Capítulo 7

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ALFONSO

Véspera de Ano-Novo. Oito anos atrás.

Algumas das melhores fases da vida vêm das más ideias.

A loira alta com pernas compridas que se esticavam como uma escada para o paraíso? Ela era, definitivamente, uma má ideia.

Fiquei de olho nela a noite toda. Ela tinha vindo com duas amigas, e as três mal pareciam ter 18 anos. Algum cara local que era amigo de um amigo de algum dos meus irmãos de fraternidade as tinha trazido com ele. O local estava de olho na loira e, às vezes, com as mãos, mas parecia que ela tinha mais interesse em conhecer alguns caras da Sigma Alpha do que em ficar com ele.

Eu deveria estar estudando para a prova. Deveria ter saído de Atlanta e ido para casa de férias como normalmente fazia. Mas, já que era nosso último semestre na casa, todos os veteranos da minha fraternidade decidiram ficar nas férias de inverno. Uma festa levou à outra por dez dias seguidos. E, naquela noite, já que era véspera de Ano-Novo, havia umas pessoas estranhas. A maioria dos alunos tinha ido para casa, o que abria espaço para os locais.

Nossos olhares se encontraram quando dei um gole na minha cerveja. Ela deu um sorriso largo e, de repente, fiquei com vontade de comer uma fruta.

Ela veio até mim; nem precisei me levantar.

— Tem alguém sentado aqui?

Temporariamente confuso, olhei para minha direita e esquerda. Eu estava sentado em uma cadeira no canto da sala de estar, observando a festa ao meu redor. O assento mais próximo era do outro lado da sala.

— Você pode se sentar onde quiser. — eu respondi

Ela fez exatamente isso: jogou sua bunda redonda no meu colo.

— Vi você olhando para mim. — ela disse sedutoramente

— É difícil não ver alguém como você.

— Você também. É o cara mais bonito desta festa.

— É mesmo? — Bebi outro gole de cerveja, e a senhorita Pernalonga a pegou da minha mão quando acabei. Ela levou a bebida até seus lábios e secou metade da garrafa. Quando terminou, soltou um ahhh.

— Como se chama, Pernas?

— Alexa. E você?

— Alfonso. — Peguei a cerveja de volta e acabei com ela. — Quem é o cara com quem você veio?

— Ah, é o Levi.

— Não é seu namorado nem nada assim?

Ela balançou a cabeça.

— Não. É só o Levi. Ele mora em Douglasville, não muito longe de mim. É bom com carros. Às vezes, conserta o meu.

Só então, Levi, da porta, viu Alexa. Não pareceu feliz em vê-la sentada no meu colo.

Ergui o queixo na direção dele.

— Tem certeza de que Levi não pensa que vocês são mais do que amigos? Parece que ele está um pouco irritado agora.

Ela estava sentada de lado com as pernas cruzadas no meu colo, mas se mexeu para me encarar e passou uma por cima de mim para envolver meu quadril, efetivamente bloqueando minha visão do seu mecânico carrancudo.

— Agora você não consegue olhar para ele.

Coloquei as mãos nas costas dela.

— Minha vista ficou muito melhor.

Em menos de uma hora, ela pediu que eu lhe mostrasse meu quarto. Claro que obedeci. Gosto simplesmente de agradar mulheres lindas. Agora eu já estava na faculdade há quatro anos. Algumas mulheres eram diretas quando queriam algo. Eu estava ocupado e não procurava um relacionamento, e gostava de mulheres que não faziam joguinhos, que iam direto ao ponto.

Os dedos de Alexa estavam no zíper do meu short antes de eu fechar a porta do quarto. Eu a empurrei contra a madeira para bloquear a festa, também já fechando a porta ― dois coelhos com uma cajadada só.

— Você vai se formar em Direito no ano que vem? — ela perguntou quando senti seus peitos. Deveria ter soado um alarme, já que eu não tinha mencionado meus planos para o futuro. Mas... ela tinha ótimos peitos. E pernas matadoras. Elas estavam em volta da minha cintura naquele momento. Eu também estava bebendo desde a tarde.

— Vou. Provavelmente vou ficar em Emory. Meu pai e meu avô têm um legado.

Depois disso, o Ano-Novo entrou com um estrondo.

Ótimas lembranças. Má ideia.


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Na Contramão do Amor- AyA Adapt [Finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora