Capítulo 17.

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Diana estava com Lucas enquanto olhava o cachorro. O rapaz cuidava do cachorro agora em sua casa. Havia se apegado muito ao animal.

- Ele é muito fofo. Minha mãe o adorou, estava pensando até em ficar com ele – Lucas fala enquanto brincava com o cachorro que ainda precisava de cuidados extras.

- Acho que posso confiar em você para permitir que ele fique aqui.

- Permitir? Menos princesinha. – Ri

- Lucas, queria te pedir algo.

- Pois diga, que sou todos ouvidos. – Ele se vira para ela.

- Vai ter o Show de talentos no colégio, pensei se talvez pudéssemos tocar juntos. Sabe você no violino e eu no piano. Queria fazer um dueto com meu irmão como costumávamos fazer, mas o evento regional de robótica será na mesma semana e ele não pode se dedicar a duas coisas no momento. – O rapaz a encarava com um sorriso sínico no rosto.

- Nem ferrando, princesinha.

- Por favor? – tenta.

- Uou, você sabe uma das palavrinhas mágicas, mesmo assim não.

- Por quê?

- Eu tocando em um show de talentos numa escolinha de gente rica? Muito obrigado, mas não.

- Deve estar é com medo, aposto que é horrível. - Tenta zombar para encorajá-lo.

- Eu horrível? Eu estudei em Colburn. Mas tive que voltar.

- E por que não está lá em vez de passar o dia cheirando a graxa? – ele a olha fixamente e se levanta irritado. Ela realmente não entendia o porquê de ele ter abandonado Colburn para trabalhar em uma oficina.

- Você não sabe de nada, princesinha.

- Então me diz. – Ela o segue atrás pela casa enquanto ele levava alguns copos para a cozinha. E cita motivos pelo qual ele deveria tocar com ela. Ele só queria que ela calasse a boca.

- Eu me precipitei em dizer que você é horrível, foi só para te irritar. Eu escutei você tocando aquela noite, você até que é bonzinho. Eu não pediria se não fosse.

- Bonzinho? – respira fundo - Se eu aceitar, você para de me encher o saco?

- Então você aceita? - pergunta esperançosa.

- Sim, parabéns você me venceu pelo cansaço.

- Ótimo. – Sorri e retira da bolsa uma partitura o entregando. – Queria tocar algo que minha mãe compôs, pensei que talvez assim a motivasse a voltar a tocar. Achei esse perfeito, não acha? - ele pega a partitura das mãos dela.

- Se você quiser fazer todo mundo dormir, é perfeito sim.

- Como ousa? – pergunta ofendida.

- Não me entenda mal, é bom, muito bom na verdade, mas para um público-alvo, que com certeza não são adolescentes. Posso adaptar, deixar mais moderno.

- Não acho que seja uma boa ideia....

- Confia em mim, se vamos ser uma dupla.

- Tá, faça isso e amanhã esteja você e seu violino na minha casa a tarde, ensaiaremos todos os dias exceto nos finais de semana. -Ordena e ele ri. – Qual a graça?

- Eu não sou um desocupado que nem você. Só posso as terça, quintas e sextas no fim da tarde. E com toda certeza não gastarei minhas sextas com você.

- Já estou me arrependendo.

- Se desistir me avisa, não tenho tempo para desperdiçar.

...........


Nathalie estava com Reid em um restaurante próximo à onde o agente trabalhava.

- Eu vou trazer minha mãe para morar comigo. - Informa sua decisão. Ele já pensava muito nisso nas últimas semanas.

- Nossa eu não esperava por isso. Spencer que bom, mas está seguro disso? – pergunta com cuidado tocando na mão do homem sobre a mesa que se afasta do contato.

- Tenho, eu penso nisso há muito tempo. Acho que vai ser bom para ela além de conhecer os netos poder conviver com eles, e comigo é claro. Conversei com os médicos dela, está tudo certo, eu só estou à procura de uma enfermeira para cuidar dela.

- Eu não sei o que dizer, parece ótimo. Eu fico feliz com isso. E vai ser bom para Philip e Diana, tenho certeza. – Admite, mas um lado dela se preocupava afinal sabia do estado clínico da mulher. Nathalie sente saudades de conversar com a mãe do homem, Diana era uma mulher muito sabia e compreensível. Infelizmente deve que deixar de visitar a mulher anos atrás após o rompimento com Reid.

- E como está seu projeto? – pergunta.

- Bem, as obras começam semana que vem. Eu estou super empolgada. - E realmente estava, depositava todas suas energias nesse projeto e trabalhava firmemente para sua realização.

- Que bom, sei que vai fazer um bom trabalho. – Ele realmente não tinha dúvidas disso. - Vou pedir a conta.

- Spencer, eu não te chamei para almoçar apenas para falar disso. Você sabe do que quero falar. – Ele se remexe desconfortável na cadeira.

- Você dizia que temos que manter uma boa relação, aceitei seu convite por isso, não me entenda mal.

- Sabe perfeitamente ao que me refiro, o que aconteceu naquela noite, entre a gente.

- Não vejo necessidade de falamos disso, foi apenas um erro. – Ele deixa o dinheiro sobre a mesa e vai embora, sem mais. Embora deixasse Nathalie desapontada na mesa, temia que fugisse mais de seus próprios sentimentos do que dela.

Hold OnOnde histórias criam vida. Descubra agora