Capítulo 34 - COMPLICATED

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"Quando dei por mim, ele está segurando minha mão e estava olhando diretamente nos meus olhos, o meu coração parou.."

Jeff.

- Eu tenho que bolar um jeito de pegar as gravações que ele tem..- Afirmo ao Gustavo.
- Acho que o maior problema nem é esse, eu hackeio o celular e apago isso fácil, o problema mesmo é achar o traidor porque é nítido que tem um, tem alguém dando informações daqui de dentro para ele.- Ele diz.
- Apaga tudo que tiver meu no celular dele, eu vou olhar minhas câmeras do dia da entrega de cocaína, esse dia em específico eles trouxeram para os fundos do galpão, tinha poucas pessoas lá.- Explico.
- Alguém estranho? - Indaga pegando seu notebook da bolsa.
- Talvez..- Afirmo, minhas memórias vindo como um flash.
" - Vamos ter que trocar essa cocaína, não é pura.- Afirmo olhando para um de meus seguranças.
- E quanto a maconha, senhor? - Pergunta.
- Vamos aumentar o preço, mercadoria barata não tem qualidade, também mande um fardo desse para o governador, é o pagamento pelo silêncio dele.- Concluo olhando para trás de onde eu estava.
- Maria? O que faz aqui? - Indago, ela se assusta.
- Nada senhor, sua mãe me pediu para vir, disse que sentiu que estava preocupada e me mandou aqui.- Afirma."
Aquilo soou estranho, saio do escritório quase correndo, Gustavo dá um pulo e vêem atrás de mim, minha mãe está na sala vendo novela.
- Mãe, alguma vez você mandou a Maria no galpão atrás de mim? - Indagou.
- Não meu filho.- Afirma sem entender.
- Pensa bem mãe, tente se lembrar, nenhuma vez? - Sussurro.
- Não meu filho, nunca pedi a Maria que fosse ao galpão, como poderia envolver ela nesses negócios? - Pergunta.
- MARIA! - Grito e ela aparece na cozinha.- É VOCÊ NÃO É? A TRAIDORA! CONFESSA LOGO! - Como pude ser tão idiota? Esse tempo todo ela estava bem de baixo do meu nariz!
- Senhor, eu não sei do que está falando.- Diz.
- O que você foi fazer no galpão aquele dia? - Indago.
Ela não podia sustentar a mentira que disse já que minha mãe estava ali.
- Eu..eu não me lembro.- Gagueja.
- Você disse que minha mãe te mandou lá.- Recordo.
- Eu nunca te pedi isso Maria, nunca colocaria os empregados dessa casa para ir em um lugar perigoso.- Minha mãe afirma.
- Eu..perdão, ele me ameaçou, disse que mataria a menina Ingrid e depois mataria á mim, por favor senhor, clemência..- Chora.
Ela era a traidora, esse tempo todo.
- Tudo bem Maria, na verdade a partir de agora você vai continuar enviando gravações para ele mas as que eu te mandar que envie.- Afirmo e depois de usar Maria eu a mandaria embora porque ela não era digna de confiança, até um cachorro é fiel ao seu dono mas ela..ela me mordeu.
- Vai gravar no galpão um novo carregamento e vai dizer que só tem um segurança de guarda lá, ele vai tentar roubar que eu sei..- Sussurro e eu vou estar lá, esperando por ele.
- Sim senhor.- Diz.
- Se tentar passar a perna em mim e avisar ele que é uma armadilha, eu mesmo mato você ou pensa que porque eu te conheço desde criança eu não faço? Sabe qual é o tipo de pessoa que eu mais odeio? Os sem caráter.- A lembro.
-Vou te obedecer, senhor.- Conclui.
- Esse final de semana colocamos o plano em prática.- Concluo, de volta as escadas eu vou para o meu quarto.
- Amanhã planejamos tudo, vamos dormir que faz tempo que não pegamos bem no sono.- Digo o Gustavo, afinal, passar 6 horas indo e mais 6 horas voltando dentro de um carro não era pra qualquer um.
Mas..ao entrar no meu quarto a surpresa, cadê a Sol? Minha mulher não estava na cama, não estava aqui.

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