Capítulo 32 - Sorry, baby.

20 2 0
                                    

"O provérbio é errado. O tempo não cicatriza feridas, ele apenas alivia a dor, e embaça a memória."

Jeff.

– Você consegue viver sem mim.– Afirmo.
– Mas não quero.– Ele é direto. – Diz o que foi, o que está acontecendo? Sei que tem alguma coisa que você resolveu por conta própria que pode solucionar sozinha.– Explica, ele me conhecia bem.
Mas ele já me protegeu tanto, era a minha vez de proteger ele também.
– Vai receber os papéis em alguns dias, preciso me restabelecer aqui e encontrar um advogado..– Choro, sinto as lágrimas descendo pelo meu rosto, Deus, eu o amava, ele é o pai do meu filho.
– Eu não vou te dar o divórcio e vou atrás de viceonde você for, não porque vou te obrigar, mesmo que tenha que te ver todo dia de longe eu aceito, porque nós nos amamos.– Afirma, ele me desarma.
– É para o seu bem! – Explico.
– Que bem há em viver longe da mulher que eu amo? Pelo contrário, é meu mal.– Rebate.
– Se eu voltar..se eu voltar..– Choramingo.
– O que acontece? Fala pra mim anjo.– Ele coloca as mãos no meu rosto, o segurando.
– Você vai pra cadeia, vai morrer.– Conto a verdade, não dava mais pra fugir.
– O quê? – Pergunto e eu digo a ele sobre o video, a ligação e as ameças.
– Eu estou cansado daquele filho da puta! – Diz nervoso.– Eu garanto que se alguém vai pra cadeia é ele.– Diz me dando paz de espírito.
– Tem mais uma coisa que você precisa saber.– Chega de mentiras, como posso viver ao lado dele escondendo coisas? E ele tinha o direito de saber não é?.
– O que mais aquele cretino disse? – Pergunta com as mãos na cintura.
– Não ele, nós fizemos..– Afirmo pegando as mãos dele e as levando para a minha barriga. – Estou grávida Rafael, vamos ter um bebê.– Concluo.
– Um bebê? Nosso? Bebê? – Gagueja, era muita informação, eu sei..
– Você vai ser "papai" e eu "mamãe". – Reafirmo para que ele tenha certeza.

[DIANA]

Entro no quarto que ele havia alugado, ele entra atrás de mim, eu queria arrancar os cabelos dele!
– COMO VOCÊ TEVE CORAGEM DE COLOCAR UM RASTREADOR EM MIM? COMO QUE AUTORIZAÇÃO VOCÊ FEZ ISSO? NÃO SOMOS NADA UM DO OUTRO! – Grito como muita raiva.
– Fiquei preocupado que alguma coisa pudesse acontecer com você tendo o serviço de segurança,  me desculpe mas fiz isso na melhor das intenções.– Diz.
– Só porque transamos isso não faz de você meu namorado, eu não preciso que ninguém cuide de mim! Entendeu? – Sou ríspida, ele fecha a cara, aquilo doeu? Mesmo assim, ele tem que entender.
– Não se preocupe, isso não vai se repetir.– Afirma.
Penso em voltar para o quarto com Sol mas não sabia em que pé estavam as coisas lá.
– Melhor dormirmos e amanhã vemos o que acontece.– Digo em direção a cama, só havia uma de casal, ali.
Ele caminha na direção do banheiro sem dizer nada, eu me deito na cama mas não consigo dormir, ele sai e pega o travesseiro da cama o jogando no chão, depois pega um lençol numa das cômodas e se deita.
– Vai dormir ai? – Pergunto, antes ele não perderia a cjance de dormir na mesma cama e tentar me seduzir.
– Não somos nada um do outro, porque eu dormiria ai? – Indaga ríspido.
Reviro os olhos, ele tira a camisa e joga longe, continua deitada lá com os braços atrás da cabeça, me viro para o outro lado, talvez eu tenha pegado pesado mas ele tinha que entender, então..
Eu sei, ainda sim, colocar um rastreador em uma pessoa é algo muito invasivo, ainda mais de alguém que não é nada nosso.
– Me desculpe, por passar dos limites.– Afirma como quem lê minha nente, não respondo, fecho os olhos esperando o amanhã chegar.
Não sei quando adormeço mas ao acordar Gustavo está junto de mim na cama, sua não na minha cintura, ele adormeceu e não sei quando se deitou aqui, eu deveria empurrá-lo mas não o faço, apenas me aconchego mais perto e também durmo.

Vermelho, Caos E Nós.Onde histórias criam vida. Descubra agora