Capítulo 14 - As Long As You Love Me

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"– Porque não deixa as pessoas verem o seu lado bom?
– Porque quando se vê o bem, se espera o bem e eu não quero ter que atender as expectativas de ninguém."

Sol.

– Não faz isso, não grita, por favor..– Peço assustada, acoada.
– EU SÓ ESTOU ESTRESSADO! BRAVO! – Ele grita novamente, até que ele parece perceber o que estava acontecendo.
– Eu não sou ele, Sol.– Afirma convicto vindo na minha direção, meu corpo automaticamente dá passos para trás, porque? Eu sabia que Jeff não era o Leon mas meu próprio corpo me fazia recuar, ele para quando percebe eu indo para trás, tento parar no lugar.
– Quando vai entender que não pode culpar todos os homens porque um te machucou? Quando vai parar de me comparar? – Indaga travado no lugar.
– É melhor não passarmos da amizade.– Concluo amedrontada.
– Também acho melhor vendo como as coisas estão agora, achei que poderia lidar com tudo isso mas não acho mais.– Ele diz, seus olhos vermelhos como quem queria chorar, doeu ouvir aquilo, eu era o problema, ele tentou me ajudar mas eu automaticamente rejeitei sua ajuda, meu corpo estava amedrontado demais e nada forçado era saudável, nada bom sairia dali, então..
– Sinto muito..me desculpe.– Digo rápido secando as lágrimas insistentes que rolavam do meu rosto, saio dali correndo com o pouco de força que conseguir nesses últimos dias de descanso, desço as escadas quase sem ver..
– SOL?! – Dona Mari chama quando passo pela sala, não olho para trás, continuo a correr, passo pelos seguranças todos e passo pelo portão que estava aberto porque Maria entrava com algumas comprar, também passo por ela e continuo a correr, secava as lagrimas, seguia em frente, quando me dou conta eu paro no lugar, quanto tempo eu corri? Onde eu estava? Olho em volta e não reconheço nada, estava perdida e sozinha como sempre, como antes deu encontrar o Jeff, fugindo deles, dele agora, de Leon antes, sempre sozinha.

[Narração Jeff].

Ver ela passar pelo portão correndo faz meu coração acelerar, era perigoso sair sozinha nesse momento, ainda mais no estado em que ela estava, mas como eu poderia impedir quando eu mesmo disse que não estava comseguindo lidar com essa situação.
Fecho os olhos, o que eu faço? Vou atrás dela? Espero que ela retorne?
Opto por esperar.
Na primeira hora eu penso em beber e esquecer tudo mas não consigo, minha mente viaja para Sol todo o tempo.
– Ela não está demorando muito? Faz duas horas e se aquele homem achar ela? – Minha mãe pergunta amedrontada.
Pego meu celular e ligo a localização de Sol, claro que antes de dar o celular a ela eu conectei com o meu, tive medo que Leon tentasse algo, sequestro ou Deus sabe o quê, caso eu precisasse achar ela, seria fácil.
Ela estava quase na saída da cidade mas não saia do lugar, estava parada.
– Faz alguma coisa bem quente para comer, lá fora está frio e ela saiu com um vestido.– Afirmo pegando as chaves do carro...
– Onde você vai? – Pergunta..
– Buscar ela e trazer de volta para casa.– Digo.
A verdade era uma só e estava bem na frente do meu nariz o tempo todo, desde que ela chegou eu adorava implicar com ela, passei a desejar ela e as outras mulheres perderam a graça, vi seu lado mais frágil e sua tristeza, ela tomou conta da minha cabeça e do meu coração, me apaixonei sem perceber, claro que não direi a ela porque como ela mesma disse, está muito cedo para isso mas vou continuar cuidar dela e implorar se necessário que ela não vá embora.
Sigo o GPS e encontro ela, estava sentada numa calçada em frente a uma doceria, ela chorava e olhava para oa lados como se pensasse em para onde ir, paro o carro em sua frente e abaixo o vidro, ela fica surpresa.
– Como..como..– Sussurra tentando parar de chorar.
– Entra no carro lírio, por favor..– Peço o mais gentil possível..
– Você disse que nós dois..– Sussurra.
– Entra..por favor.– Repito e ela o faz entrando no carro.

Vermelho, Caos E Nós.Onde histórias criam vida. Descubra agora