Capítulo 45

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|| Maria Valentina Felipinne ||

-Buen viaje. - Blanca acena com a mão me fazendo sorrir ao entrar no carro.

Giorgian resolveu me fazer uma surpresa e alugou uma casa em um lugar o qual eu não faço a mínima ideia de onde seja.

O jogador liga o carro e logo começa a dirigir pelas ruas uruguaias. O som do automóvel estava ligado e passava uma música em espanhol.

-Não vai me dizer onde nós vamos? - pergunto ao sair da cidade.

Agora Giorgian dirige por um caminho onde não há casas e nem sinal de vida humana, apenas plantas pelos dois lados.

-Já disse que é uma surpresa. - sua voz debochada ressaltada pelo seu sorriso no canto da boca me fez revirar os olhos automaticamente.

-Por favor. - suplico juntando as mãos. - Imagina se eu morro sem saber onde você vai me levar.

-Quanto drama. - dessa vez foi ele quem revirou os olhos. - Você vai saber assim que chegarmos lá.

Cruzo os braços suspirando já sabendo que essa é uma batalha "perdida".

-Nem consigo acreditar que essas semanas passaram tão rápidas. - ele comenta me olhando rapidamente e logo voltando a prestar atenção na estrada. - Próxima semana já tem natal.

-E nós vamos passar com a minha família. - sorrio já imaginando a cena.

Giorgian nunca havia ido lá em casa, essa será a sua primeira vez no interior do Rio de Janeiro.

-E a virada do ano com os nossos amigos. - o uruguaio completa me fazendo suspirar ao lembrar da nossa mudança de planos.

O combinado era passar duas semanas com a minha família, e isso incluía o natal e ano novo.

Alguns imprevistos fizeram com que os nossos planos fossem pelo ralo e, com isso, voltaremos para a capital no dia 27 de dezembro.

-Ainda não consigo acreditar que o Gabriel realmente construiu uma adega na casa dele. - faço careta enquanto ele ri minamente.

-Acredite, ele vai fazer de tudo para impressionar a Letícia. - Giorgian suspira trocando a música. - O Gab realmente está diferente.

-Diferente em um sentido bom ou ruim? - arqueio uma sobrancelha pensativa.

-Depende do fim dessa história.

Olho para o lado vendo que haviam algumas plantações longe da margem da estrada. Elas eram enormes.

-Quanto tempo vou ter que te aturar? - indago fazendo-o arquear sua sobrancelha esquerda.

-Duas horas no máximo. - Giorgian dá de ombros. - A estrada está sem trânsito.

Suspiro fechando os olhos.

-Realmente você não vai me contar pra onde nós vamos?

-Já falei: é surpresa.

-Giorgian. - chamo o seu nome após alguns segundos. - Você não vai me matar, não é?

Ele ri negando com a cabeça e, em seguida, dá de ombros.

-Giorgian?!

-Não, eu não vou te matar. - ele responde sorrindo. - Só se for de amor.

-De curiosidade por não me dizer o lugar em que vamos. - cruzo os braços abrindo os olhos.

-Ainda bem que curiosidade só matou o gato. - olho indignada para ele que gargalha.

-Não quero mais conversar com você. - bufo fingindo estar brava.

Antes que você diga Adeus! - Giorgian De ArrascaetaOnde histórias criam vida. Descubra agora