twenty four: 𝖙𝖍𝖊 𝖕𝖚𝖕𝖕𝖊𝖙𝖊𝖊𝖗 𝖆𝖓𝖉 𝖙𝖍𝖊 𝖕𝖚𝖕𝖕𝖊𝖙

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pt,br; o mestre e a marionete

Lição: a realização é como
tomar café amargo.


Hogwarts, 1978;
Junho

O VERÃO HAVIA CHEGADO trazendo notícias não muito animadoras para a comunidade bruxa. Naquela semana, já haviam sumido três famílias trouxas, uma até perto de cokewhort, aonde Gaia morava. O castelo estava com um clima pesado e apreensivo não só pelos exames finais, mas também pela guerra que se aproximava sorrateiramente sem que eles percebessem.

O ministério tentava encobrir de todas as formas possíveis a ameaça escancarada que crescia dia após dia, com mais desaparecimentos e mortes. Alphard Black, tio de Sirius, havia sido o primeiro a pagar o preço, e embora estivessem investigando a morte dele no fundo todos sabiam quem estava por trás disso. No começo, ninguém acreditava muito que "Lord Voldemort" fosse uma ameaça real a comunidade bruxa, mas conforme os meses passavam, mais força ele ganhava.

O que antes era piada na escola, virava uma ameaça real: o grupinho de supremacistas da escola mostrava sem pudor nenhum o que fariam assim que a escola acabasse, principalmente os que estavam a um passo de se formarem. Havia também aqueles mais quietos, como Bartô, que desde a briga na final do campeonato não tinha mais manifestado sua vontade pelas artes das trevas. Por um acaso, o Sr Crouch, um dos mais influentes da política, estava na arquibancada e assistiu tudo o que o filho fez naquela tarde e teve que dar um jeito no moleque antes que ele cometesse alguma besteira.

Não permitiria que seu filho destruísse sua carreira, que estava no auge nos últimos tempos.

Gaia, por outro lado, estava utilizando o terror que se assolava na comunidade bruxa como uma motivação a mais para estudar. No ano seguinte, ela faria os NIEMS, prova que decidiria seu futuro definitivamente então se dedicou até demais nos estudos. Faziam dias que ela não dormia mais do que três horas, e estava sobrevivendo a base de cafeína.

— Se eu ler mais algo sobre antídotos, acho que minha cabeça explode. — Emmeline bufa, jogando as anotações pro alto — De verdade não vejo a hora das férias chegarem!

— É, nem eu... — Louis murmura, e Gaia olha para ele. Parecia cada vez mais cansado, e ainda estava agindo estranho, apesar de que ele já tivesse dito mil vezes para elas que não estava acontecendo nada — Eu tenho que ir, gente.

— Ué, mas acabamos de começar a estudar... — Gaia murmura, coçando os olhos. Ainda não eram nem dez da noite. — Ainda tem tempo, e além do mais combinamos de eu escoltar vocês, lembra?

— Eu sei, mas eu tenho que... resolver umas coisas. — ele gagueja, parecendo nervoso. Gaia franze o cenho ainda mais. — Vejo vocês amanhã.

— Você não quer nem que a Gaia te acompanhe? — Amélia sugere, mas Louis já está recolhendo suas coisas — Nossa...

— Tem algo de errado com ele. — Gaia diz, desconfiada — Ele está agindo estranho desde que voltamos das férias de natal, principalmente comigo!

— Isso deve ser coisa da sua cabeça, você sempre pensa que está todo mundo te odiando. — Emmeline boceja, escorregando na cadeira — Mas tenho que concordar que ele está estranho há algum tempo e é de bem antes. Uma vez chegou na sala comunal dizendo coisas estranhas, parecia nervoso.

— Como assim coisas estranhas?

— Coisas estranhas, do tipo me perguntar o que eu achava de contar um segredo muito íntimo para alguém. Ou, por exemplo, depois do jogo. Eu o encontrei murmurando para si mesmo dizendo que ninguém iria perdoa-lo...

𝐃𝐀𝐑𝐈𝐍𝐆 | Regulus Black Onde histórias criam vida. Descubra agora