Capítulo 25 - Dandelion

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"Ele era ainda mais lindo do que conseguia me recordar, a perfeição dentro da perfeição."

[ DIANA ]

– 30 chutes são suficientes, depois vamos treinar tiros.– Afirmo  a Sol, minha patroa, estava empenhada em aprender, por algum motivo penso que ele quer saber se proteger de alguém, alguém que fez muito mal a ela.
– Pausa para ir ao banheiro quando eu terminar? – Pergunta, acho engraçado ela me pedir isso, afinal, ela a patroa, mas quando treinamos ela me obedece, acho admirável isso nela, olhar para os empregados de igual para igual enquanto alguns não são assim.
Quando termina os chutes ela vai para o banheiro e eu começo a praticar sozinha contra o saco de areia pendurado na minha frente.
– Que linda, selvagem eu diria, mas esse é o charme de algumas mulheres.– Uma voz masculina atrás de mim chama a minha atenção, me viro e vejo um homem moreno de cabelo e olhos castanhos escuros, uma tatuagem em seu braço subia até o pescoço, parecia ser um dragão ou algo assim, indefinido.
– Selvagem? – Pergunto não gostando de suas palavras, achei ofensivo, não me acho selvagem, talvez desaforada, mas selvagem jamais.
– Gosto de mulheres selvagens.– Afirma dando de ombros, tira um cigarro do bolso e o acende fumando.
– Gosto de homens que se importam com o próprio fígado..– Afirmo ne referindo ao cigarro, ele sorri.
– Porque não chega mais perto? – Indaga.
– Porque não vai mais para longe? Talvez o outro lado do planeta seja o bastante.– Dou de ombros e o sorriso dele se alarga mais ainda.
– Viu só? Selvagem.– Constata.
– Quem é você mesmo? – Pergunto.
– Gustavo, a suas ordens, qualquer coisa que precisar mesmo, dinheiro, bebida, drogas, sexo.– Ele me olha de cima a baixo quando diz a última palavra.
– E quem você está procurando? – Indago.
– Vim falar com o Jeff mas tive sorte de encontrar você, Diana.– Constata.
– Como sabe meu nome? – Pergunto surpresa.
– Quando algo me interessa eu vou a fundo, ex-policial não fumante.– Afirma.
– É uma pena que pesquisou a toa, enfim, Sr.Jeff está dentro da mansão, vá até lá.– Concluo voltando a treinar.
– Está me expulsando ou menosprezando "Dente-de-leão"? – Pergunta.
– Do que você me chamou? Porquê "Dente-de-leão"? – Paro, ele conseguia chamar minha atenção, não nego.
– Porque são lindos, livres, selvagens e você não pode comprá-los em nenhuma floricultura.– Diz e não nego que gosto do significado.– Você é linda, livre, selvagem e não pode ser comprada por ninguém, não foi por isso que te demitiram? Porque se recusou a se vender e fazer o que aquela delegada queria? – Indaga, ele realmente sabia muito sobre mim.
– Diana, vamos? – Sol diz se aproximando, ela sorri para o tal Gustavo e o comprimenta.
– Vim ver o Jeff.– Diz.
– Está no escritório, sabe onde é? – Ela pergunta e ele concorda seguindo caminho, quando já está longe ele sorri para mim.– Nos vemos em breve "Dente-de-leão". – Conclui indo.
Reviro os olhos, arrogante, prepotente, babaca e algo no meu instinto me diz que é mulherengo.
– Parece que ele gostou de você.– Ingrid constata.– E você dele, ainda está olhando na direção que ele foi.– Afirma.
– Eu? Claro que não! – Afirmo começando a caminhar para onde ficam as armas e os alvos.
– Vamos começar? Quando eu era iniciante passei a praticar de uma jeito diferente, te ensino a carregar a arma, destravar e apontar mas na hora que apertar o gatilho, imagine alguém que você odeia parado bem na frente do alvo e segura bem firme a arma porque quando ela disparar você vai ser empurrada para trás.– Concluo e de primeira ela acerta o alvo.
– Parece que você nasceu pra isso, muito bom! – Parabenizo.

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