Capítulo 22

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ANAHÍ

— Você está louco.

— Porque acho que deveríamos transar? Como isso me faz um louco? — Alfonso continuou determinado

— Somos totalmente o oposto. Você acredita que uma relação seja o período de tempo que as pessoas passam juntas antes de uma arruinar a vida da outra.

— E?

— Eu acredito no amor, em casamento e em fazer as coisas darem certo.

— Não estou falando dessas coisas. Estou falando de sexo. Sei que faz um tempo, mas é quando um homem e uma mulher...

Eu o cortei.

— Eu sei o que é sexo.

— Que bom. Eu também. Então transe comigo.

— Isso é loucura.

— Você se sente segura comigo?

— Segura? Sim. Acho que sim. Sei que você não deixaria nada acontecer comigo.

— É fisicamente atraída por mim?

— Você obviamente sabe que é bonito.

— E se nós dois fôssemos claros no que estava acontecendo, você não se sentiria como se estivesse sendo usada. — Alfonso inclinou sua cadeira para trás. — Me aplico a todos os seus critérios. — Ele deu uma piscadinha. — Além disso, tenho uma banheira grande. Isso é um bônus. Pense nisso, talvez eu que devesse estar te avaliando melhor. Sou uma oportunidade.

Não consegui deixar de rir com aquele absurdo.

— Viu? Outro bônus. Eu te faço rir.

Ele não estava errado naquele ponto. Sinceramente, nas duas últimas semanas, Alfonso Herrera tinha provocado muitas coisas dentro de mim que eu não sentia há muito tempo. Mordi o lábio. Meu estômago parecia uma secadora com metade da capacidade cheia balançando aleatoriamente conforme as coisas esquentavam. Não conseguia acreditar que estava até considerando o que ele sugeria.

— Qual foi a última vez que você esteve com uma mulher?

— O dia antes de te conhecer.

— Então algumas semanas atrás. Estava saindo com ela?

— Não. Eu a conheci enquanto estava de férias no Havaí.

— Vocês se conheceram melhor antes de fazer sexo? — Não fazia ideia do porquê estava fazendo a pergunta.

Alfonso colocou sua caixinha na mesa.

— Ela me fez um boquete no banheiro menos de meia hora depois de nos conhecermos no bar e restaurante.

Franzi o nariz.

— Quer que minta para você? — ele perguntou

— Acho que não. Mas acho que teria preferido que essa não fosse sua resposta.

Ele assentiu.

— Você queria acreditar que teve um romance e um cenário exótico... que era mais do que realmente foi. Era apenas sexo consentido entre dois adultos. Nem sempre precisa haver mais que isso.

Terminei minha comida chinesa e me encostei, entrelaçando as mãos no topo do meu estômago cheio.

— Mesmo sendo tentador... — Sorri. — ... mais ainda por aquela banheira, não acho que seja uma boa ideia. Passamos muito tempo juntos para ser apenas sexo.

O polegar de Alfonso foi até a boca e ele passou em seu lábio inferior carnudo.

— Eu poderia expulsá-la.

Na Contramão do Amor- AyA Adapt [Finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora