12 - Dia Fértil

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Os dias na mansão Dixon até que estão tranquilos. Sou super bem tratada por todos que trabalham aqui, sem contar na mordomia que é esse lugar, me acostumaria fácil a uma vida de rainha.

- Aqui, coma isso.

- Quanto... Legume. - Observo o prato à minha frente repleto de legumes estranhos.

- Vai se acostumando, se quer carregar uma criança nesse ventre, terá que começar a cuidar da sua saúde.

- Não tem outra coisa, sei lá, menos colorido.

- Coma a sua refeição, não seja fresca. - Cármem revira os olhos.

Okay mãe.

- Até que não é tão ruim... - Falo ao levar a primeira garfada a boca.

É ruim sim, é ruim pra cacete.

Tudo bem Violet, é só fingir que isso é um bom e suculento McDonald's.

- Por onde anda o Kai? Acho que faz uma semana que não o vejo.

Não que eu estivesse contando.

- Ele é um homem ocupado.

- Estou vendo.

Tão ocupado que esquece que tem filha.

- Então, o que teremos de sobremesa?

- Já terminou? - Ela se vira para mim surpresa.

- Achou mesmo que eu comeria aquilo devagar? O segredo é mandar tudo pra dentro para não ter tempo de sentir o sabor.

- Você é estranha.

•••

Ao chegar ao fim da tarde, tomo um banho quente e já estava pronta para outro dia de aula, mas ao sair do banheiro, dou de cara com uma assombração.

- O que tem na cabeça? Quer me matar de ataque cardíaco? - Coloco a mão sobre o peito.

- Cheguei faz uma hora e meia de viagem, e estou a quase uma hora aqui te esperando.

Só o que faltava, um fiscal de banho.

- O que você quer...? Eu estou para sair.

- Sair?

- Para a minha aula. - Falo o óbvio.

- Não vai mais.

O que?

- O que?

- Você está no seu período fértil, certo!?

- Eu não sei, estou?

- Sim, precisa ser mais atenta para isso, caso eu esqueça.

- Não dá pra ser amanhã?

- Não, será agora, está pronta?

Não.

- Sim... Eu acho.

- Ótimo. - Kai caminha até a porta, abrindo-a e uma mulher com uma pequena maleta entra. - Essa é Nichol, ela irá injetar o meu sêmen em você hoje, e assim, te ensinar como se faz para as próximas vezes.

A famosa inseminação caseira.

- Eu já volto. - Ele pega um frasco com Nichol e segue até o banheiro.

Como ele consegue ter foco?

- Deite-se, teremos cerca de dois minutos até que os espermatozóides morram, então se posicione.

Me deito na cama, posicionando minhas pernas como se eu estivesse em uma consulta ginecológica, e espero desconfortavelmente até que Kai terminasse a sua parte.

Minutos depois ele retorna com o frasco em mãos o entregando para a moça.

- Isso pode doer um pouco, não se mexa.

Com isso ela introduz uma espécie de seringa com o líquido de Kai dentro de mim.

- O que... Droga! - Agarro o lençol com força ao sentir a seringa entrar no meu útero. - Droga, isso dói pra cacete!

- Terminamos, abaixe as pernas devagar e permaneça deitada por alguns minutos, isso ajudará no processo.

Que se foda o processo, eu estou com dor!

- Está tudo bem? - Kai pergunta após a mulher sair.

Parece que eu estou bem?

- Só estou sentindo um pouco de cólica.

- Isso é normal, logo se sentirá bem.

- É...

Em pensar que terei que repetir isso se não der certo....

Sr E Sra Dixon Onde histórias criam vida. Descubra agora