Capítulo 26 - Love is disease

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"Simplesmente não posso agora, não sou de ferro e está doendo."

"Se está no seu coração, sempre vai acabar invadindo a sua mente."

Sol.

3 MESES DEPOIS.

– Faz tanto tempo que não saio daquela mansão pra nada, só treinando, fazendo terapia, comendo, cuidando da casa, fora os cursos e tempo pro Jeff, até esqueci como era caminhar num shopping.– Digo sorridente segurando a sacola com aalgumas coisas que comprei, isso incluía lingeries vermelhas para usar, cor favorita do Jeff e minha.
– Me pergunto se vai caber tudo no carro.– Diana constata.– Ainda sim, obrigada pelo celular, pode descontar do meu salário, por favor.– Afirma.
– Não seja boba, é um presente de uma amiga para outra, ok? Você disse que aquela delegada jogou seu celular no chão quando te demitiu, não pode ficar sem um aparelho, como vamos nos comunicar? – Sorrio.
– Somos amigas?! – Ela sorri e faço que sim.
Chegamos no estacionamento do shopping e começamos a colocar as coisas no porta - malas, quando estamos quase terminando, escutamos um barulho de borracha queimando no asfalto e então uma freiada brusca, o carro para quase em cima da gente, Diana tira a arma de sua cintura na mesma hora, pronta para atirar, eu mantendo a minha na cintura, porque sim, agora eu andava armada, estava me preparando para esse momento nos últimos meses e enfim ele chegou, Leon desce do carro, totalmente recuperado do último encontro que teve com Jeff quando eu havia acabado de casar, mas ele parecia..mancar?
– Olá raio de sol, quanto tempo, sentiu saudades? – Pergunta sorrindo, três seguranças descem do carro dele e seguram suas armas, apontam para Diana.
– Nova amiga? – Indaga olhando para ela e sorri.
– Duas contra quatro, você sempre foi covarde mesmo.– Argumento.– E sua perna, consegue correr ainda? – Indago e ele fecha a cara.
– Quando foi que ficou tão corajosa? – Sussurra, porque sim, eu costumava ter medo dele no passado, não vou dizer que não sinto nada ao vê-lo, eu ainda sinto, mas meu ódio queimando em mim é maior.
– O que você quer? Derrubar sangue? – Pergunto, ele dá passos na minha direção e se antes eu me afastaria ou correria, nesse momento eu não saio do lugar, olho nos olhos dele de igual para igual.
– É isso que você pensa de mim, amor? – Sussurra, dois passos de mim, eu podia ser a respiração dele, Diana mira a arma dela na cabeça dele e destrava.
– Você pode tentar qualquer coisa e seus seguranças podem atirar mas eu garanto que quando minha segurança cair você também vai porque ela não erra a mira, nunca e agora a mira dela é a sua cabeça.– Digo friamente.
– Gostei dessa versão sua, quero pra mim. Eu ainda te amo, sabia? – Indaga sorrindo.
– Eu odeio você pra cacete! Você é abusivo e violento, um psicopata asqueroso! – Afirmo séria.
– O amor é uma doença agora, amor? – Ele dá um passo para frente, quase me tocando, tiro minha arma da cintura e coloco o cano dela encostado em seu queixo.
– Seu amor é! Aliás, isso não é amor, é obsessão, é posse.– Concluo destravando minha arma.
– Vai atirar? Não é do seu fetio, meu amor.– Diz sorrindo.
– Dê mais um passo e vamos descobrir..– Concluo.
Então é ai que escutamos mais carro chegando com tudo, será que ele trouxe mais homens com ele?
Mas não, quem desce do carro é o Jeff, o meu marido. Os seguranças todos rodeiam Leon e os homens dele, Jeff coloca as mãos nos bolsos ao ver minha arma no queixo de Leon, ele sorri.
– Acho melhor você sair daqui.– Digo com raiva.
– Você vai voltar pra mim, garanto.– Diz se afastando, caminha para o seu carro mas meu sangue ferve, não consigo controlar.
– Ah, Leon? – Chamo e ele me olha..
– Um presente por todos os hematomas que deixou em mim.– Digo e miro na sua coxa, aperto o gatilho e ele cai de joelhos no chão, ergo a arma e assopro a fumaça que sai, certeza que meu batom vermelho estava intacto, os homens dele o ajudam a entrar no carro e saem dali, a possa de sangue dele fica ali.

Vermelho, Caos E Nós.Onde histórias criam vida. Descubra agora