Capítulo 30 - Goodbye, my love.

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"Só estou fazendo o que você fez comigo, não se assuste se doer, machuca, eu sei, mas não mata."

Sol.

Clico no video com o coração á mil.
" – Vamos ter que trocar essa cocaína, não é pura.– Jeff diz olhando para um de seus seguranças.
– E quanto a maconha, senhor? – Pergunta.
– Vamos aumentar o preço, mercadoria barata não tem qualidade, também mande um fardo desse para o governador, é o pagamento pelo silêncio dele."

Ele foi gravado, ele nunca se deixa gravar, quem fez isso?
– Sabe o que vai acontecer se isso vai nas mãos de repórteres? Seu amado marido que se diz cheio de virtude é um traficante da pesada, a fachada de empresário cairia por terra e ele seria preso, porque minha mãe delegada prenderia e meu pai juiz daria a sentença, lá dentro eu o mato na solitária, tenho amigos lá. – Leon diz, claro que tem, bandido é amigo de bandido não é.
– O que quer? O que eu tenho que fazer pra você apagar essa droga? – Indago nervosa. – Não vou voltar para você.– Concluo.
– E não precisa, meu orgulho ferido supera isso mas ele é meu inimigo agora e se você não é minha também não é dele.– Afirma.
– Então? – Indago.
– Vai embora dai e você terá um mês para enviar os papéis do divórcio para ele, se eu sonhar que vocês estão juntos ou que você não me obedeceu, coloco ele na cadeira e mando matar ele lá dentro, o que você prefere, ser divorciada ou viúva? – Pergunta.
– Porque não pode esquecerque eu existo? Me deixar em paz? – Sussurro, logo agora que eu estava feliz, mas não posso deixar que matem o pai do meu filho e o homem que eu amo, porque é isso que ele é, o amor da minha vida..
–Se eu concordar, vai nos deixar em paz? – Indago..
– Tem minha palavra bonequinha, deixe ele.– Diz e então desliga.
Merda!

– Lirio? – Jeff bate na porta do nosso quarto e adentra.
–Está melhor? – Pergunta.
– Mal estar passageiro.– Afirmo sorrindo, um sorriso falso, não podia dizer a ele do nosso bebê ou ele iria atrás de mim sem parar, eu sei que sim.
– Que bom, dorme um pouco, depois eu trago algo pra você comer.– Afirma e eu concordo, ele apaga as luzes do quarto e sai, eu me levanto com um pouco de dor ainda, caminho até meu porta jóias, pulseiras e anéis que ganhei do próprio Leon quando namoravamos, queria sumir com elas mesmo.
Olho para um conjunto de colar e pulseira que Dona Mari me deu de casamento, procuro uma bolsa grande e coloco roupas e sapatos. enfio tudo em baixo da cama e de noite, enquanto Jeff dorme eu me levanto,
Pego a bolsa com as coisas e as jóias, olho para ele dormindo tranquilamente
– Me perdoa, é para o seu bem.– Sussurro indo para a porta, quando alcanço a cozinha tomo um susto.
– Vai a algum lugar? – Diana pergunta segurando um copo de água.
– Já passou do seu turno, o que faza aqui? – Pergunto.
– Estou cobrindo meu irmão hoje.– Diz.
– Pode me ajudar a sair daqui sem chamar a atenção? – Indago. – Te explico tudo depois, por favor.– Peço e ele concorda, como segurança ela tinha as chaves da casa e me ajuda sair para a rua.
– Obrigada.– Concluo.
– Espera ai, eu vou com você.– Afirma pegando a minha bolsa.
– Não precisa, eu me viro.–Digo e ela nega.
– Somos amigas, não vou te deixar sozinha nessa, vou com você, além disso eu sou sua segurança esqueceu? – Diz e eu concordo.
Diana vai embora comigo, durante a noite passamos na casa dela e depois  vamos para o terminal rodoviário.

Vermelho, Caos E Nós.Onde histórias criam vida. Descubra agora