25 - Ataque de Panico

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— Senhora Dixon, para onde vai? — Um dos seguranças entra na minha frente assim que eu chego até o portão de saída

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— Senhora Dixon, para onde vai? — Um dos seguranças entra na minha frente assim que eu chego até o portão de saída.

— Me dê passagem, eu preciso sair.

— Não está meio tarde para sair sozinha? Quer que eu te leve a algum lugar? Está começando uma tempestade lá fora.

É claro que eu não quero, assim ele me acharia em minutos.

— Não, obrigada, eu prefiro ir andando. — Tento não transparecer o meu nervosismo, mas mesmo assim eles não deixam de me olhar estranho.

— Tudo bem, deixa só eu confirmar com o Senhor Dixon, aí deixamos você passar?

— Droga, me deixe passar! Não podem me prender aqui!

— Se acalme, será rápido. — Um deles se afasta para pegar um rádio no bolso para se comunicar com Kai.

E aproveitando a pequena brecha entre os dois homens, eu corro, ouvindo eles pedirem para mim parar, mas eles não podem fazer nada, já que precisam de ordem para me parar.

— Violet! — De longe posso ouvir a voz de Kai, me causando um nervoso enorme dentro de mim.

Não era para ele saber ainda, só pode ter sido a Jess que contou.

Continuo correndo, até sentir o ar ir embora dos meus pulmões, me forçando a caminhar devagar, para tentar normalizar a respiração. Podia sentir a adrenalina que corria em meu corpo indo toda embora, dando lugar a uma ansiedade absurda, e o medo constante que se fazia presente em minha cabeça.

O que eu estava fazendo? Para onde eu iria?

Me afogando em meio a pensamentos, vejo uma luz se aproximar, um farol mais precisamente.

— Violet, entra no carro. — Ouço Kai pedir, enquanto me acompanhava com seu carro.

Eu não o respondi, sequer o olhei, apenas continuava a andar, sendo tomada pela forte chuva que me atingia, e perdida dentro de mim mesmo.

— Violet, por favor... Vamos conversar, não pode ficar em um temporal como esse.

Estava longe demais para me importar com isso, eu podia sentir que estava perdendo a minha sanidade aos poucos, e eu não poderia fazer nada para mudar isso.

Eu conheço essa sensação... De novo não...

O som da chuva eu já não ouvia mais, apenas um grande zumbido que me desligava completamente da realidade. O meu corpo e mãos trêmulos não eram da chuva e do clima gelado que batia contra mim, e a minha respiração acelerando cada vez mais, junto com os meus batimentos cardíacos e uma sensação de fraqueza repentina não eram devido ao cansaço. Era aquela sensação, aquela maldita sensação que eu só senti uma vez na vida.

Eu estava tendo um ataque de pânico.

Já não via nada mais a minha volta, só a escuridão que me abraçava, embaralhando a minha mente cada vez mais, fazendo o meu corpo tremer cada vez mais, eu não podia respirar, eu sentia que estava me afogando, eu estava me perdendo...

Mas ao fundo posso ouvir novamente o som da chuva voltando, e o meu corpo parar de tremer aos poucos, e a minha respiração se acalmar, eu estava sendo salva.

— Vai ficar tudo bem... — E só agora sou capaz de perceber que Kai me abraçava fortemente no meio daquele temporal, ele me trouxe de volta a realidade que por um momento achei que já não existisse mais.

Eu queria ter recebido um abraço desses quando os perdi, mas naquele momento tudo o que eu tinha era eu mesma, enquanto me via sendo levada em uma maca para uma ambulância e os corpos deles irem em outra direção.

Sem psicológico para argumentar qualquer coisa, apenas aceito ser guiada para dentro daquele veículo, e lá ficamos em silêncio, enquanto sentia o seu olhar sobre mim o tempo inteiro.

— Chegamos, vem, eu te ajudo. — Ele é quem abre a porta do carro para que eu desça, e me estende a mão.

E então entramos na grande casa silenciosa.

Sr E Sra Dixon Onde histórias criam vida. Descubra agora