AURORA ESTÁ parada em frente à uma janela, assistindo os meninos brincarem com a neve, mais precisamente uma guerra de bola de neve, está segurando um papel amassado na mão, uma carta vindo de casa. A mãe havia a xingado muito por estar passando um tempo na casa de James, ela nem sabia como a mãe havia descoberto isso já que foi de última hora, mas descobriu e mandou uma carta tratando ela mal. Lágrimas violentas desciam de seu rosto, ela odiava o quão cruel a mãe estava sendo por um simples desatento.
Ingrata. Vadia. Burra. Merdinha. Drogada. Tudo isso por me relacionar com uma pessoa que eles não escolheram.
Suspirou fundo, soltando a carta que caiu em qualquer lugar do quarto. As mãos estavam começando a tremer, começou novamente.
— Rory. Amor, você está bem? – Se Aurora não conhecesse a voz de James, ela ficaria assustada, pois sua visão estava embaçada com lágrimas o suficiente para não ver quem era. Uma mão pousou em seu ombro, e a cama pesou ao seu lado. — Ei, vamos tentar aquilo? Relaxa, e olha pra mim. Suspira fundo, amor. Me acompanha.
Crawford foi regulando sua respiração de acordo com a de James e quando ele percebeu que ela tinha conseguido voltou a falar.
— Pensa em 5 coisas que você pode ver. – Ela pensou. Eu posso ver pessoas, paisagens bonitas, minha cama, cigarros e minha irmã mais velha. — 4 coisas que pode tocar.
Ele levou a mão da mesma com cuidado até o rosto dele.
— Você. – Posso tocar em James, na cama, na neve, no meu cabelo, nas minhas roupas...
— Está indo bem, amor. – James continuou com a sua voz calma, notando que estava fazendo um bom efeito em Aurora. — 3 sons que você pode ouvir. 2 cheiros que pode sentir. 1 coisa que consegue sentir o sabor. – Posso ouvir Sirius gritando, Remus rindo e a minha própria respiração alta. Posso sentir o cheiro de cookies e o perfume forte que Six usa. E posso sentir o gosto de chocolate. — Continua respirando comigo.
Eles ficaram em silêncio por um tempo, Aurora acompanhando a respiração de James. Quando eles se cansaram, e ela já parecia um pouco relaxa, Potter a puxou pra se deitar em sua cama, no seu peito, não sabia a causa daquela ansiedade mas, o que quer que fosse estava machucando ela. Beijou o topo da cabeça da mesma, e deixou que ela chorasse baixinho molhando sua camisa.
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Estamos todos sentados em volta da árvore de natal, a família inteira reunida pós banquete para entregar os presentes. Aurora está sentada entre James e sua mãe, que segura levemente a mão da enteada, enquanto sorri.
— Bem, eu acho que está na hora de entregar os presentes, não? – Diz Sirius, esfregando uma palma da mão na outra, ancioso. Ele estava olhando diretamente para um embrulho com formato de guitarra, torcendo para que seja para ele.
