Anjo

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Gosto de ser imaturo com você
Gosto de me entregar e me perder
Quero poder implicar com todas suas maneiras
...
Fumando qualquer coisa pra me entreter
Me arrisco nessa vida só pra ver você
Toda a nossa juventude corre pelas veias
...
É que eu sou fraco, frágil
Estúpido pra falar de amor
Mas se for com você, eu vou, eu vou

16 anos atrás

Nathalie se levantou antes mesmo do despertar do alarme. Andou alegremente pelo quarto indo até o banheiro, tomando um relaxamento banho. Vestiu o caro uniforme do colégio onde estudava. O melhor de Nevada, e um dos melhores do país. Desceu as escadas apressada, onde encontrou com umas das empregadas, Lucy que a cumprimentou sorridente ao ver a alegria da garota.

- Acordou animada hoje.

- Hoje, nada pode dar errado. - A garota fala e volta a seu caminho se dirigindo para tomar café com o pai.

Ela adentra o local, a mesa já estava posta e somente o homem se encontrava ali. Sempre era assim, os cafés apenas os dois. Não almoçavam juntos por conta do horário dos dois. E apenas algumas vezes na semana jantavam juntos, já que os jantares de seu pai sempre eram reservados para negócios. Ela definitivamente levava uma vida solitária na enorme mansão.

- Bom dia. - Fala depositando um beijo no rosto do pai e se sentando, logo depois sendo servida. O pai apenas a olha e volta a tomar o café.

- Não entendo a sua animação. Todo ano ele está aqui. - Fala ríspido.

- Ele quase nunca vem, pai. E nós dois sabemos o porquê. - Ele lança um olhar de reprovação.

- Escolhas dele. - responde. Mas a menina sabia que não era bem assim.

O pai praticamente o expulsou anos atrás. E se o irmão raramente a visitava, era por conta da hostilidade do pai.

- Eu tenho que ir. - Ele se levanta saindo. Aquele início de conversa já o aborreceu, detestava falar do filho.

- Tenha um ótimo dia! - A menina grita antes do pai sumir de sua vista. E tenta ignorar o olhar de pena da empregada.

Ela toma um gole do suco cabisbaixa, mas logo depois se levanta em um pulo animada novamente. "Hoje o dia será ótimo" pensou. Pegou sua mochila e saiu da casa adentrando o carro que a aguardava. Cumprimenta animada o motorista, Sr.Benny. E seguiram em direção ao colégio. O pai não permitia que ela dirigisse seu próprio carro.

A manhã passou ainda mais devagar do que Natalie esperava. Mas finalmente o horário de ir embora chegou. Mal passou os dias com as amigas. Tentava evitá-las o máximo possível. Não queria que nada estragasse seu dia. E com toda certeza elas conseguiriam.

Andava pelos corredores do colégio cumprimentando algumas pessoas que falavam com ela, enquanto tentava desviar. Pega o celular para informar o Sr.Benny que já estava de saída. Ela atravessa o pátio principal indo em direção do portão. Antes disso sente alguém tocar em seu ombro e vira lentamente, já sabendo de quem se tratava.

- Onde se enfiou o dia inteiro, Nat? - a amiga de cabelo curto e loiro, Jean, pergunta. Natalie olha para as outras duas amigas e nota o olhar de divertimento da morena, Julia.

- Estive ocupada. - Responde rápido.

- Vou fingir que acredito que não estava se escondendo da gente. - Fala a outra morena, Louis.

- Desculpas meninas. - Responde, mas não ligava muito.

- Querem comer alguma coisa? Eu preciso, vem vamos. - Jean fala puxando Nathalie e elas seguem até a cantina mais próxima. Ficam conversando por alguns minutos, e Nat estava quase enfiando o bolinho de baunilha de Jean na cara dela, caso ela mencionasse de novo seu ex-namorado traíra. Queria poder desligar a audição por alguns minutos. Não a entendam mal, ela quase que gostava das amigas, mas Jean e Louis conseguiam ser insuportáveis. E como uma boa adolescente precisa de amigas, fazer parte de um grupo era essencial para sobrevivência no colegial, e as quatro nada eram do que as garotas mais populares da escola. Nathalie não se encaixava muito bem, mas acredita que o fato de seu pai ser o maior patrocinador do colégio contribuía para sua popularidade.

Hold OnOnde histórias criam vida. Descubra agora