Enquanto o elevador subia, minhas mãos não paravam de tremer. Eu bastante notório que eu estava apreensiva e nervosa.
E se ele for um escroto? Só por está em um negócio desses com certeza ele é, mas e se ele for muito escroto? Eu não estou preparada para isso, eu não sei o que esperar, e isso está me corroendo por dentro.
Uma semana havia se passado desde que assinei aquele contrato, e hoje, finalmente iria conhecer o homem por trás dele.
— Oi, eu...
— Você é a senhora Dixon? O senhor Dixon está te esperando na sala dele. — A recepcionista do prédio diz com um sorriso gentil.
— Obrigada...
Senhora Dixon? Então o contrato já estava valendo...
Ao chegar na porta onde a secretária me indicou, bato três vezes.
— Olá. — Um homem muito mais velho do que eu abre a porta, me fazendo ficar paralisada. — É a senhora Dixon? Que bom finalmente lhe conhecer. Entre, deixarei vocês à vontade.
Não é ele o senhor Dixon? Fico até mais aliviada.
Ao sair da sala, ele me dá passagem para que eu entrasse, e assim fecha a porta.
— Olá... — Falo mais baixo do que gostaria, mas ainda assim, alto o bastante para que ele ouvisse e virasse sua cadeira para mim.
Nem ferrando...
— O que? O que está fazendo aqui?
— Te faço a mesma pergunta. O que está acontecendo?
Não pode ser, o destino não iria me sacanear assim pela terceira vez seguida.
— Você não, só pode ter havido algum mal entendido aqui.
— Por que está sendo rude? Eu também não esperava vê-lo aqui.
— Droga... Não posso levar você para a minha casa, não depois do que fez.
— Depois do que eu fiz? — Cruzo os braços confusa.
— Sabe o que a minha filha disse ao saber que você havia se demitido? Que a culpa era dela.
— Eu sinto muito por isso... Mas não podia ficar lá, eu só trabalhava meio período, e não ganhava o suficiente para me manter.
Ele balançava a cabeça negativamente, frustrado.
— Tudo bem, eu não estava aqui porque gosto disso, se você não quer, então está ótimo. — Caminho de volta até a porta.
— Espera! Droga... Fica.
Me viro novamente para ele, ainda desconcertada em estarmos num mesmo ambiente nessa situação constrangedora.
— Então, tem certeza disso? Assim que eu assinar, não poderá voltar atrás.
— Eu preciso muito desse dinheiro, ou...
— Tudo bem, eu entendo.
— Eu só tenho uma dúvida... Por que quer ter outro filho? Você já tem a Jess...
— Eu sei, mas preciso de um filho, todo homem sonha em ter o seu herdeiro, comigo não seria diferente, quero torná-lo o próximo a comandar tudo o que tenho, enfim, não tem muito o que explicar.
Como se mulheres não fossem capaz disso.
— Sei. Mas, e se vier outra menina?
— Prefiro me apegar que virá uma boa notícia.
Será que a Jess...? Não. Claro que não.
— Podemos prosseguir?
— Sim. — Me aproximo, me sentando em uma cadeira em frente a mesa dele, enquanto o vejo ler alguns papéis.
— Deixarei um segurança para te acompanhar até a sua casa ao sair daqui, um dos motoristas te levará, para pegar seus itens pessoais.
— O que quer dizer com isso?
— Não existe casamento a distância, você terá que morar comigo, pelo menos até a criança nascer.
Essa ideia toda é tão louca, e eu sou mais ainda por estar aqui, aceitando tudo isso.
— Continuando, faremos a inseminação em você em seus períodos férteis, então, é sua obrigação me passar essas informações, e qualquer mudança que sentir após começarmos.
Me sinto aliviada em saber que não precisarei fazer sexo com ele, não que ele não seja atraente, mas... É uma situação completamente diferente.
— Você fez os exames que eu pedi no contrato?
— Sim. — Abro a minha bolsa, tirando os papéis dos vários exames que fui submetida para ele ver que estava tudo bem comigo e minha saúde.
— Ótimo, então, temos um acordo. — Sorrindo ele estende a mão para mim.
E assim fechamos o nosso acordo.
Só espero não me arrepender dessa decisão...
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sr E Sra Dixon
RomanceDois anos depois da morte de seus pais, Violet se vê em apuros após perder o seu emprego, seu único meio de sustento. Sem dinheiro e não tendo mais como bancar o seu grande e único sonho, o balé, ela se vê sem saída, tendo que aceitar propostas qu...