|| Letícia Garcia ||
Sinto os meus olhos pesarem por conta do sono. Já passam das duas da madrugada e os jogadores ainda estão comemorando.
De combo, eu e Valentina ainda estamos aqui com eles. Mas a grande diferença é que ela quer ficar, já eu quero ir para casa e deitar na minha cama.
Passei o dia trabalhando, amanhã é quinta, ou melhor, hoje é quinta e daqui a pouco tenho que ir trabalhar de novo. Tudo o que mais desejo nesse momento é ir pra casa.
–Cuidado para não babar na mesa. – Gabriel sussurra levando o seu copo com bebida até a boca.
–Queria poder babar no meu travesseiro. – resmungo suspirando. – A Valentina não vai cansar de dançar não?
–E você não está dançando com ela por que? – o camisa nove indaga se escorando em sua cadeira.
–Por que eu sou uma proletariada que sofre nas mãos do patrão. – resmungo chorosa. – Será que é tão ruim ter o nome no Serasa?
–Deixa de choramingar, mulher. – Gabriel ri me puxando para deitar a cabeça em seu ombro. – Pelo menos você tem um trabalho.
–O único trabalho que eu queria ter era passar as notas de dinheiro e não ter que ficar servindo de escrava.
Ele nega com a cabeça bebendo o restante de bebida que havia em seu copo.
–Pedi pra minha irmã consultar algum arquiteto para ir lá em casa. – fecho os meus olhos ao sentir ele alisando o meu cabelo. – Quero construir a sua adega logo.
–Minha adega? – questiono rindo minimamente.
–Totalmente sua. – ele sussurra próximo a mim.
Sinto sua respiração quente tocar a pele do meu pescoço me fazendo arrepiar. Abro os olhos lentamente vendo que ele me observava.
Gabriel intercala o seu olhar entre minha boca e os meus olhos me deixando desnorteada.
–Promete que não vai me bater? – sua voz rouca me fez estremecer.
Minha voz simplesmente não saía. Então, concordei com a cabeça sentindo ele tocar a minha bochecha.
Gabriel me puxa para si unindo os nossos lábios como se fossem um só. E aí todos os meus sentidos foram embora.
Nossas línguas pareciam dançar em perfeita sincronia e, ao mesmo tempo, lutavam por um espaço.
O jogador aprofunda mais o beijo fazendo minhas mãos irem de encontro ao seu cabelo.
Nos afastamos lentamente com muita luta. Ambos não queriam que aquele momento se encerrasse.
Abro os olhos vendo que ele já me olhava intensamente. Gabriel sorri me fazendo retribuir quase que instantaneamente.
–Achei que você fosse me matar por fazer isso. – ele comenta baixo por conta da nossa proximidade.
–Achei que você nunca fosse fazer isso. – comento ouvindo a sua risada baixa.
Nos afastamos no mesmo momento em que Everton e Marília chegaram na mesa.
–Podem continuar, não queremos atrapalhar. – minha amiga diz sentando em uma cadeira ao lado do seu marido.
Ela havia deixado Guto e Antônio na casa de sua mãe antes de vir para essa pequena balada que os jogadores escolheram. Bruna e Diego decidiram voltar para casa assim como alguns jogadores.
Restavam poucas pessoas do elenco aqui.
–Como será que os meninos estão? – Everton pergunta para sua esposa.
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Antes que você diga Adeus! - Giorgian De Arrascaeta
FanfictionNo fim das contas, tudo o que Giorgian precisava era passar 24 horas ao lado de Valentina. Mas eles não tinham essas 24 horas.