32 - Meu Filho

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— Eu queria te pedir desculpas

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— Eu queria te pedir desculpas.

— Desculpa? — Olho para Kai após ele estacionar o carro.

— Sim, pelo meu estresse nas últimas semanas, eu poderia ter prejudicado o bebê.

— Não se preocupe, o seu filho está bem.

E que se exploda a mãe dele.

— Tudo bem.

Com a recém descoberta do sexo do bebê, Kai tem passado mais tempo em casa, a todo momento me pergunta se está tudo bem, e já está até animado para decorar o quartinho dele.

E em algumas noites, acordei ao vê-lo entrar no meu quarto em silêncio, só para ouvir o seu filho chutar ao senti-lo perto.

Me questionava a quanto tempo será que ele faz isso?

— Eu estava pensando em colocar o nome dele de Heitor, ou quem sabe Ethan. — Kai dizia empolgado enquanto jantávamos.

— São nomes bonitos... — Respondo, ainda que eu não estivesse prestando muita atenção nas coisas que ele falava.

— Violet, você queria que o bebê fosse menina também? — Percebendo o meu desisteresse, Jess pergunta para mim.

— O que? Não... Quer dizer, o plano era que fosse menino, então...

— Eu queria uma irmãzinha...

— O seu irmão poderá brincar com você, e te proteger sempre. — Kai responde.

— Os seguranças já me protegem. — Ela dá de ombros, voltando a comer.

— Tem razão. — Sorrindo ele concorda.

— Acho melhor subir, para tentar descançar. — Me levanto. — Boa noite.

— Boa noite, Violet. — Se aproximando ele toca a minha barriga. — E para você também, meu filho.

Saio da cozinha, indo em direção as escadas, mas antes que de subir, me viro ao ouvir a porta de entrada ser aberta.

— Então é verdade...? Você está mesmo a espera de um menino? — Elisa, a ex mulher de Kai se aproxima.

— Desculpa mas, eu tenho que subir agora. — Me viro para subir mas paro ao ouvi-la falar.

— Espere! — Me viro, ficando boquiaberta ao ver o que ela havia acabado de tirar da sua bolsa. — Você não é digna de carregar um filho dele... Eu quem deveria fazer isso, eu!

Ela estava totalmente fora de si, era nítido.

— Elisa... Abaixa essa arma, ou terei que chamar alguém. — Tento acalma-la, sentindo meu coração acelerar e o medo do que essa mulher poderia fazer começa a me consumir.

— Cala a boca! Você não pode me substituir, ele não liga pra você, irá te descartar assim que essa criança nascer.

Disso eu já sabia.

— Escuta, não precisa fazer isso, eu sei que não quer me fazer mal...

— Você não me conhece... — Ela continuava a apontar aquela arma para mim, com suas mãos trêmulas.

— Elisa? O que porra está fazendo aqui? — Kai logo surge, olhando fixamente para a mulher que agora dividia sua atenção para mim e para ele. — Jess, não saia da cozinha.

— A Jessica está aí? Faz semanas que eu não a vejo.

— E nem verá! Olha como você está, sua maluca de merda!

Por que diabos ele está falando isso para ela? Ele não ver que eu estou na mira do seu revolver?

— Eu só estou fazendo isso por você... Por nossa família...

— Não existe nossa família, Elisa. Porra, bota isso de uma vez na sua cabeça!

— Você só está confuso por causa dela, mas logo verá que sou eu quem te dará filhos, eu sou a sua mulher.

A esse ponto eu já abraçava fortemente a minha barriga, enquanto tentava me acalmar em vão.

— Se fizer alguma coisa, eu juro que...

— É por você, meu amor... — Ela fala sorrindo histericamente, destravando a sua arma.

— Não! — Grito me abaixando e fechando fortemente os olhos.

São disparados dois tiros de uma vez, o medo é tão grande que não sou capaz de abrir os olhos, eu só chorava e pedia para que ficasse tudo bem com o meu filho.

Sim, o meu filho.

— Violet... Está tudo bem? Olha pra mim. — Sinto seus braços em volta de mim, me fazendo enfim olha-lo.

— Kai... — E só agora vejo que o tiro havia pegado nele, pela mancha Vermelha que se formava um pouco acima do seu peito

Olho através de seus ombros, vendo a mãe da Jess caída no chão, cuspindo sangue.

— Senhor? O que houve? — O segurança entra na casa assustado.

— Leve ela daqui. — É tudo o que ele diz.

— Papai... — Olhando para o lado, vejo Jess com os olhos cheios de lágrimas, olhando para Kai e a sua mãe.

— Jess, volte para a cozinha...

Outro segurança entra na sala, ajudando Kai e o levando em direção a saída.

— Eu vou para o hospital, liga para Carmen vir pra cá. — Kai fala com um semblante de dor, e juntos eles saem.

Eu ainda estava no chão, em choque com tudo o que havia acabado de acontecer, e havia acabado de levar um tiro e dado um tiro na mãe da filha dele e mesmo assim agiu tão friamente, como se fosse algo natural.

Minhas mãos ainda tremiam, meu peito subia e descia freneticamente, e minhas lágrimas desciam sem parar. Por um momento eu achei que seria morta ou que perderia o meu filho.

Eu o amo e não podia mais me enganar, eu o amo e morreria se algo acontecesse com ele...

Sr E Sra Dixon Onde histórias criam vida. Descubra agora