— Violet... Esses são William e Emilly, meus irmãos. — Kai apresenta os dois desconhecidos, que me respondem com um sorriso.
— Muito prazer, Violet. — William me cumprimenta.
— Finalmente largou aquela louca da Elisa. — Com um abraço, Emilly me cumprimenta.
— Emilly! Já falei que não quero que toquem no nome dela aqui.
— Como quiser. — Ela levanta as mãos em sinal de rendição. — Caramba, como sua barriga está linda, Violet.
— Obrigada...
Ela é totalmente o oposto de Kai que é bastante reservado e sério. Quanto ao outro, eu ainda não tinha como saber, mas já sinto que ele é muito observador.
— Tia Emi, eu posso mostrar as minhas bonecas para a Judith?
— É claro que pode, princesa.
— Vem Judith, elas estão lá em cima! — E só agora vejo que há outra criança também, um pouco maior que a Jess.
— A propósito, essa é a minha primogênita. Judith, dê oi para a sua tia Violet. — Emilly a incentiva, fazendo com que a criança venha até mim curiosa.
— Oi... É verdade que você tem um neném aí dentro? — Apontando para a minha barriga ela pergunta.
— É verdade sim. — Sorrio com o seu comentário.
— E como ele foi para aí?
— Aí já é conversa para outra hora. — Emilly interrompe. — Vai lá com a sua prima.
— Tá bom. — Dando de ombros ela segue Jess, saindo do cômodo.
— Crianças...
Ainda me sinto desconfortável estando na presença deles, Kai nem me avisou que teria visita. Todo esse clima está tão estranho.
Era o que eu pensava, até meia hora de conversa com eles. Agora já me sentia super a vontade, eles são muito legais por sinal, conversam sobre tudo e são sempre descontraídos.
— Achei que você traria a Aurora, William.
— O plano era esse, mas a mãe dela iria ver a avó, então não teve jeito, a Aurora ama ir visitar a avó.
— Aurora é a sua filha? — Pergunto.
— Sim, ela tem onze anos.
— A Judith tem oito, a Jess é a mais nova, mas logo perderá o posto para esse garotão que está chegando.
— O primeiro filho homem da nossa geração, não poderia vir de outra pessoa. — Kai comenta, se gabando.
— Você deve estar insuportável com a chegada dessa criança, coitada da Violet. — Emilly diz, cruzando os braços.
— É o meu filho, impossível não ficar ansioso.
— Será a melhor sensação do mundo Violet, sentir ele nos braços, as mãozinhas tão pequenas, e a forma como nos olha enquanto é amamentado, não vai querer sair de perto um minuto sequer.
E enquanto ela falava sentia meu peito ser esmagado por dentro, era uma tortura ouvir aquilo porquê eu sabia que não teria o direito de fazer nada disso, eu não veria as mudanças de fase dele, nem acordaria todos os dias ao seu lado.
— Está tudo bem?
— Eu... Preciso ir ao banheiro. — Limpo rapidamente uma lágrima que fugia e me levanto.
Já no meu quarto eu me permito botar pra fora todo aquele aperto interno que me consumia.
— Violet? — Ouço Kai do lado de fora.
— Eu só preciso de um tempo...
E me ignorando ele entra, vindo até mim, puxando o meu corpo para junto ao seu e me abraçando.
— Isso não é justo... Não é... — Chorava sobre o seu peito, enquanto sentia todas as minhas emoções afloradas.
— Tem que se acalmar.
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Sr E Sra Dixon
Roman d'amourDois anos depois da morte de seus pais, Violet se vê em apuros após perder o seu emprego, seu único meio de sustento. Sem dinheiro e não tendo mais como bancar o seu grande e único sonho, o balé, ela se vê sem saída, tendo que aceitar propostas qu...