Após aquele momento com Régulos no quarto, voltamos para sala e ficamos conversando com todos, até o momento em que fomos solicitados para ir até a mesa de jantar. Quando nos aproximamos da longa mesa que estava no quintal do jardim dessa vez, conseguimos perceber a tensão vinda dos mais velhos, isso fez com que as risadas de Bellatrix cessassem totalmente e todos nós ficassemos imediatamente sérios. Ninguém falou mais nada enquanto cada um se acomodava em volta da mesa.
— Alguém quer fazer uma breve oração? – Narcisa pergunta, sorrindo em direção à mim. Balanço a cabeça negativamente entendendo qual era sua intenção. — Então, Astória?
— Certo. – A minha irmã responde, todos damos as mãos e a maioria fecha seus olhos. Enquanto Astória vai falando e orando, eu só consigo pensar na hipocrisia que estava acontecendo ali. Para que não começasse a rir, eu fechei meus olhos e comecei a pensar em coisas tristes da vida. — Amém.
— Amém! – Murmuro, soltando a mão de minha mãe e de Asty.
— Eu gostaria de fazer um brinde! – Meu pai diz se levantando, um sorriso irônico se abre em meu rosto, mas eu o disfarço, tossindo. — Um brinde a união das nossas famílias, e a nova era que se inicia a partir de hoje.
Sinto minha mãe estremecer ao meu lado, mas ela levanta a taça e finge um sorriso a todos. Eu e meus amigos trocamos olhares, confusos.
— Vou fazer um também, já que estamos no embalo. – Uma leve risada, um pouco sombria, veio da senhora Black quando ela se levantou. — Quero brindar o recente casamento entre minha filha Narcisa e Lucius. Que eles possam prosperar juntos!
— Um brinde! – Os Malfoy parecem animados com o casamento.
— Agora, vamos comer, né? As crianças devem estar famintas. – Um riso nervoso escapa da voz grossa de meu pai, e eu fico surpresa.
Essa foi a minha confirmação de que algo estava acontecendo. Esse jantar não havia sido do nada, tinha um motivo. Essa comemoração não é por nada, tem um motivo. Eu olho em volta, pensando no que nossos pais podem estar envolvidos.
— Deveríamos perguntar. – Astória murmura no pé do meu ouvido, enquanto meu olhar ainda está focado na comida em meu prato que minha mãe havia servido. — Quer dizer, claramente algo está rolando.
— Pergunte você. Se eu me meter nesses assuntos irei levar uma surra. – Por isso, descobrirei sozinha.
O jantar não demorou muito para acabar depois disso. Todos nós comemos, os adultos conversando normalmente, enquanto nós ficavamos nos estranhando, como se fossemos desconhecidos. Quando acabou, eu e minha família deixamos a mansão dos Malfoy através do pó de flu, e logo logo eu já estava em casa.
Andei até o meu quarto depois de murmurar um boa noite arrastado pros meus pais, e chegando no mesmo, desabei na cama. Nem percebi que tinha algo ali. Cheguei pro lado pegando o objeto que estava embaixo de mim, me atrapalhando, eu o joguei de lado e por alguns segundos me permiti descansar, fechando meus olhos. Mas logo cai na real que esse diário não deveria estar aqui, eu tinha o guardado em um lugar seguro que só eu sabia, e não havia mexido nele desde que guardei.
Abri meus olhos, e puxei o diário, abrindo-o logo em seguida.
— Mas que merda? – Não tinha absolutamente nada escrito. Levantei da cama num pulo, andando até minha mesa e pegando uma caneta, a molhei no tinteiro e voltei para o diário começando a escrever no mesmo, assim que eu terminei as letras sumiram. Todas. Franzindo minha sombrancelha, eu lembrei do mapa do maroto que os meninos haviam começado a criar. Talvez esse diário tivesse o mesmo feitiço que o mapa, e eu tinha que descobrir a palavra chave para desbloqueá-lo. — Hum... O diário era da Madison, então. James eu te amo? Não, para Aurora, faz isso de verdade.
Eu sei! Uma vez ela me contou sobre um livro que ela leu enquanto aprendia latim, e havia essa frase muito importante para ela, que ela acabou levando como a frase de sua vida inteira. Deve ser.
— I vestrum adprehendet vos. – Magicamente, todas as palavras e frases que já estavam escritas naquele diário começaram a aparecer. Folheando as páginas com um sorriso no rosto, me decepcionei ao perceber que não havia muita coisa. No máximo 10 páginas.
Pelo menos, seria rápido para ler.
Me sentei na cama de maneira confortável e comecei. As primeiras páginas apenas falam mal de mim, sobre como ela ama James e sobre como ela se sente deixada de lado pelo irmão, nada que ela já não tenha me dito. As coisas interessantes começaram a aparecer quando Madison começou a revelar coisas de que fazia parte. O seu discurso naquele dia que brigamos começou a fazer sentido.
"Querido diário,
Hoje tivemos a nossa primeira reunião. Eu era a única mais jovem ali, com exceção, é claro, do Severus. Eu acho que meu momento de fazer parte de algo grande começou agora, e eu irei orgulhar o meu mestre. Minha mãe sempre me disse que eu tinha nascido para mudar o mundo, por muito tempo pensei que usaria isso junto com Aurora, James, Remus e etc. Mas não. Eles são sem graça. A vida deles é sem graça. Eu nunca conseguirei mudar o mundo sendo amiga de pessoas assim, com pensamentos inadequados e fora do normal. Vamos lá, estamos muito crescidinhos para acreditar no que eles acreditam.
Ele foi a melhor coisa que me aconteceu.
Farei de tudo que ele mandar e serei a sua favorita. Farei direito, e talvez algum dia ele me reconheça como algo maior do que só a sua serva. A nova era está começando, e eu estou pronta pra mudar o mundo. Ao lado dele.
Voldemort, o grande lorde, de sangue puro e que tem poder pra destruir aquele velho rabugento....
E acaba ali. Certeza que Madison havia escrito mais, talvez revelado algum plano, algo....
Mas os murmurinhos, os burburinhos, os boatos são verdade.
Lorde Voldemort está na ativa.
E é disso que meus pais estavam falando.
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oii gente, como cs tão???
eu to decidindo quem é que vai morrer nessa nova era aqui, mas o que eu tenho que dizer é se preparem.
e pelo amor de Cristo, voltem a comentar na fanfic!!!!! leitores fantasmas desmotivam DEMAIS. Vocês não sabem como.
