six: 𝖏𝖊𝖆𝖑𝖔𝖚𝖘

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pt,br: ciúmes.



lição: nunca xerete o que não
é da sua conta.


Hogwarts,1977;
outubro

AS FOLHAS AMARELAS INDICAVAM o início do mês de outubro em Hogwarts, e com ele, a aproximação do aniversário de dezessete anos de Gaia. Quando sua mãe ainda era viva, ela costumava a amar seus aniversários, que embora simples, pareciam esconder o caos que era sua casa. Os pequenos momentos de felicidade naquelas vinte e quatro horas tão importantes na vida de uma menina pareciam bastar para ela.

Entretanto, depois da passagem de Astrid, não havia um ano sequer que Gaia tivesse deixado seus amigos preparem nada para ela, nem mesmo o bolo de morango que era tradição da família Moore. Mesmo assim, os biscoitos com leite sempre apareciam magicamente ao pé de sua cama 00:00 em ponto, e por muito tempo Gaia se perguntou se ela mesma conjurava aquilo como uma forma de consolo, mas chegou a conclusão que isso era coisa de Ariadne.

— Seu aniversário está chegando. — Ariadne comentou, certa noite, antes de Gaia ir para a sua ronda de monitoria — Dezessete anos é uma data importante.

— É só uma idade como qualquer outra — a ruiva murmurou, guardando uma atividade que deveria entregar para Black no sábado, entretanto, seria seu aniversário e Ariadne não iria sair do pé dela, então já havia feito.

— Não é uma data como qualquer outra, dezessete anos se faz só uma vez. — ela sorriu, lembrando muito a mãe delas naquele instante — Você vai me deixar fazer alguma coisa para você, nem que seja só nós cinco dividindo um bolo feito pelos elfos na cozinha!

Gaia respirou fundo, sabendo que não teria outra alternativa a não ser deixar sua irmã cuidar de tudo no dia quinze de outubro.

— Tudo bem. — ela concordou, e Aria pulou alegre — Mas nada de festas grandes, só um bolo com os íntimos, ok?

— Você quem manda! — sua irmã mais velha fez uma continência, voltando para o sofá para dividir a novidade com James e Lily, que estavam de mãos dadas observando o fogo da lareira crepitar e Sirius que lia alguma revista de fofocas.

Gaia deixou a sala comunal, se dirigindo para a sala dos monitores, aonde tinha um pouco de sossego antes da ronda começar. Nas últimas semanas, Regulus parecia estar um pouco distante devido ao jogo de quadribol que se aproximava. A Sonserina seria a segunda a jogar juntamente com a Grifinoria, visto que a Lufa lufa e a Corvinal tinham sido o primeiro jogo, e pela primeira vez em décadas, a casa dos texugos havia ganhado uma partida de estreia. Emme e Louis pareciam bem entrosados, e todos comentavam em como o transferido de Ilvermorny era o melhor artilheiro da casa em anos.

Ela se sentou na cadeira preta que provavelmente era feita da madeira mais cara possível, e começou a escrever palavras aleatórias no pergaminho em branco que encontrou na escrivaninha, só parando de escrever quando seus dedos começaram a doer, dando prováveis indícios de que ela havia feito não só um, mas vários calos. Gaia pensou em Regulus, que já estava se tornando um pensamento frequente em sua cabeça, o que não lhe agradava. Pensou em como ele estava disperso, e toda vez que ela o perguntava algo, parecia estar em qualquer outro lugar que não fosse a biblioteca. Pensou em uma resposta nunca dada para o medo que ele sentia do escuro. Pensou na primeira conversa descente que tiveram anos. Pensou também na briga que veio antes dela.

Não que ela sentisse falta de brigar com ele todos os dias, Crouch conseguia ocupar o posto de seu súdito muito bem, provocando-a sempre que podia pelos corredores do castelo. Ela estava era, muito preocupada, com a prova do professor Slughorn, que seria aplicada antes do recesso de natal. Já havia começado a contagem regressiva para ela, torcendo para que passasse logo e ela pudesse se concentrar nos trabalhos e nas provas finais do mês de junho.

𝐃𝐀𝐑𝐈𝐍𝐆 | Regulus Black Onde histórias criam vida. Descubra agora