Capítulo 37

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Uma cadeira vazia. Uma encomenda que não chegou. Um drama diário que não aconteceu. A verdade é que a casa parecia vazia desde da partida de Jace. Dois dias sem ele eram dois dias consideravelmente monótonos.

Ele era a alegria e a vitalidade que preenchiam aquele lar, e sua ausência era profundamente sentida por Nathalie. Até Spencer sentia, ao cruzar  o corredor e não vê o menino subindo com uma caixa misteriosa, ou com aqueles olhos armados com ar de quem estava aprontando.

Com os últimos preparos para o Instituto de musica, a família não viajou. E mesmo a casa cheia, parecia sem emoção.

- Eu não queria que o senhor também fosse embora. - Spencer que arrumava suas coisa do quarto de hospedes da casa dos filhos olha para Philip que o ajudava a arrumar a mala. - Desculpa, estou sendo dramático.

- Não, não está, tudo bem. Eu tenho que voltar pra casa.

- Eu sei que você tem sua casa e suas responsabilidades, mas eu gostaria que você ficasse um pouco mais.

- Eu também gostaria de ficar mais tempo, mas nos dois sabemos que tenho que ir e só fiquei mais que o necessário por que um certo alguém aprontou. Mas você sabe que sempre estarei aqui por vocês, não é?"

- Eu sei. Obrigado, também por ficar ao lado da mamãe durante esse tempo difícil.  - disse ele com um sorriso tímido.

- Eu sempre estarei ao lado dela, assim como estarei ao lado de vocês. Somos uma família, e isso é o mais importante. - Spencer diz sorrindo de volta, sentindo-se tocado pelo carinho do filho.

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Se tornou uma rotina comum na primeira semana que seguiu Spencer se deparar com Diana em seu apartamento, de castigo, ela não podia sair de casa e isso se estendeu ao apartamento do pai, era a única forma de sair de casa. 

- Teorias da personalidade é muito mais interessante do que imaginei. - ela fala enquanto vira uma pagina do livro

- A personalidade humana é impressionante. As teorias da personalidade nos ajudam a explorar os motivos por trás dessas diferenças e a compreender melhor as razões pelas quais as pessoas se comportam como fazem. - Ele se recosta em uma cadeira próxima.

- Não achei que entender o outro fosse...curioso. Mas não entendo como um todo se transforma em algo subjetivo.

-  Embora haja padrões gerais que podem ser identificados, a personalidade é, de fato, algo muito subjetivo. As teorias da personalidade buscam oferecer modelos e estruturas para entender como esses traços e características se interconectam e influenciam o comportamento. Desde as teorias psicanalíticas de Freud até as abordagens mais contemporâneas, como a teoria do Big Five.

- Big Five? Já ouvi falar mas não sei exatamente.

- A teoria do Big Five, por exemplo, é uma das abordagens mais amplamente aceitas atualmente. Ela se concentra em cinco traços principais da personalidade: abertura à experiência, conscienciosidade, extroversão, amabilidade e neuroticismo. Esses traços formam uma base para entender como as pessoas diferem umas das outras em termos de suas características emocionais e comportamentais. - Diana olha para ele, curiosa.

- E como esses traços se relacionam com a ideia de personalidade subjetiva? - Spencer sorri com a pergunta.

- Bem, a personalidade subjetiva é a forma como cada indivíduo percebe a si mesmo e aos outros. É a maneira como interpretamos nossos próprios traços e os traços dos outros, influenciados por nossas experiências, valores e crenças pessoais. Mesmo que existam padrões gerais de traços de personalidade, como os do Big Five, a interpretação e a expressão desses traços variam enormemente de pessoa para pessoa e o meio que convive. - Ela escuta atenta e parece intrigada.

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