Capítulo 15 - Both of us

30 3 0
                                    

"Calma! Estou aqui para cicatrizar suas feridas e não para provocar mais delas."

Sol.

Minha cabeça dói, talvez por chorar muito.
Sem ter para onde ir e usando só a roupa do corpo eu me sento na calçada, o vestido não ajudava com o frio, choro, eu odiava esse trauma que Leon causou em mim.
Não sei quanto tempo se passa e eu já tinha colocado na cabeça que dormiria em algum beco qualquer quando a Ferrari vermelha parou na minha frente, Jeff abaixou o vidro mas não sorriu.
– Como.. Como .– Tentei indagar como ele havia me achado mas por algum motivo eu gaguejei..
– Entra no carro lírio, por favor..– Pede gentil.
– Você disse que nós dois..– Sussurro, que ele não conseguia mais lidar com isso, que era melhor não sermos nada um do outro, ele concordou.
– Entra, por favor.– Repete e sem muita alternativa eu entro, não tinha para onde ir mesmo, todas as minjas coisas estavam na casa dele e a Dona Mari que foi tão boa para mim devia estar preocuoada.
Ele dirige em silêncio, eu também não sabia por onde começar, fecho os olhos e quando abro a boca falamos juntos as mesmas palavras, em uníssono – Me desculpe. – Falamos.
– Eu não devia ter gritado com você, tive medo que você fosse embora e nunca mais eu te visse, você não é um problema Ingrid e caso ainda esteja insegura em ter alguma relação amorosa eu prometo esperar, eu errei e sinto muito.– Ele diz fazendo meu coração acelerar.
– Eu também devia ter conversado sobre ir embora, não soltado como eu fiz, eu achei que estava dando trabalho demais e sobre isso, caso um dia eu vá,  continuaremos a nos ver, isso eu posso prometer.– Afirmo.– Me desculpe pela forma como eu reagi mais cedo, eu sempre fujo, virou um hábito..– Confesso.
– Vai ficar tudo bem, vamos esperar um tempo para tudo passar..– Ele diz.
– Eu não sei quando vou estar pronta para um relação, penso se não é injusto com você, ficar esperando por mim, eu estou quebrada no momento Jeff, não sei quando vou ter concerto, entende? Por isso sugeri a amizade,  não é justo com você.– Concluo minha linha de raciocínio.
– Porque não deixa que eu decida isso por mim mesmo? Você não me prometeu amor eterno nem nada disso, é escolha mim esperar por você porque eu quero você, nenhuma outra mulher me interessa, elas perderam a graça do seu lado.– Diz.
– Tudo bem.– Afirmo com ele entrando com o carro na rua de sua casa, então do nada somos fechados por uns carro branco, do mesmo desce quatro homens com máscaras de palhaço no rosto, meu coração acelera, eles erguem as pistolas e então começam a atirar contra o carro de Jeff, eu grito e me abaixo, ele também faz o mesmo, tenho medo de olhar para mim e para ele por isso fecho os olhos, o barulho de todos aqueles tiros era enlouquecedor, pedi a Deus que se um dia nós tivesse que morrer que fosse eu.
Os tiros então param, sinto a mão de Rafael na minha, levanto a cabeça e olho, eles voltaram para o carro branco e foram embora, ai me lembro de olhar nossos corpos, não havia sangue em lugar nenhum.
– Você não está machucada.– Jeff constata.– Nem eu, o carro é aprová de balas.– Afirma pisando no acelerador e entrando na mansão, o vidro do carro por pouco não estourou, as balas ficaram presas nele mas naquele momento, quando eu desci do mesmo, minhas pernas ficaram bambas de tanto medo, eu quase cai.
– Vem aqui.– Jeff diz me pegando no colo e me levando para dentro da mansão, não conseguia pensar e nem respirar pelo choque.
Ele me coloca no sofá e Dona Mari vem até a gente.
– O que aconteceu? – Pergunta aflita.
– Atiraram no meu carro, por sorte ele é aprova de balas, sorte não, inteligência! – Jeff diz zangado.
Pega o celular e liga para alguém.
– EU QUERO A PLACA DAQUELE CARRO, EU VOU MATAR AQUELES FILHOS DA PUTA E EU ATÉ SEI QUEM É O MANDANTE..– Diz, eu também sabia, Leon deu o troco na armação de drogas que Jeff fez com ele, minha pergunta era "até onde isso iria durar?".

Vermelho, Caos E Nós.Onde histórias criam vida. Descubra agora