35 - Sinto Muito

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Dois meses haviam se passado, e hoje eu completei oito meses de gestação. Me sinto enorme, meus tornozelos doem o tempo todo, minha barriga pesada, e a sonolência ainda reina por aqui.

Mas tudo isso é por uma boa causa, logo um lindo menino estaria em meus braços, e eu não via a hora disso acontecer.

Já era quase noite quando ouço um carro parar próximo ao chalé em que eu estava. Com as coisas mais calmas na cidade, Glenda passou a vir me ver mais vezes, então não me sentia mais tão sozinha assim.

— Sua titia chegou filho... Tomara que ela tenha trazido o doce que você tanto está me fazendo desejar. — Levanto do sofá, indo em direção a porta ao ouvir suas batidas na porta. — Glenda...?

Meu corpo inteiro congelou ao ver que ela não estava sozinha. Glenda estava em minha frente, e atrás dela havia dois homens que eu já conhecia. Eram os seguranças de Kai.

— Violet... Me perdoa... Eu não tive escolha, ele ameaçou acabar com o acordo que tem na empresa do meu pai.

— Está tudo bem... — Sorrio para tentar acalmá-la, mesmo estando dilacerada por dentro.

— Eu sinto muito... — Me abraçando, ela lamenta.

— Está tudo bem, você não tem culpa.

— Temos que ir. — Um dos seguranças diz, interrompendo o nosso momento.

Dando um último abraço em Glenda, eu sigo até o carro deles, me sentando no banco de trás. Eu fui do céu ao inferno em questão de segundos...

Ao chegarmos na casa, eu já podia sentir o clima pesado antes mesmo de entrar, e só agora havia começado a me sentir tensa, meu coração acelerado e as minhas mãos suarem.

O que há comigo?

— Você pode entrar agora. — Um deles abre a porta para mim.

— Obrigada... — Saio do carro com a ajuda dele e sigo sozinha até a entrada da casa.

Ainda nervosa, abro a grande porta, e entro, soltando o ar fortemente ao não ver ninguém na sala. E eu, continuo parada, sem saber o que fazer, ou para onde ir, como se fosse a primeira vez em que pisava os pés aqui.

— Violet... — Carmen sai da cozinha, me olhando assustada.

— Oi... — Cumprimento ela, sentindo agora o meu peito apertado.

Carmen havia se tornado alguém especial em minha vida, e com o seu ato, me deixando ir embora, mesmo devendo lealdade ao seu patrão, só confirmou que tudo o que eu sentia era recíproco da parte dela também.

— Eu fiquei tão preocupada... — Rapidamente ela caminha em minha direção, me abraçando forte.

— Eu quase consegui... — Sussurrei segurando as lágrimas.

— Vá para o seu quarto, ele já deve estar chegando.

Concordo rapidamente e caminho em direção às escadas, parando antes de subir ao sentir ser observada. Era a Jess, que estava na porta da cozinha, só com a cabeça para fora me olhando, mas diferente de todas as vezes que eu já a vi, ela estava quieta, e apenas me olhava.

— Oi Jess... — Cumprimento ela com um sorriso, e me ignorando ela entra de volta para a cozinha.

Eu entendo o que ela está sentindo, e não irei julgá-la por isso, então apenas subo, indo em direção ao meu antigo quarto.

Sr E Sra Dixon Onde histórias criam vida. Descubra agora