— O que quer? Me envergonhar na frente deles? — Ele diz entre dentes, após entrarmos em um banheiro.
— Que se dane! Eu não pedi para vim.
— Não seja ingrata.
— Ingrata? Só pode estar de brincadeira.
— Queria que a noite fosse leve, descontraída, para que não se sentisse constrangida mais tarde.
— Bom, então você falhou, porque agora eu estou muito puta, e com certeza ficarei constrangida depois.
— Eu sabia que não devia ter feito acordo com você, era óbvio. — Ele caminhava pelo banheiro enquanto falava para si mesmo.
— Eu que não devia ter aceitado, alguém tão cheio de si e mesquinho igual a você. — Solto, fazendo-o parar de andar e vir até mim.
Ferrou.
— É o que você acha de mim? — Sua mandíbula travada e seus olhos indicavam o quão puto ele estava, e o quanto eu consegui atingi-lo com o que disse. — Vamos.
Kai segura o meu braço, e me puxa até a saída, ignorando os olhares sobre nós.
— Se me segurar dessa forma mais uma vez, eu juro que esse salto fará um estrago em seu rosto. — Puxo o meu braço de volta, saindo de perto dele.
— Vamos embora. — Me ignorando ele caminha até o seu carro. — Vamos!
Permaneço parada de braços cruzados.
— Violet.
— Pode ir, eu vou chamar o motorista para vir me buscar. — Tiro o celular da bolsa para mandar mensagem para ele.
— Não, você não vai. — Rapidamente o meu celular é tirado da minha mão e jogado longe.
— O que você fez, seu grande idiota!
— Entra no carro.
— Eu não vou entrar na droga desse carro! — Passo em sua frente indo à pé.
— Violet! Entra na droga do carro.
Apenas mostro o dedo do meio para ele, voltando a andar.
— Não está pensando em ir andando, está!?
— Andarei até que um táxi passe, e se não passar, seguirei assim.
Eu não iria ceder para um idiota como ele, se ele acha que sou como as mulheres daquela confraternização, ele está enganado.
— Tudo bem, então vamos andando. — Ele me alcança, agora, caminhando ao meu lado.
Que cara irritante.
— Ótimo.
— Ótimo.
E sem que eu pudesse prever, Kai entra na minha frente, me erguendo sobre seus ombros, me levando a força de volta para o carro. Ele me joga no banco do passageiro, fecha a porta e dá a volta, entrando também.
— Você deve estar me testando.
— Não, Você deve estar me testando! — Responde alterado.
— Maldito seja o dia em que assinei a droga daquele contrato! Maldito seja... — Paro de falar quando ele se reclina sobre mim.
— O que? Fala. — Seus olhos são fixos em mim e não escondem sua raiva.
— Maldito seja o dia em que eu te conheci. — Falo, sentindo minha respiração acelerada.
Ficamos com os olhos fixados um no outro, por longos segundos, nossos olhares disputavam quem estava mais irritado, e no momento, acho que estamos empatados.
E repentinamente, ele se afasta, ligando o carro, e assim seguimos todo o trajeto em silêncio.
Ao chegar em casa, ele sai do carro, dando a volta rapidamente para abrir a porta para mim, mas não como ato de cavalheirismo, e sim para pegar em meu braço mais uma vez, me levando para dentro.
— Eu sei andar sozinha! — Reclamo, tentando puxar o meu braço.
Ele não diz nada, apenas continua a me levar, dessa vez, subindo as escadas. Ao chegar no meu quarto, ele abre a porta e me puxa para dentro.
— Tira a sua calcinha.
— O que?
— Se preferir, pode tirar o vestido também. — Ele fala enquanto tira o seu cinto.
— Kai, que merda você acha que está fazendo?
— O meu filho.
— Eu não vou transar com você.
— Está no seu contrato, devia ter pensado nisso antes de te-lo assinado.
Ele vem até mim, me jogando sobre a cama, e subindo em cima de mim, prendendo meus pulsos sobre a cama.
— Kai, não faz isso. — Meus pedidos eram reais, eu não podia acreditar que ele estava prestes a fazer aquilo.
— Fique quieta. — Uma de suas mãos descem até a minha roupa íntima para tirá-la.
— Não! Kai! — Me debato tentando me soltar.
E quando vejo que é em vão lutar, apenas aceito, esperando pelo pior, mas nada acontece.
Com o rosto enterrado em meu pescoço, ele respira fundo, me soltando de repente e saindo de cima de mim, saindo do quarto em seguida, sem dizer nada.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sr E Sra Dixon
RomanceDois anos depois da morte de seus pais, Violet se vê em apuros após perder o seu emprego, seu único meio de sustento. Sem dinheiro e não tendo mais como bancar o seu grande e único sonho, o balé, ela se vê sem saída, tendo que aceitar propostas qu...