six: 𝖈𝖎𝖓𝖆𝖒𝖒𝖔𝖓 𝖌𝖚𝖓

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pt,br; chiclete de canela


Lembrete: o amor nos cega.






Hogwarts, 1978;
novembro

FOI NO DIA DO PRIMEIRO JOGO da temporada de quadribol que tudo aconteceu.

A escola naquele dia estava trajada de azul e prata e verde e prata, pois o primeiro jogo seria entre Corvinal e Sonserina, campeã do último torneio. Gaia naquele ano, estava num limbo para quem torcer, mas provavelmente acabaria pintando metade do rosto de azul para apoiar Hyacinth, que finalmente tinha assumido a posição de batedora titular, e estava radiante.

Depois do ocorrido do beijo e da conversa com a irmã mais velha, Hyacinth estava mais leve e cem por cento focada no esporte. Alguns dias atrás, Gaia foi assistir uma partida entre o time da grifinoria e o da Corvinal, se surpreendendo com o desempenho excelente da mais nova dos Moore. Ela era um talento, isso era fato.

No café da manhã daquele sete de novembro, as mesas estavam em um completo e total caos. Ela estava sentada ao lado de Amélia e Mandy, quando o correio começou a chegar, tornando o alvoroço pior do que já estava:

— Correio?! Num sábado? — ela exclamou, realmente surpresa. Era comum para os alunos de Hogwarts receberem cartas de seus familiares e amigos aos domingos, sem exceções.

— Tem coisa para você, pelo visto. — Amélia apontou para Joff, que vinha voando pelo salão comunal desengonçado. A coruja passou pela cabeça de todos os alunos, não parecendo muito satisfeita — AÍ! — sua amiga reclamou quando ele passou por cima da cabeça dela, antes de pousar na frente de Gaia, com três cartas no bico.

Uma por uma, ela as pegou receosa, ignorando os olhares curiosos de suas amigas.

Ariadne Moore

Godofredo Moore

Sirius Black

Eram os três nomes que estampavam os envelopes, e aquilo fez seu sangue gelar. Seu pai mandava uma carta para ela na escola esporadicamente, ela realmente não se lembrava de alguma vez que ele tenha enviado uma carta por mês, já que ele esquecia que era pai de cinco filhas, e agora seis, contando com Louis. Ariadne e Sirius não deveria ser coisa boa, mas ela poderia estar criando só paranoias, certo?

— Gaia... abre logo! —  Mandy disse impaciente, pois assim como Amelia, também estava curiosa para saber do que se tratava — Não deve ser nada demais... Eu espero.

— Eu também espero... — ela suspirou, abrindo primeiro a carta de Ariadne.

Como ela previu, não era mesmo nada de muito importante. Ariadne contava sobre o trabalho no ministério, como Lily e os demais estavam. Ela também falou algo na carta sobre informações que compartilharia com ela assim que se vissem pessoalmente, pois, era melhor do que explicar por escrito. Gaia franziu o cenho quando ela disse na última frase, que Dumbledore logo logo iria lhe contatar. Mas contatar exatamente para que? O diretor parecia distante dela como nunca fora antes, vez ou outra acenando para ela nos corredores ou quando ele estava presente nos almoços.

— Nossa, mas que informações confidenciais são essas?— Mandy perguntou enquanto Gaia lhes contava no caminho para o jogo — E o Dumbledore... não sei não, isso me cheira ruim.

— Isso só pode se tratar de uma coisa... — Gaia tinha o olhar distante — Voldemort. Amelia, sua família toda trabalha no ministério. Você não sabe de nada, nada mesmo?

— Como se meus pais ou tedros fossem me deixar a parte de algo... — a corvina riu, ironicamente — E sinceramente não sei se quero estar no meio de tudo isso...

𝐃𝐀𝐑𝐈𝐍𝐆 | Regulus Black Onde histórias criam vida. Descubra agora