sixteen: 𝕰𝖛𝖆𝖓'𝖘 𝖕𝖑𝖆𝖓

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pt,br;
o plano de Evan.



Lição: evan rosier é um
para-raio de problemas.




Hogwarts, 1977;
novembro

NA QUINTA FEIRA, durante o café, Gaia recebeu uma correspondência secreta. Ela estava comendo seu mingau de banana calmamente, enquanto conversava com Amélia sobre a Lei de Gamp, quando Joff pousou violentamente na mesa da grifinoria. A coruja jogou cereal para todos os lados, irritando alguns de seus colegas, e estava com um envelope preto em seu bico.

— Oi amiguinho. — ela o acariciou, recebendo um grunhido em resposta — Ok, rabugento, você já pode ir.

Ao dizer isso a coruja voou para fora do grande salão, enquanto ela analisava a carta, curiosa. Rodou o envelope, entre os dedos, e percebeu que não havia destinatário, o que só serviu para a deixar mais curiosa.

— Abre Gee! — Amanda deu pulinhos animados — Estamos mais curiosos que você!

— Não sei não. — ela franziu o cenho, receosa — Vai que tem algum veneno aqui? Ou pior: alguma azaração!

— Você e a sua mania de pessimismo... — Louis revirou os olhos — Abre logo!

Bufando alto, ela abriu o envelope com cuidado, esperando pelo pior, que não veio. Era apenas uma simples frase, escrita por uma letra floreada:

"Você irá pagar traidora de sangue."

Gaia ergueu uma das sobrancelhas, amassando o papel logo em seguida. Quem quer que tivesse mandado aquilo, provavelmente estava querendo tirar com a cara dela. Não tinha sequer um inimigo em Hogwarts, e o único que tinha... talvez não fosse mais tão seu inimigo assim. Entretanto, ela não poderia descartar a opção de que ele estava tentando atazana-lá. Afinal, eram anos de implicância e ódio mútuo, não era um (na verdade, dois) quase beijos que iam mudar isso.

Isso a fez ficar com raiva. Como sempre, ela estava criando expectativas demais em alguém, e como sempre iria se decepcionar.

— O que era? — Mandy perguntou, se esticando para ver o papel que agora virava cinzas. Gaia guardou a varinha no bolso das vestes, se levantando — Gaia!

— Não era nada demais. Só uma brincadeira de mal gosto feita muito provavelmente pelo Black. — disse, sentindo o amargor na garganta — Vamos? Não quero me atrasar para a aula.

Amanda estreitou os olhos, mas acabou assentindo. Os cinco seguiram para a aula de poções , e quando chegaram, perceberam que tinham sido os últimos a entrarem na sala. O professor Slughorn os encarou com um olhar de repreensão, diretamente para Amélia e Gaia, que encolheram os ombros.

— Já que os atrasados finalmente estão aqui, podemos começar a aula. Sentem-se. — Slughorn disse, se virando para a lousa negra e começando a escrever alguns ingredientes.

Suspirando baixo, Gaia encarou o único assento vazio, ao lado de Regulus, já que ele fazia parte do trio dela. O garoto lhe deu um aceno com a cabeça, que ela não retribuiu, por estar pensando ainda no bilhete secreto. Ok, a letra não parecia nada com a dele, mas e se ele tivesse pedido para alguém escrever? Louis a cutucou, tirando-a de seus devaneios, e ela se obrigou a sentar ao lado de Regulus, ficando no meio dos dois.

Evitou encara-lo, mas conseguia ver pelo canto do olho que ele parecia confuso ao ter sido ignorado. Batucava os dedos na mesa, o que demonstrava que ele estava nervoso, uma mania que Gaia já tinha se acostumado depois de dois meses passando horas na companhia do sonserino.

𝐃𝐀𝐑𝐈𝐍𝐆 | Regulus Black Onde histórias criam vida. Descubra agora