15 - Maldito dia

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— O que quer? Me envergonhar na frente deles? — Ele diz entre dentes, após entrarmos em um banheiro.

— Que se dane! Eu não pedi para vim.

— Não seja ingrata.

— Ingrata? Só pode estar de brincadeira.

— Queria que a noite fosse leve, descontraída, para que não se sentisse constrangida mais tarde.

— Bom, então você falhou, porque agora eu estou muito puta, e com certeza ficarei constrangida depois.

— Eu sabia que não devia ter feito acordo com você, era óbvio. — Ele caminhava pelo banheiro enquanto falava para si mesmo.

— Eu que não devia ter aceitado, alguém tão cheio de si e mesquinho igual a você. — Solto, fazendo-o parar de andar e vir até mim.

Ferrou.

— É o que você acha de mim? — Sua mandíbula travada e seus olhos indicavam o quão puto ele estava, e o quanto eu consegui atingi-lo com o que disse. — Vamos.

Kai segura o meu braço, e me puxa até a saída, ignorando os olhares sobre nós.

— Se me segurar dessa forma mais uma vez, eu juro que esse salto fará um estrago em seu rosto. — Puxo o meu braço de volta, saindo de perto dele.

— Vamos embora. — Me ignorando ele caminha até o seu carro. — Vamos!

Permaneço parada de braços cruzados.

— Violet.

— Pode ir, eu vou chamar o motorista para vir me buscar. — Tiro o celular da bolsa para mandar mensagem para ele.

— Não, você não vai. — Rapidamente o meu celular é tirado da minha mão e jogado longe.

— O que você fez, seu grande idiota!

— Entra no carro.

— Eu não vou entrar na droga desse carro! — Passo em sua frente indo à pé.

— Violet! Entra na droga do carro.

Apenas mostro o dedo do meio para ele, voltando a andar.

— Não está pensando em ir andando, está!?

— Andarei até que um táxi passe, e se não passar, seguirei assim.

Eu não iria ceder para um idiota como ele, se ele acha que sou como as mulheres daquela confraternização, ele está enganado.

— Tudo bem, então vamos andando. — Ele me alcança, agora, caminhando ao meu lado.

Que cara irritante.

— Ótimo.

— Ótimo.

E sem que eu pudesse prever, Kai entra na minha frente, me erguendo sobre seus ombros, me levando a força de volta para o carro. Ele me joga no banco do passageiro, fecha a porta e dá a volta, entrando também.

— Você deve estar me testando.

— Não, Você deve estar me testando! — Responde alterado.

— Maldito seja o dia em que assinei a droga daquele contrato! Maldito seja... — Paro de falar quando ele se reclina sobre mim.

— O que? Fala. — Seus olhos são fixos em mim e não escondem sua raiva.

— Maldito seja o dia em que eu te conheci. — Falo, sentindo minha respiração acelerada.

Ficamos com os olhos fixados um no outro, por longos segundos, nossos olhares disputavam quem estava mais irritado, e no momento, acho que estamos empatados.

E repentinamente, ele se afasta, ligando o carro, e assim seguimos todo o trajeto em silêncio.

Ao chegar em casa, ele sai do carro, dando a volta rapidamente para abrir a porta para mim, mas não como ato de cavalheirismo, e sim para pegar em meu braço mais uma vez, me levando para dentro.

— Eu sei andar sozinha! — Reclamo, tentando puxar o meu braço.

Ele não diz nada, apenas continua a me levar, dessa vez, subindo as escadas. Ao chegar no meu quarto, ele abre a porta e me puxa para dentro.

— Tira a sua calcinha.

— O que?

— Se preferir, pode tirar o vestido também. — Ele fala enquanto tira o seu cinto.

— Kai, que merda você acha que está fazendo?

— O meu filho.

— Eu não vou transar com você.

— Está no seu contrato, devia ter pensado nisso antes de te-lo assinado.

Ele vem até mim, me jogando sobre a cama, e subindo em cima de mim, prendendo meus pulsos sobre a cama.

— Kai, não faz isso. — Meus pedidos eram reais, eu não podia acreditar que ele estava prestes a fazer aquilo.

— Fique quieta. — Uma de suas mãos descem até a minha roupa íntima para tirá-la.

— Não! Kai! — Me debato tentando me soltar.

E quando vejo que é em vão lutar, apenas aceito, esperando pelo pior, mas nada acontece.

Com o rosto enterrado em meu pescoço, ele respira fundo, me soltando de repente e saindo de cima de mim, saindo do quarto em seguida, sem dizer nada.

Sr E Sra Dixon Onde histórias criam vida. Descubra agora