three: 𝖍𝖊𝖞, 𝖑𝖎𝖙𝖙𝖑𝖊 𝖙𝖗𝖆𝖎𝖓!

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pt,br; ei, pequeno trem!




lembrete: não confiar em quem
você acredita conhecer.






Hogwarts, 1978;
setembro

A RESIDÊNCIA DOS MOORE estava silenciosa como nunca esteve antes naquele primeiro de setembro. Exceto pelo barulho nos ouvidos de Gaia, vindo do walkman. John Lenon era a cura para todos os seus problemas, era o que ela mesma costumava dizer a anos.

Ivy tinha ido embora um dia depois da discussão entre elas no quarto. Foi uma confusão generalizada na casa, mas os Diggory garantiram que cuidariam bem dela a Godofredo. "É claro que vamos cuidar bem dela! Está carregando nosso neto." foi o que Pía, a mãe de Amos, disse quando esteve ali. Gaia teve vontade de perguntar se eles cuidariam bem de Ivy, ou se somente a enxergavam como uma barriga de aluguel.

Ela já sabia a resposta.

Ariadne estava ali, e Gaia percebeu que a felicidade dela se esvaiu no segundo em que entrou na casa, como acontecia com quase todas elas. Sabia que, assim como ela estava, Ariadne estava se culpando demais por algo que não tinha controle. Mas era assim que irmãos mais velhos funcionavam: eles tomam a responsabilidade dos menores para si, como se fosse obrigação moral cuidar deles e fazer um papel que os pais deveriam.

Quando Gaia desceu naquela manhã, ela estava sentada ao lado de Louis e Sirius, que tinha passado a noite com eles. Louis já estava com o suéter da lufa lufa, e suas entranhas se esmagaram quando ela lembrou que há um ano atrás, naquele mesmo assento, usando aquelas mesmas cores, estava Ivy. Sem falar nada, ela se sentou a mesa, servindo-se de geleia de morango caseira, ciente de que os três lhe observavam.

— Os N.O.M.S das meninas chegaram ontem. — Ariadne disse, empurrando a carta para que ela pudesse ver — Ivy se classificou para mazoologia...

— Então ainda há uma chance de ela estudar este ano? — a esperança de Gaia se ascendeu dentro dela, ao ver as notas excelentes da garota — Nós temos que conversar com os Diggory...

— Gaia, ela já está grávida há dois meses, e ainda não fez nenhum tipo de preventivo. — Ariadne a interrompeu — Pelos meus cálculos, esse bebê vai nascer no meio do ano letivo. Você sabe como funciona uma gravidez...

— Fora os olhares que vão ser dirigidos a ela, nesse meio tempo. — Sirius pigarreou, e foi só então que Gaia percebeu que ele uma barba começava a crescer num rosto anteriormente juvenil — Ela pode até voltar para este primeiro trimestre, mas...

— Eu já entendi. — a ruiva murchou na cadeira. Louis a encarou, compadecido — E a Selene?

— Artes cênicas. — Selene disse, já vestida também com o uniforme da grifinoria, embora ele estivesse enfeitado a sua maneira, como sempre — Vou fazer aulas extras nesse e no próximo semestre, já mandei uma carta a Minerva as requerindo.

— Artes cênicas? Achei que você queria costura, moda... essas coisas. — Ariadne arqueou as sobrancelhas. Ela estava usando um terninho novo, provavelmente dado a força por Sirius, para o seu primeiro dia de trabalho.

— Isso não vai me dar o dinheiro que eu preciso, muito menos a fama que eu quero. — a loira deu de ombros. Gaia sabia que toda aquela pose que Selene estava fazendo, era para tentar mascarar a tristeza acusada pela partida de sua irmã gêmea.

Elas poderiam ser distantes de certa forma, mas ainda sim, eram irmãs. E ela sempre a conheceria como ninguém.

— Bom dia. — Godofredo murmurou de forma arrastada, sentando-se a mesa, na frente de Gaia. Ela analisou o rosto do pai, constatando que ele estava passando por maus bocados nos últimos dias, pois as olheiras ao redor de seus olhos castanhos denunciavam isso — Último ano, hein Jane? Ainda com essa baboseira de ser auror?

𝐃𝐀𝐑𝐈𝐍𝐆 | Regulus Black Onde histórias criam vida. Descubra agora