29 - Surpresa

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Os dias passavam em câmera lenta agora

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Os dias passavam em câmera lenta agora. Com a recém descoberta da gravidez, fui restringida de continuar com as minhas aulas, pelo menos por enquanto, mas logo retornarei.

Me sinto um rato em uma gaiola nessa casa, que apesar de grande, é muito vazia e silenciosa. Será que ele não tem família? Ou amigos? Porque eu nunca vi nenhuma alma viva pisar os pés aqui desde que cheguei a essa casa.

— Você está agitado hoje... — Coloco a mão sobre a barriga para sentir o bebê que mexia igual pipoca.

É impossível não sorrir toda vez que o sinto mexer, ou sempre que imagino como será o rostinho dele ou dela. Na ultrassom dá pra ter uma ideia, mas nada tão concreto ainda.

Sem contar que já era o terceiro mês seguido que ele se escondia na hora de ver o sexo. Parece que ele está gostando de causar esse suspense, já que é só passar aquele gel gelado na minha barriga que eu sinto ele mexer.

— Atrapalho? — Carmen surge próximo a mim me pegando de surpresa. Estava tão entretida que nem vi ela entrando.

— Não, claro que não, aconteceu alguma coisa?

— Não está com fome? Eu e a Jess fizemos um bolo.

— Só de falar minha boca já começa a salivar, seus doces são incríveis, vou ter que aceitar, mesmo sabendo que isso me dará kilos a mais.

— Não se preocupe com isso, o importante é não passar vontade, e nem nesse bebezinho esperto.

Descemos a escada conversando, e ao chegar no fim dela, a porta principal se abre ao mesmo tempo.

— Surpresa! — Jess grita saindo da cozinha com um bolo nas mãos.

Que susto.

— Feliz aniversário papai! — Ela entrega o bolo para Carmen e corre para abraçar o seu pai.

— Obrigado, pequena.

Nem sabia que hoje era o aniversário dele.

— A Carmen fez o seu bolo favorito! E eu ajudei.

— Não acredito! Agora eu vou ter que provar.

— Vem Violet! — Ela vem até mim que ainda estava parada no final da escada e me puxa até ele, segurando a sua mão também. — Não vai dar os parabéns para ele?

— Ah... Parabéns, eu não sabia. — Falo sem graça.

— Obrigado, não é todo dia que se faz vinte e quatro anos. Está tudo bem com vocês? — Ele pergunta se referindo a mim e ao bebê.

— Estamos bem, ele está pulando aqui dentro, talvez esteja te desejando feliz aniversário, ou só pense que a festa é para ele. — Brinco fazendo Kai sorrir.

Fato curioso sobre isso; Desde que o neném começou a se mexer dentro da minha barriga, ele sempre, sempre mesmo, se mexe ao ouvir a voz de Kai.

— Eu... Posso sentir?

— Claro...

Kai se aproxima mais, se ajoelhando na minha frente e coloca as mãos sobre a minha barriga, recebendo um pequeno chute em suas mãos.

— Ele mexeu... — O seu sorriso era enorme, acho que era a primeira vez que o via sorrindo dessa forma. — Oi filhão, como você está?

De certa forma era bonito ver o carinho e cuidado que ele já sentia e demonstrava ao bebê, e ao mesmo tempo me sentia sem jeito de tê-lo tão perto de mim, e ainda por cima me tocando.

— Ele é sempre tão agitado assim?

— Só quando você está por perto. — Confesso.

— Está falando sério? — Por um segundo posso ver seus olhos brilharem.

— Pois é. — Dou de ombros.

— Ele deve saber que eu o espero a muito tempo.

E se for uma menina? É tudo o que me vem à cabeça sempre que ele diz ter certeza de que é um menino.

— Talvez...

Sr E Sra Dixon Onde histórias criam vida. Descubra agora