"Eu não espero nada de destino algum, quero que nossas escolhas se encontrem antes das nossas superstições."
Jeff.
Passa pela minha cabeça deixar ela ali sozinha porque não teria conversa naquele momento mas me recuso a desistir com esse clima entre a gente.
– Você me ama? – Indago no meio da briga, ela fica sem entender.
– Jeff.– Diz pensativa.
– Só responde a pergunta.– Digo.
– Sim, eu te amo.– Constata.
– E eu também te amo, mais que tudo no mundo, então por favor, pode confiar em mim agora? Se estou pedindo que fique aqui dentro é por uma razão rouxinol, não posso explicar agora, peço que pelo amor que sente confie em mim e não me compare com aquele idiota.– Peço, ela bufa.
– Tudo bem, mas eu quero que prometa que vai me dizer o que está errado logo.– Pede e eu faço que sim, caminho até ela e pego sua mão.
– Vai dar tudo certo e eu vou te contar, prometo.– Afirmo e recebo um selinho dela que vira um beijo.
– Odeio brigar com você.– Sussurra entre os beijos.
– Eu sei, também odeio.– Afirmo correspondendo aos beijos.
Quando saio do quarto ela entra para o banheiro tomar banho, ouço a campainha, minha mãe me olha quando chego a cozinha.
– Não diz nada.– Digo e Diana se aproxima subindo as escadas, provavelmente para falar com Sol.
– Senhor, chegou uma correspondência.– O segurança afirma entrando em casa com uma caixa grande de papelão, não tinha remetente e eu abro a mesma.
– PORRA, TIRA ISSO DAQUI! – Grito antes que Ingrid veja.
Na caixa havia várias cobras mortas com a pele arrancada e o meu nome e o da Sol escrito a sangue no fundo da mesma, foi ali que eu tive certeza, aquele filho da puta ainda estava vivo.Sol.
Ouvi os xingamentos do Jeff mas quando tentei sair do quarto Diana me impediu.
– Eu quero passar.– Afirmo, pós banho com o cabelo encharcado.
– Não pode, não agora.– Diz.
– O que me impede? – Indago.
– Senhor Jeff pediu que ficasse aqui em cima, só isso.– Afirma
– Eu já me entendi com o meu marido e sei lidar com ele, agora me deixa passar.– Digo e sou impedida novamente.
– Ele me deu essa ordem assim que eu subi, é para o seu bem.– Conclui.
– Já pensou que o meu bem seja a verdade da situação? – Pergunto.
– Não posso, sinto muito.– Diz.
Fecho a porta com raiva, até quando seria assim?
Eu queria entender o que estava acontecendo e como ninguém queria me contar, eu ia descobrir sozinha.
(...)
No meio da madrugada meu marido está dormindo ao meu lado, do lado de fora os seguranças andam de um lado para o outro fazendo ronda, me levanto na ponta dos pés, no corredor não há ninguém, saio do quarto e caminho até o escritório do Jeff, o notebook dele sobre a mesa tem uma senha, eu queria checar as câmeras de segurança dos últimos dias, mas qual seria a senha que ele colocou?
Penso e depois de testar meu nome, nome dele e o de nossa filha, resolvo testar algo que só uma pessoa muito inteligente pensaria.
Inimigo maior "Leon".
E o notebook desbloqueia, não nego a linha de raciocínio dele, era óbvio demais, quem coloca o nome do inimigo de senha? Era incrível porque ninguém pensaria nisso.
Começo a acessar as câmeras e vejo a caixa que ele recebeu, vejo os emails e vejo as mensagens de Gustavo para ele, Leon fugiu e estava atrás de nós, por isso ele quis me trancar a sete chaves, segurança, proteção.
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Vermelho, Caos E Nós.
Fiksi Penggemar"VERMELHO, por todo sangue que vai ser derrubado ao longo dessa história. VERMELHO, porque é a cor do batom dela quando a vejo. VERMELHO, que me lembra sua lingerie, minha favorita. VERMELHO, porque é a cor da minha alma." Nem branco que simboliza i...