Capítulo 07- That should be me.

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"Você tem dúvidas intermináveis, brigas desnecessárias, amores incompreensíveis..mas também tem uma esperança inesgotável."

[Narração Jeff]

Assobios.
Eu estava ouvindo isso mesmo? Parecia estar perto todo esse barulho.
A ruiva ajoelhada na minha frente abocanha meu pau mas todo o barulho do lado de fora estava me incomodando, como eu posso ter algum prazer se o assobio em volta estava me incomodando? Nem duro ela conseguiu me deixar.
Me levanto e vou até a janela deixando a ruiva ainda de joelhos, ela fica sem entender mas meus olhos estão na piscina agora, Sol está lá, usava um biquíni vermelho neon, a pele bronzeada parecia brilhar por causa do sol e ela nadava e sorria ao mesmo tempo, será que percebia o poder que tinha?
Olho para baixo e o que a ruiva não conseguiu fazer com a boca, Sol fez mesmo a distância, me deixou duro.
– PORRA! – Praguejo.
Me recuso a usar a mão novamente, fecho os olhos desejando que a boca da Ingrid estivesse me lambendo mas ela não estava a minha disposição, a ruiva estava.
– Você. – Afirmo me virando e indo na direção dela.– Chupa isso.– Digo enfiando tudo na boca dela até a garganta, ela engasga um pouco mas não tira a boca e começa a chupar, não consegui sentir muita coisa.
– Vai embora.– Peço e resolvo meu problema com a mão..novamente.
Quando saio do banheiro o barulho lá fora continuava, pelo visto os seguranças estavam bem animados por ver Sol nada, o que me leva a caminhar até lá fora e ao passar pela porta os barulhos param.
– Realmente não te incomoda essa merda toda? – Pergunto nervoso.
– Eu pedi que parassem mas ela não ouviram, o que mais eu poderia dizer? – Indaga no meio da água.
Olho em volta, eles abaixam a cabeça, agora resolveram calar a boca?
Ingrid começa a nada para a beirada da piscina e quando vai sair faz uma careta de dor e cai na água novamente.
– CÂIMBRA! – Grita afundando na água.

Contra a minha vontade eu me jogo na água, não tinha plano de me molhar depois que acabei de tomar banho.
Ela passa os braços por meu pescoço, o corpo dela grudado ao meu com apenas a minha camisa e o biquíni dela separando as peles, não posos dizer como isso foi tentador e sexy pra cacete.
Nado puxando o corpo dela para a borda da piscina e quando chegamos lá ela se senta e se afasta dos meus braços, como quem tem medo, eu seu que levaria um tempo até ela deixar esse ex dela para trás e por isso não digo nada quando ela se afasta.
– Está doendo? – Pergunto vendo as caretas dela.
– Se eu deixar imóvel a dor passa, eu só tenho que aguentar.– Afirma.
– Nem sempre você tem que "só aguentar".– Afirmo puxando a perna dela para o meu colo, começo a apertar a mesma num tipo de massagem e vejo a expressão de dor dar lugar a um sorriso de alivio.
– Isso é bom, muito bom.– Sussurra fechando os olhos.
– Agora você pode me apontar os seguranças que mexeram com você? – Indago.
– Porque? – Sussurra.
– Matá-los.– Concluo como se não fosse nada porque realmente não era.
– Que brincadeira boba! – Diz achando graça mas eu não sorrio e ela percebe isso.
– Está falando sério? – Pergunta e faço que sim.
– Só preciso dos nomes ou pode simplesmente apontar para eles.– Digo e ela se levanta de uma vez, quase cai porque ainda tem câimbras mas se mantém.
– Enlouqueceu? Você é algum assassino por acaso? – Pergunta zangada, como eu respondo aquilo?
– Talvez.– Solto.
– Sinceramente você parece o diabo tentando me persuadir a fazer um pacto e entregar almas e só para constar minha alma não tem preço.– Diz andando lentamente para dentro.
– Quer ajuda para se secar, Lirio? – Indago, não sei porque "Lírios" me vieram a mente.
– Vai a merda, Diabão.– Afirma me fazendo rir, eu? O Diabo? Aliás, "Diabão"?

Vermelho, Caos E Nós.Onde histórias criam vida. Descubra agora