𝐃𝐀𝐑𝐈𝐍𝐆 | Regulus Black

seven: 𝖌𝖆𝖗𝖉𝖊𝖓𝖎𝖆𝖘 (𝖕𝖆𝖗𝖙 1)

pt,br: gardênias

lição: talvez aniversários
não sejam tão ruins assim.

CokeWorth, England,
october,15,1970

O sol batia no rosto da  garotinha de agora onze anos, como se beijasse sua pele. Os olhos da pequena Gaia arderam com a claridade, o que a fez despertar, sorrindo. Era muito difícil que ela acordasse feliz de manhã, principalmente com claridade em seus olhos, mas como era seu aniversário ela poderia abrir uma exceção.

Gaia bocejou, se espreguiçando, e olhou pelo canto do olho para as camas ocupadas pelas gêmeas Selene e Ivy, que ainda dormiam serenamente. Olhou então para a mesinha de cabeceira, que ficava ao lado de sua cama e sorriu preguiçosamente ao ver o prato e copo vazios. Certamente os biscoitos com leite que sua mãe deixava a meia noite em ponto eram a parte favorita do seu aniversário.

— Nem acredito que você está fazendo onze anos! — sua mãe, Astrid, disse, beijando o topo do cabelo ruivo da filha — Minha pequena borboletinha, logo estará em Hogwarts.

— Para onde você acha que vou ser selecionada, mamãe? — Gaia perguntou, ansiosa, enquanto a mãe preparava o café da manhã — Espero que seja para a grifinoria, que nem a Aria.

— Isso pouco importa, querida. Eu estarei feliz para qualquer casa que for selecionada. — Astrid sorriu, apertando suas bochechas que estavam deixando de ser gordinhas e fofinhas

Gaia olhou para os lados, e de repente se sentiu triste. Seu pai, novamente, não tinha aparecido em casa. Ele já estava fora há dois dias, e ela tinha uma pontinha de esperança em seu coração que Godofredo aparecesse com um presente atrás das costas e a rodopiasse no ar lhe tirando gargalhadas.

— O que foi querida? — Astrid perguntou, percebendo o olhar cabisbaixo da garota. Gaia não a respondeu, apenas deu de ombros e começou a brincar com o feijão doce no prato.

Ela não queria preocupar a mãe. Tinha ouvido a conversa dela com a Sra Evans, de como estava exausta do casamento, que só permanecia ali pela falta de dinheiro e que queria levar as filhas para os Estados Unidos o quanto antes. Gaia sabia que ela poderia ter pedido aos pais, os avós dela, mas não entendia porque sua mãe ainda não havia feito isso.

Um dia, ela provavelmente entenderia que sua mãe, apesar dos apesares, nunca tinha desaprendido amar seu pai.

— Feliz aniversário Gaia! — Ivy gritou, se jogando sob a irmã com um abraço caloroso que só ela sabia dar. Em seguida, Selene a parabenizou, com um abraço menos caloroso que a gêmea.

Hyacinth vinha de mãos dadas com a mãe, segurando uma enorme caixa rosa, amarrada por um laço da mesma cor. A caçula ergueu a caixa, com um sorriso tímido no rosto.

— Feliz aniversário, Gee!

Ela beijou o rosto da pequena Hya, e todas, inclusive sua mãe, lhe olharam em expectativa para que ela abrisse a caixa. Com cuidado, a menina a abriu, se deparando com seus chocolates de pimenta favoritos, várias fotos dela e das irmãs quando menores, cinco cartinhas  em envelopes rosas pequenos e a tão sonhada carta de Hogwarts em um envelope maior e com o selo da escola.

— EU ENTREI! EU ENTREI! — Gaia saltitou animada — Mãe! Eu entrei!

— Estou vendo querida! — sua mãe deu risada — A carta chegou antes de você acordar, tomei a liberdade de acrescenta-lá nos presentes das suas irmãs.