10 - Senhor Dixon

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Enquanto o elevador subia, minhas mãos não paravam de tremer. Eu bastante notório que eu estava apreensiva e nervosa.

E se ele for um escroto? Só por está em um negócio desses com certeza ele é, mas e se ele for muito escroto? Eu não estou preparada para isso, eu não sei o que esperar, e isso está me corroendo por dentro.

Uma semana havia se passado desde que assinei aquele contrato, e hoje, finalmente iria conhecer o homem por trás dele.

— Oi, eu...

— Você é a senhora Dixon? O senhor Dixon está te esperando na sala dele. — A recepcionista do prédio diz com um sorriso gentil.

— Obrigada...

Senhora Dixon? Então o contrato já estava valendo...

Ao chegar na porta onde a secretária me indicou, bato três vezes.

— Olá. — Um homem muito mais velho do que eu abre a porta, me fazendo ficar paralisada. — É a senhora Dixon? Que bom finalmente lhe conhecer. Entre, deixarei vocês à vontade.

Não é ele o senhor Dixon? Fico até mais aliviada.

Ao sair da sala, ele me dá passagem para que eu entrasse, e assim fecha a porta.

— Olá... — Falo mais baixo do que gostaria, mas ainda assim, alto o bastante para que ele ouvisse e virasse sua cadeira para mim.

Nem ferrando...

— O que? O que está fazendo aqui?

— Te faço a mesma pergunta. O que está acontecendo?

Não pode ser, o destino não iria me sacanear assim pela terceira vez seguida.

— Você não, só pode ter havido algum mal entendido aqui.

— Por que está sendo rude? Eu também não esperava vê-lo aqui.

— Droga... Não posso levar você para a minha casa, não depois do que fez.

— Depois do que eu fiz? — Cruzo os braços confusa.

— Sabe o que a minha filha disse ao saber que você havia se demitido? Que a culpa era dela.

— Eu sinto muito por isso... Mas não podia ficar lá, eu só trabalhava meio período, e não ganhava o suficiente para me manter.

Ele balançava a cabeça negativamente, frustrado.

— Tudo bem, eu não estava aqui porque gosto disso, se você não quer, então está ótimo. — Caminho de volta até a porta.

— Espera! Droga... Fica.

Me viro novamente para ele, ainda desconcertada em estarmos num mesmo ambiente nessa situação constrangedora.

— Então, tem certeza disso? Assim que eu assinar, não poderá voltar atrás.

— Eu preciso muito desse dinheiro, ou...

— Tudo bem, eu entendo.

— Eu só tenho uma dúvida... Por que quer ter outro filho? Você já tem a Jess...

— Eu sei, mas preciso de um filho, todo homem sonha em ter o seu herdeiro, comigo não seria diferente, quero torná-lo o próximo a comandar tudo o que tenho, enfim, não tem muito o que explicar.

Como se mulheres não fossem capaz disso.

— Sei. Mas, e se vier outra menina?

— Prefiro me apegar que virá uma boa notícia.

Será que a Jess...? Não. Claro que não.

— Podemos prosseguir?

— Sim. — Me aproximo, me sentando em uma cadeira em frente a mesa dele, enquanto o vejo ler alguns papéis.

— Deixarei um segurança para te acompanhar até a sua casa ao sair daqui, um dos motoristas te levará, para pegar seus itens pessoais.

— O que quer dizer com isso?

— Não existe casamento a distância, você terá que morar comigo, pelo menos até a criança nascer.

Essa ideia toda é tão louca, e eu sou mais ainda por estar aqui, aceitando tudo isso.

— Continuando, faremos a inseminação em você em seus períodos férteis, então, é sua obrigação me passar essas informações, e qualquer mudança que sentir após começarmos.

Me sinto aliviada em saber que não precisarei fazer sexo com ele, não que ele não seja atraente, mas... É uma situação completamente diferente.

— Você fez os exames que eu pedi no contrato?

— Sim. — Abro a minha bolsa, tirando os papéis dos vários exames que fui submetida para ele ver que estava tudo bem comigo e minha saúde.

— Ótimo, então, temos um acordo. — Sorrindo ele estende a mão para mim.

E assim fechamos o nosso acordo.

Só espero não me arrepender dessa decisão...

Sr E Sra Dixon Onde histórias criam vida. Descubra agora