— Eu... Preciso ir ao banheiro... — Me afasto dela e saio pelo meio daquela multidão a procura do banheiro.
Durante o caminho já começo a sentir tontura, tudo a minha volta parece ficar em câmera lenta, as luzes piscando, as pessoas dançando lentamente, meu corpo fica leve, parece que minha alma está fora do corpo e estou flutuando.
— Ei gata, quer companhia? — Sinto um corpo atrás do meu e a voz falar em meu ouvido.
— Eu... Quero ir ao banheiro...
— Que tal irmos em um lugar melhor...
— Que lugar... — Me viro para ver quem era o dono da voz desconhecida.
Um homem alto, magro e de cabelos escuros.
— Vem comigo. — Ele segura em minha mão e vai me puxando entre as pessoas.
— Você vai me levar ao banheiro...?
— Vou te levar para as estrelas, gata.
— Eu nunca fui lá...
— Cara, o que você tomou? — Continua me arrastando até um corredor repleto de quartos.
Ele abre a porta do primeiro revelando um quarto pequeno, me puxa para dentro e fecha a porta.
— O que estamos fazendo aqui...? — Olho em volta do quarto.
— Vamos nos divertir muito agora.
— Eu gosto de me divertir, principalmente no balé.
— Você faz balé? — Pergunta enquanto beija meu pescoço e passeia a mão pelos meus braços até o final da minha blusa. — Quero ver se você é flexível.
— Eu sou, eu faço vários passos, quer ver...?
— Quero ver outra coisa.
Do meu pescoço ele sobe para a minha boca, iniciando um beijo, me empurrando até a cama e ficando por cima de mim.
Só então eu recordo um pouco da consciência e percebo o que está prestes a acontecer.
— Espera... Eu não quero isso. — Empurro ele de leve, me levantando em seguida.
— Qual é gata, olha como eu tô.
— Desculpa, eu não quero fazer isso.
Saio do quarto deixando ele lá, e sou capaz de ouvir gemidos vindo de outras portas.
Ao voltar para o meio das pessoas, encontro as meninas.
— Violet, estávamos te procurando, onde você estava?
— Eu... Estava procurando o banheiro... Podemos ir embora?
— Claro, a Beca já está ruim de bebida, até vomitou.
— Nossa...
E eu achando que eu quem estava mal.
— Você pode dormir lá em casa hoje. — Ela sugere.
— Melhor não...
— Olha o seu estado, vai por mim, você irá querer ter alguém ao seu lado quando acordar amanhã. — Diz sorrindo.
Por fim eu acabo cedendo e indo dormir na casa dela, e ela estava certa, no dia seguinte parecia que eu iria morrer, cabeça doendo, ressaca, boca seca, tontura, vômito, fraqueza, entre outros.
Glenda estava bem, por incrível que pareça, acho que é porque ela já esteja acostumada a isso, e ela quem me ajudou a tomar banho e fez um lanche reforçado para mim, que após comer dormi novamente.
— Violet... — Delicadamente ela me acorda.
— Oi... — Sussurro acordando aos poucos.
— Ah... É que já são quase sete da noite e... Você pode ficar se quiser mas eu terei que sair agora.
— Sete da noite? — Levanto assustada.
— Sim, mas relaxa, você pode ficar aqui, eu só queria te avisar para que quando acordasse não ficasse assustada ao não me encontrar aqui.
— Não, muito obrigada mas, eu preciso voltar para minha casa.
— Tudo bem, eu vou chamar um táxi para você então.
— Obrigada.
Lavo meu rosto no banheiro dela para pelo menos tentar disfarçar a cara de derrotada e vamos para a sala esperar o táxi chegar.
— Glenda, querida, eu fiz bolo, ofereça a sua amiga. — Diz a mãe dela da cozinha.
— Tá bom, mãe! Você quer?
— Não, obrigada... — Falo mas minha barriga diz o contrário.
— Não seja boba, o bolo da minha mãe é o melhor. — Ela se levanta indo para a cozinha e volta com um pedaço em um pratinho e um copo de suco.
Como tudo rapidamente e enfim o táxi chega, seguindo enfim para a minha casa.
Tudo uma bagunça, parece que passou um furacão por aqui.
Só me resta arrumar tudo isso agora...
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Sr E Sra Dixon
RomanceDois anos depois da morte de seus pais, Violet se vê em apuros após perder o seu emprego, seu único meio de sustento. Sem dinheiro e não tendo mais como bancar o seu grande e único sonho, o balé, ela se vê sem saída, tendo que aceitar propostas qu...