Capítulo 44 - WARM HEART

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"Eu acho que no final das contas, sempre acabarei de joelhos em uma cama, orando a Deus, porque esse mundo só sabe acabar comigo."

Jeff.

– Eu posso explicar..– Digo mas ela faz o impensável, achei que me deixaria ali falando sozinho e gritaria, mas apenas caminha até a enfermeira e acerta um soco na cara da mulher que cai no chão com o nariz sangrando, provavelmente quebrado.
– Senhora, eu..– A mulher pensa em se defender mas outro soco e acertado em seu rosto.
– Você tem dois segundos pra sumir daqui ou eu vou fazer mais que quebrar seu nariz, não pense que porque eu estou grávida eu não quebro seus braços e suas pernas, sua Cretina! – Sol ameaça, a mulher sair correndo do quarto com a mão no nariz ensanguentado.
– Porra! – Digo, da última vez que ela agiu assim, transamos.
– Não diz nada ok? Porque embora eu saiba que você não me traiu e que ela te atacou porque eu ouvi atrás da porta, sei que não ficou duro por causa de mim, ficou duro porque ela te tocou.– Diz.
– Eu não posso controlar isso.– Afirmo.
– Mas não impede que eu queira te matar agora, como você se sentiria se eu ficasse molhada porque outro homem me tocou? Não é algo que podemos controlar mas isso não diminui a raiva.– Afirma pegando uma camisola e seu travesseiro.
– Não vai dormir aqui? – Pergunto.
– Agora não, se você me tocar desse jeito que está vou pensar que é pra se aliviar do toque da outra, não vou servir de reserva, ok? Também não vou transar com você para matar o desejo que outra mulher despertou en você.– Conclui, saindo do quarto.
Espero o efeito daquela porcaria passar e entro no banheiro, ao contrário do que ela pensa é nela que eu penso enquanto minha mão sobe e desce pela extensão do meu pau, nela de lingerie vermelha, nela nua, só nela.

SOL.

Sozinha no quarto de hóspedes me sinto uma idiota, no primeiro momento eu senti ódio porque achei que aquilo estava acontecendo porque ele deixou, depois que eu entendi que não mas ver seu marido ficar duro porque outra mulher o tocou é meio que desagradável, me senti pra baixo, insignificante.
Pego meu celular e ligo para a única amiga que tenho no momento.
– Oi Diana, está podendo falar? – Indago
– Claro, Gustavo já dormiu, o que houve? – Pergunta e eu explico tudo, já estava zangada pela vida que ele levava, pelo tiro e depois vem mais essa do beijo, da enfermeira, dele duro.
– Acha que estou sendo a errada? – Pergunto.
– Acho que se você se sentiu desconfortável com a situação você fez o certo em se retirar, isso te atingiu e você não conseguiu fingir que estava tudo bem, é humano isso, dê tempo ao tempo, ele também não fez por mal, são coisas que ninguém pode controlar assim como você não conseguiu controlar o modo como issi te atingiu, espera alguns dias, você vai ver que logo vai esquecer isso e sobre o trabalho 'sujo" ele te disse que vai sair certo? Tudo que tem que fazer é esperar, esperar ele sair, esperar isso passar...tempo é tudo.– Aconselha.
– Obrigada por me ouvir.– Afirmo.
– Amiga é pra essas coisas e sei que se você o contrário você faria o mesmo.– Diz.
– Pode ter certeza disso.– Sorrio.
Pela manhã eu entro no quarto, ele está acordado e fica me olhando enquanto pego  uma calça, uma regata e roupa íntima.
– Vai sair? – Pergunta.
– Hoje é a ultrassom do bebê, tenho quatro meses de gestação, o médico falou que hoje com certeza vai dar pra ver o sexo.– Explico sem olhar para ele.
– É mesmo? – Diz animado.– Eu posso ir junto? – Indaga.
– Claro, o filho também é seu.– O lembro.
– Vou me arrumar! – Diz se levantando sorridente.

Vermelho, Caos E Nós.Onde histórias criam vida. Descubra agora