three: 𝖈𝖔𝖜𝖇𝖔𝖞 𝖑𝖎𝖐𝖊 𝖒𝖊

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Notas: Você é um cowboy como eu
E eu nunca vou amar de novo


London, England;
dezembro de 1979

AS RUAS DE LONDRES estavam decoradas com todo tipo de luzinhas coloridas naquele natal. Gaia estava no apartamento de Ariadne e Sirius, que era confortável para duas pessoas, mas para mais do que isso parecia quase uma latinha apertada com várias sardinhas dentro. O dia vinte e cinco de dezembro sempre era animado, mas naquele ano, ela não tinha espirito nenhum para a data.

Gaia não havia contado a ninguém o que tinha descoberto, e nem mesmo sabia o porque. No entanto, todas as vezes que tentou conversar com seu professor ou algum dos aurores, as palavras pareciam fugir de sua boca e ela ficava completamente sem ação. Até que tinha chegado o dia da formatura, e ela se formou como a primeira da classe, recebendo honra ao mérito por seu desempenho como auror junior.

Ela não sentia que merecia aquilo, no entanto.

— No que está pensando? — Hyacinth lhe chamou atenção, e ela observou sua irmã.

Hyacinth havia crescido ainda mais nos últimos meses, e ela quase esquecia que agora, sua garotinha tinha quinze anos. Naquele momento, ela nunca esteve tão igual a Astrid, olhando para Gaia. Até o cabelo castanho estava longo, na mesma altura que Gaia se lembrava que sua mãe tinha.

— Em como você não para de crescer... — a ruiva puxou a menina pelo braço, a obrigando senta-lá no colo dela, como fazia quando ela era menor. Agora, hya estava o dobro de Gaia, e as duas gargalharam — Me conte, como está a escola?

— Está normal... — a mais nova murmurou, brincando com um fio de cabelo ruivo da irmã, mas não parecia muito convincente — Está bem. Eu tenho uma coisa para contar.

Gaia olhou atenta para Hyacinth, esperando que ela continuasse a falar.

— Acontece que... eu... bem talvez, eu esteja gostando de alguém. — Hyacinth suspirou, ficando muito vermelha de repente. Gaia sentiu vontade de rir, sabendo que aquela era uma sina das mulheres Moore.

— Certo... e quando eu vou conhecê-lo? — perguntou, e sentiu Hyacinth ficar tensa em seus braços — O que, Hya?

— Bem é que... — ela piscou os olhos, e suspirou — É que é ela, Gee.

Gaia não ficou surpresa. Bem, ela sempre soube que Hyacinth era... diferente, de certa forma. Embora não houvesse nada de errado em ser, porque a amaria sempre do mesmo jeito. Podia não ser sua mãe de sangue, mas sabia que tinha sido uma para ela, assim como Ariadne.

— Tudo bem... quando eu vou conhecê-la? — riu, fazendo a cara convencida de sempre, e Hyacinth pareceu surpresa — O que? Você achou que eu ficaria chateada por você gostar de meninas? Hyacinth...

— Não! — tratou de se explicar, mas Gaia franziu as sobrancelhas — Tudo bem, sim. Mas... está tudo bem mesmo?

— E porque é que não estaria? — Gaia apertou as bochechas dela, e a garota fez uma careta — Desde que essa menina seja gentil com você... ela já é da família também. E você sabe não sabe? Que sempre vai ser meu bebê.

— Não sou mais um bebê! — Hyacinth protestou, cruzando os braços como uma criancinha de cinco anos, e Gaia a abraçou forte esmagando-a — Aí! Ai! Está bem!

𝐃𝐀𝐑𝐈𝐍𝐆 | Regulus Black Onde histórias criam vida. Descubra agora