Capítulo 31

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Não há mais tempo pra se enfurecer
Quão forte e frágil foi o nosso ser?
É que de fato foi tão bom te amar
Tão parecidos, nascidos no mesmo tom.

E quem a gente vai culpar
Se o erro não é claro?

Aqui - Jão

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Os últimos meses foram tempos difíceis, cruéis e cansativos. Por vingança e obsessão de uma louca fez com que todas as pessoas que amava sofressem. Não tinha sido justo, claro que o fato deles nunca terem duvidado dele, mas do que si próprio era lisonjeiro/encorajador? mas vergonhoso.

Para Spencer tudo aquilo lhe serviu como um doloroso aprendizado, ficar isolado lhe proporcionou tempo livre o suficiente para refletir sobre sua vida, suas ações e decisões. O que de fato valia a pena e importava.

Conversando com sua mãe, decidiram que o melhor pra ela seria realmente voltar a clínica, era o melhor lugar para ela. Ela continuaria a ter todos os cuidados que precisava e ela gostava de lá, das pessoas. Desde novo não conseguia lidar com seus surtos, foi ingênuo ao pensar que agora seria diferente. E com as promessas que a visitaria mais vezes e agora com os filhos, a senhora voltou.

Fazia duas semanas, duas semanas que estava livre, que podia circular livremente pelas ruas, voltar a sua rotina. A liberdade não tinha preço, ou no seu caso tinha já que se recusou a aceitar o serviço gratuito que Christopher Smulders lhe ofereceu, não cabia a ele aceitar, ainda mais vindo daquele homem, não que se ressentisse ainda pelo loiro, mas também não passaria a gostar dele tão facilmente.

Mas como tudo nos últimos tempo para ele parecia não querer fluir tranquilamente. Ao chegar em casa naquele dia encontrou o apartamento inundado, e desde vez sabia que não tinha de ser sua mãe que esqueceu a torneira aberta.

.....

- Sério, eu não posso acreditar como eu não pensei nisso? - Jace grita assustando o irmão quando ele contou que Spencer passaria um tempo morando com eles até os reparos em seu apartamento ficarem prontos. O pai não pareceu muito confortável com a ideia, mas Philip conseguiu o convencer. Parecia ser uma boa ideia ter o pai ali, conviver diariamente com ele. Isso facilitaria as relações.

-E quanto tempo isso? - pergunta.

- Acho que uns cinco dias, não muito. Por esse motivo que ele aceitou, claro. Não quer incomodar, mas obvio...

- Incomodar? Ele não quer ficar sob o mesmo teto do lobo, no caso da loba. - Ele acena dramático. - E se prolongarmos esse tempo? A partir do momento que ele estiver aqui mais difícil ir. - Ele rir, sério? Aquilo não poderia ser mais clichê e oportuno.

- Não começa, eu já te disse para esquecer isso. Eles não vão voltar. A última armadilha ficou um clima muito estranho.

- Você não entende nada. - Joga o travesseiro no irmão.

- E você entende?

- Mais do que você sim, e dessa vez não vou falhar. - Philip não gostava nada daquele sorrisinho do irmão.

- Não, não e definitivamente não! Você não vai fazer nada. Não pode forçá-los. Vai, me prometa. - Pede ao mais jovem.

- Não posso. - Confessa.

- Jace!

- Não posso, é mais forte do que eu.

- Jace, não. Olha o amor é algo natural, se for para acontecer vai acontecer, da mesma forma que aconteceu anos antes, naturalmente. Assim que tem que ser, não forçamos o amor ele simplesmente acontece no seu próprio ritmo.

Hold OnOnde histórias criam vida. Descubra agora