Dois anos depois da morte de seus pais, Violet se vê em apuros após perder o seu emprego, seu único meio de sustento.
Sem dinheiro e não tendo mais como bancar o seu grande e único sonho, o balé, ela se vê sem saída, tendo que aceitar propostas qu...
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Três semanas se passaram desde que eu entrei para esse "negócio" dos contratos. Mas até o momento, não houve propostas, nem nada do tipo que chegasse até mim.
Alguns deles tem preferências. Loiras, morenas, ruivas, alta ou baixa, magra ou não... Já outros, não pedem requisitos, mas esses se encontram um a cada vinte deles.
Eu não precisava me humilhar a esse ponto, ter que me submeter a isso para poder viver. Bom... Era isso o que eu achava.
Duas semanas antes...
— O que está acontecendo? — Apresso os passos ao ver um carro parado em frente a minha casa.
Havia uma mulher colando um papel na porta.
— Ordem de despejo? Está louca?
— Você tem um mês para pagar os impostos dessa casa, se não, iremos ter que pedir para que saia do imóvel.
Sem responde-la, arranco o papel da porta, e entro em casa para ler a maldita ordem de despejo.
— O que há agora... — Tento ligar a luz da sala, porém não liga.
E... Eu estou completamente ferrada...
Agora...
— Amiga, olha, chegou uma proposta pra você.
— O que? — Meu coração erra a batida ao ouvir Glenda dizer aquilo.
Eu estava tão ansiosa desde que me inscrevi anonimamente nisso, e ao mesmo tempo, tão insegura. Mas já não havia mais opções para mim, a esse ponto eu só preciso pagar as minhas dívidas, antes que eu seja despejada.
— Quem é? Qual o seu nome?
— Calma, eles nunca dizem o nome deles aqui, apenas se apresentam pelo sobrenome.
— E qual a proposta dele...?
— Primeiro, ele se apresenta como Dixon. O senhor Dixon está à procura de uma esposa por um ano, para ser a mãe do seu filho.
— O que? — Não podia acreditar que esperei todo esse tempo, e vem logo a pior proposta de todas, ser barriga de aluguel.
— Ele leu sobre suas características e quer assinar o contrato com você.
— Não. Nem pensar.
— Violet, sabe quanto você irá ganhar fazendo isso? Muito mais do que ganharia se fosse só namorada por um tempo.
— Estamos falando de gravidez! Eu não posso engravidar de um desconhecido... Além do mais, e as aulas? Como ficaria?
— Você tira licença quando não puder mais, e depois volta. Com o dinheiro que irá receber poderá até comprar a academia de dança com todos dentro se quiser.
— Eu não sei... Isso é muito mais complicado do que parece.
— Eu sei, olha... Eu estou com você, independente do que escolher, mas uma proposta dessas, não sei se receberá novamente, você viu como foi demorado para uma pessoa só responder.
Não é hora de desistir, eu tenho que fazer uma escolha, que mudará a minha vida para sempre.
— Tudo bem.
— O que?
— Eu topo.
— Você topa? Tem certeza? Depois que assinar, não poderá mais voltar atrás...
— Me passa esse papel logo, antes que eu desista...
Com as mãos trêmulas, eu assino. E com esse simples gesto eu selo o meu futuro.
A partir de agora, as coisas irão mudar, e eu só espero que seja para melhor.
