não concorde eu entendo porque se me ameaçassem para te deixar eu faria desde que você estivesse bem.– Ele também se senta.
– Eu me arrependo do que fiz, eu devia ter conversado com você assim que aquele cretino me ligou e devia ter contado do bebê no momento que eu soube, me perdoa.– Peço.
– Desde que me prometa que o próximo problema que aparecer, não importa o que seja, você vai me contar.– Diz e eu concordo na mesma hora.
– Eu prometo.– Concluo e selo a minha promessa com um beijo, ele se empolga e me deita na cama ficando por cima de mim.
– Filho, vira para o outro lado agora..– Sussurra perto da minha barriga.
– Ou "Filha", tem chances de ser menina.– O lembro.
– Podemos fazer um trato, o que acha? – Ele me olha. – Se for menino eu escolho o nome e ser for menina você escolhe.– Diz.
– Fechado.– Digo e recebo um selinho.
– Agora..abre as pernas pra mim meu amor..– Sussurra com a voz rouca no meu ouvido, eu estremeço mas obedeço automaticamente, logo pela manhã estamos no auge do desejo e meus hormônios pareciam aflorar mais...
– Seus seios parecem maiores, a maternidade lhe cai bem, lírio..– Sussurra chupando os mesmos.(...)

Vermelho, Caos E Nós.Onde histórias criam vida. Descubra agora