𝐃𝐀𝐑𝐈𝐍𝐆 | Regulus Black

twenty five: the moore family

pt,br; a família moore

Lição: o amor afasta o medo
e a gratidão pode vencer o orgulho

Hogwarts,1978;
junho

COM O FINAL DAS PROVAS, o ano letivo de 1977 era dado finalmente como encerrado e agora o castelo se concentrava para dar adeus a classe de 77'. Ariadne estava se formando, finalmente, e havia decidido seguir a carreira de Membro do Esquadrão da Execução das Leis mágicas, no ministério da magia. Gaia no entanto, ainda tinha um ano inteiro pela frente para poder seguir a carreira de auror.

Havia uma semana que ela evitava todas as tentativas de Louis de entrar em contato com ela. Do grupo, agora desfeito, apenas Amélia continuava falando com ele de vez em quando, pois Emmeline e Amanda não pareciam tão dispostas quanto ela à perdoa-lo.

Ainda era confuso para Gaia todo o parentesco que eles tinham. Em dezessete anos esteve acostumada com a presença de quatro irmãs. Agora, ela tinha um irmão, da mesma idade que ela, com apenas alguns meses de diferença entre eles. Louis era nascido do início de julho, o que o tornava tudo mais bizarro e de certa forma nojento. A única coisa que conseguia pensar era em sua mãe, e toda dor que isso tinha causado à ela.

— Ei! Está pronta? — Ariadne bateu na porta do dormitório, que já estava quase vazio. Só ela e Amanda haviam ficado ali para a cerimônia dos formandos.

Gaia a encarou pelo reflexo do espelho, sentindo um aperto no coração ao vê-la vestindo o vestido favorito da mãe delas: preto, cheio de estrelinhas pregadas nele. Ariadne também usava uma tiara sob os cabelos escuros, genética que havia puxado da família Rogers. Como toda irmã mais nova, ela sentiu as lágrimas se formarem ao redor dos olhos ao perceber que agora sua irmã seguiria o próprio caminho.

— O que houve? — ela se aproximou, preocupada — Aconteceu algo com você?

— Não! Não aconteceu nada! — Gaia enxugou as lágrimas teimosas, rindo, com a voz embargada — É só que... no fundo não estava preparada para te ver me deixando.

— Você enlouqueceu, Gaia Jane Moore? — Ariadne segurou as mãos dela, acariciando-as — Eu nunca vou te deixar, só estou me formando. Ainda vamos continuar morando na mesma casa e eu vou te enviar cartas todos os dias, mesmo que você não as responda. Você é minha garotinha, sempre vai ser.

A ruiva encarou os olhos castanhos da irmã por algum tempo, memorizando a imagem dela idêntica a mãe delas para sempre. Elas se abraçaram por algum tempo, Gaia não queria larga-la. No fundo ela sabia que sim, tudo mudaria a partir de agora.

— Meninas, comovente! Mas chega de chororô! — Marlene interrompe o momento delas, vestindo uma jaqueta de couro e calças iguais. Gaia tinha a impressão que Sirius também estava assim — Estamos atrasadas, Aria!

— Já vamos, Lene. — a morena responde, fungando, não tinha conseguido segurar o choro. Ela se separou da irmã, indo em direção à porta, até que Gaia tem uma ideia.

— Espera! — Gaia exclama, tirando o broche de borboleta do próprio vestido e entregando na direção da irmã — É seu, por hoje.

— Gaia... não posso. — Aria balança a cabeça, incrédula. Gaia nunca se separava daquele broche, nem por um milésimo de segundo — Nossa mãe te deu...

— E eu estou te emprestando, oras! Quero que você use hoje. — ela ergueu ainda mais o broche — Vamos logo, Ariadne, não tenho o dia inteiro.