Capítulo 12 - Satiated cat

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"Você seria capaz de congelar um rio com tanta frieza em seu coração."

Sol.

Ele parecia chateado? Acabo sorrindo com a careta que ele faz, acho que entendi, quando estavamos quase nos beijando a mãe dele chegou e quando ele ia dormir aqui no meu quarto..apenas dormir, também não vai poder mais.
Eu realmente não sei se agradeço a mãe dele ou não, eu queria o beijo e ele tem se mostrando diferente do primeiro dia mas eu não estou pronta para um relacionamento amoroso ou qualquer coisa que chegue perto disso.
Então o que eu posso fazer que vai deixar ele feliz mas ao mesmo tempo indique que não é nada "demais".
– Vou tomar um banho e volto correndo para dormir aqui com você.– A mãe dele afirma generosamente.
– Obrigada mas eu queria dormir sozinha se não se importa, é que ultimamente eu tenho acordado muito nas madrugadas e os remédios estão me fazendo dormir a noite toda, não vou poder ser boa companhia nem para desligar o despertador, talvez até ronque alto, os remédios realmente estão me ajudando..– Explico para que ela não se zangue.
– Tudo bem então mas virei vê-la assim que o dia amanhecer, combinado? – Ela sorri e eu faço que sim.
Sozinha no quarto eu pego meu celular e digito..
"Pode vir até meu quarto?"
A mensagem é enviada com sucesso e em minutos um Jeff emburrado coloca a cabeça para dentro do mesmo e depois que me vê entra completamente.
– Do que você precisa? – Pergunta desanimado.
– Senta aqui, quero te mostrar uma coisa.– Afirmo e ele se senta na ponta da cama, perto de mim, seguro sua mão.
– Não pense demais ok? Não é algo significativo..– Sussurro.
– Do que você está falando? Eu não..– Pergunta e antes  continue a frase eu me aproximo dele e o beijo, aqueles beijos sem língua, algo mais "carinhoso" "íntimo."
– Meu agradecimento por tudo diabão.– Digo e em seguida sorrio, ele fica imóvel, surpreso até que sua ficha cai.
– Eu quero mais um! – Afirma tentando me beijar, o que acaba me fazendo rir.
– Vamos devagar ok? – Pergunto e ele me olha.– Não estou pronta para nada amoroso no momento, o que quer que seja que está acontecendo entre nós, vamos devagar ok? – Repito.
– No seu tempo, lírio.– Diz gentilmente.

[Narração Jeff]

Depois que eu sai do quarto dela eu estava convencido do que eu faria, mais do que nunca eu estava convicto em derrubar Leon, queria acabar com ele e deixar abaixo do chão, seria apenas a poeira que Ingrid pisaria, ele nunca mais a machucaria, ela nunca mais teria medo dele ou de qualquer outro pessoa no mundo, o que me faz ter essa certeza? Porque se necessário eu mataria toda a humanidade para que ela, apenas ela, vivesse sem medo.
No computador informações antigas dele, coisas sem importância, eu queria fatos e queria algo que ninguém da família dele pudesse livrá-lo.
Pego meu celular tendo todo um plano na mente.
– Preciso que me faça um favor, Gustavo.– Afirmo sorrindo.
– Do que precisa exatamente? – Indaga.
– Quero que coloque quatros sacos de cocaína dentro de um carro para mim, depois ligue na delegacia e faça uma denúncia anônima.– Afirmo.
– O que te faz pensar que não vão livrar a cara dele? – Pergunta.
– É simples, vou mandar a mídia toda para lá, cada repórter de cada canal de tv, vai passar ao vivo ele sendo preso por tráfico, depois vai pagar fiança e sair, também estou contando com isso.– Concluo.
– Mas porque não manda matar ele logo de uma vez? – Pergunta...
– Achei que você fosse mais esperto, simplesmente matar? Ainda não aprendeu nada trabalhando pra mim? – Sorrio.– Vou te contar um segredo, sabe qual é um dos meus apelidos no tráfico? "Gato saciado." – Eu amava esse apelido, então explico.– Um gato saciado brinca com um rato o dia inteiro antes de comê-lo, ele só está vivo até agora porque é meu rato, esse sou eu de verdade, é a primeira vez que vou brincar com ele e jogar, quando eu me cansar, vou devorá-lo. – Concluo.

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