Capítulo 29 - Baby

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"E foi tão bom constatar que não me atinge mais, não me entristece, não me aborrece, não me tira o sono, passa por mim, mas não me atravessa."

Sol.

Acordo com muita dor de cabeça mas não se compara a dor na minha barriga.
- Deus do céu! - Choramingo sentindo meus olhos arderem e lacrimejar, eu estava literalmente chorando de dor.
- Jeff! Jeff! - Chamo e bato com a mão em seu braço para que ele acorde.
- O que foi? - Acorda assustado olhando em volta.
- Um médico..chama um médico! - Me encolho deitando na cama em posição fetal, choro.
- O que você tem? - Pergunta.
- Tem alguma Coisa errada.- Choramingo.
- O médico da família está fora da cidade, eu..vou ligar para outro.- Diz se levantando, não sei para quem ele ligou mas ele conseguiu um médico que demorou quase meia hora para chegar, Jeff fazia massagem nas minhas costas quando bateram na porta.
- Bom dia, sou o Dr.Ricardo Souza. - Afirma.
Ele entra junto de uma enfermeira, e eu explico as dores estranhas que eu estava sentindo
- Podemos examinar e fazer um exame de sangue e urina? - Indaga, suando eu concordo, Jeff e ele saem do quarto, a enfermeira me ajuda no coleta de sangue e urina, eles voltam e o Médico coloca o sangue numa aparelho estranho que apita imprimindo o exame, pra minha surpresa.
- Pode esperar lá fora senhor? Quero fazer mais exames nela, Julieta, minha enfermeira ficará aqui.- Jeff concorda saindo.
- O que está errado? - Pergunto sentindo as pontadas ainda.
- Você disse que ingeriu álcool e lutou boxe ontem? - Pergunta e faço que sim.
- Pedi para seu marido sair porque quando damos essa notícias geralmente ocorre de o marido não ser o afortunado..- Diz.
- Fala logo..- Peço..
- Está grávida, você bebeu e lutou boxe, deve ter até caido enquanto lutava, não pode fazer isso sem supervisão, forçou demais e por isso está com dores.- Explica, meu coração acelera, sorrio.
- Grávida? - Reformulo a pergunta e ele concorda.
- Tome esses comprimidos de 6 em 6 horas e não faça tanto esforço ou beba álcool novamente.- Diz e eu concordo feliz da vida, tomo os remédios e enquanto as dores vão embora penso em como dar a notícia ao Jeff.
- O que digo ao seu marido? - Pergunta.
- O filho é dele Doutor, mas eu quero dizer isso para ele, então diga que foi só um mal estar, por favor.- Peço, o médico faz uma careta como que diz, acredito, mas não e sai para conversar com Jeff sendo seguido por sua enfermeira.
Respiro fundo.
Teremos um bebê.
AH MEU DEUS, TEREMOS UM BEBÊ!
Queria gritar, siar cantando, pulando!.
Espera, não posso sair pulando!
Coloco as mãos na barriga, ele era do tamanho de uma goma de marcar? Não importa, eu já o amava muito.
Meu Deus, como podemos amar tanto alguém que nem se quer vimos o rosto?!
Meu celular toca na cômoda ao meu lado, penso que serja Diana mas aparece "número desconhecido".
- Alô? - Falo, ainda estava sorrindo, ainda estava feliz.
- Oi, amor.- Aquela voz dos infernos, eu reconheceria em qualquer lugar.
- Leon? - Pergunto, meu brilho foi sumindo, indo embora com o meu sorriso, coloco a mão na barriga.
- Vamos bater um papo, linda? - Diz, parecia gargalhar.
- O que você quer? - Pergunto tentando manter a calma, sendo confiante.
- Olha o video que te mandei.- Afirma.

Vermelho, Caos E Nós.Onde histórias criam vida. Descubra agora