Capítulo 07

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|| Maria Valentina Felipinne ||

A balada estava cheia e isso fez com que se tornasse complicado encontrar o pessoal.

O Giorgian me guiava com a mão em minha cintura. Os olhares das pessoas do local estavam fixos sobre nós.

Claro que estariam, ele é jogador do Flamengo.

Já não era novidade para ninguém a minha grande amizade com o famoso "Camisa 14" do time rubro-negro. Muitas notícias mencionando o meu nome como se eu fosse namorada dele, ou até mesmo o pivô da separação dele com a Camila, eram expostas assim que começamos a aparecer juntos.

-Acho que encontrei eles. – sua voz quase inaudível por conta do som alto me tirou dos meus pensamentos.

Caminhamos até o loca onde os nossos amigos estavam e logo demos de cara com Marília e Everton dançando com os rostos colados.

-Eles são muito fofos. – comento sorrindo. – Eu gostaria de viver um romance igual ao deles.

-E quem disse que você não vai? – ele pergunta com a boca próxima ao meu ouvido. – Mas para que imitar os outros se você pode viver o seu próprio romance e inspirar diversas pessoas com ele?

Nego com a cabeça rindo.

Se ele soubesse o romance que eu gostaria de viver...

-Finalmente os atrasados chegaram.– Gabriel comenta levando o seu copo até a boca.

-Não vai beber muito, jogador. – abraço-o sendo retribuída. – Você costuma fazer besteira quando o álcool bate.

-Pode ficar tranquila, Tina. Não sou fraco para bebidas. – reviro os olhos entendendo bem a indireta dele.

Eu não bebo bebidas alcoólicas, não gosto delas. Mas sabem aquela frase "só se vive uma vez"?

Então, não caiam nessa história porque amanhã você vai levantar e vai se arrepender de tudo o que fez – se você se lembrar, é claro.

Resolvi beber uma única vez e me arrependi extremamente. Ainda hoje não me lembro do que fiz naquela noite ou como cheguei em casa.

A única coisa que me recordo é do Giorgian tentando me impedir de brigar com uma loira oxigenada. O motivo da briga? Eu não me lembro!

No dia seguinte eu achei que fosse levar uma bronca dele, mas não.

Arrasca chegou em minha casa assim que eu acordei. Ele preparou o café da manhã – ou da tarde pois já passavam das três da tarde –, e ainda levou alguns remédios para curar a minha ressaca.

"-Toma isso. – ele estica a mão em minha direção.

-O que é?

-Remédio para não ficar com muita dor de cabeça. – ele dá de ombros se jogando ao meu lado. – Vai amenizar um pouco."

-Idiota. – resmungo já sentindo os braços da Marília ao meu redor.

Cumprimento a todos que estavam na mesa, mas senti falta do Ribas e da Bruna.

Antes que você diga Adeus! - Giorgian De ArrascaetaOnde histórias criam vida. Descubra agora