Capítulo 05

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|| Maria Valentina Felipinne ||

Pé na areia, a caipirinha, água de coco, a cervejinha.
Pé na areia, água de coco, beira do mar.

Sábado a tarde, o melhor horário para ir à praia.

Não existe nada mais satisfatório do que colocar os pés na areia e sentir a água do mar molhar a sua pele logo após uma longa semana de trabalho. Eu vivo para isso.

Como de costume, eu me juntei com as meninas – Letícia, Bruna e Marília – para relaxarmos na praia longe de toda a preocupação semanal, longe de casa, maridos/amigos e família. Apenas nós.

A programação de hoje? Jogar beach tênis até não sentir mais as pernas.

-Já estão prontas? – Marília, a mais animada para o jogo, pergunta.

Beach tênis se tornou um hob para ela. Praticamente todos os dias ela vem à praia para jogar – as vezes eu só queria ter a vida dela.

Nunca fui muito de praticar esportes, mas, desde que conheci Marília, ela tem me influenciado a seguir essa vida saudável não apenas na alimentação, mas sim no que se refere ao físico.

-Falta dividirmos as duplas. – Letícia pega a sua raquete e a coloca sobre o ombro.

-Eu e Bruna, Marília e Letícia? – sugiro vendo elas concordarem. – Que vença a melhor dupla.

-No caso, nós. – a esposa do camisa 7 do Flamengo passa o braço ao redor do pescoço da minha colega de trabalho.

Marília é muito competitiva e, as vezes, acaba passando dos limites. Mas nada que nos deixe chateadas ou bravas.

Começamos o jogo e eu já iniciei a partida errando – como de costume –. Por sorte Bruninha conseguiu jogar a bola para o lado adversário.

Eu estava tão concentrada em jogar bem e ganhar essa partida que nem percebi quando arremessaram uma bola ao meu lado.

Sinto um impacto contra a minha cabeça que me fez cair por conta dos grãos de areia que entraram em meus olhos.

-Porra. – resmungo colocando a mão sobre o local. – Que merda foi essa?

-Desculpa aí. – um cara extremamente alto se aproxima de onde estávamos.

-Tá tudo bem? – Marília vem em minha direção assim como Letícia.

Bruninha estica o braço para me ajudar a levantar. Todo movimento que eu fazia, o cara estranho não tirava os olhos de mim.

-Eu tentei avisar, mas já era muito tarde. – ele fala coçando a nuca. – Foi mal.

-Foi péssimo. – pego a bola do chão e jogo na direção dele. – Toma mais cuidado da próxima vez.

-Pode deixar, baixinha. – fecho os olhos fortemente após ouvir a sua risada.

-Vai se fuder!

-Além de baixa ainda é valente. – ele nega com a cabeça rindo. – Nos vemos por aí, raivinha.

Observo com um olhar incrédulo ele fazer o caminho de volta para onde os amigos dele estavam a espera da bola.

Antes que você diga Adeus! - Giorgian De ArrascaetaOnde histórias criam vida. Descubra agora