nota: o monstro foi embora
e a mamãe está aqui.(TW: baby blues, depressão pós-parto)
Ireland, Laois,
8 de maio de 1980;ERA PRIMAVERA E GAIA colhia algumas flores no jardim do casarão. Sua barriga gigante de quase nove meses a impedia de agachar, então, ela colhia as flores mais próximas dela. O bebê se remexia no ventre dela inquieto, muito mais do que nos outros dias, e ela descobriu muitas coisas sobre ele, ao longo daquelas semanas.
A primeira de muitas, era que o bebê detestava doces e consequentemente, ela também. Havia um pote de chocolates de pimenta que ela nem sequer conseguia tocar, pois só o cheiro a deixava nauseada. A segunda coisa, era que aquela criança parecia um furacão: sempre estava se mexendo e chutando as costelas dela com força, impedindo-a de dormir. Gaia tinha apelidado-o de furacãozinho, mesmo sem saber o sexo da criança.
Apesar da insistência de Ariadne, ela não queria saber. Talvez quanto mais prolongasse o fato de que seria mãe em poucas semanas, ela poderia ficar em paz por algum tempo e esquecer que aquele bebê era filho de Regulus. Se fosse um menino, teria os olhos dele, disso ela tinha certeza. Se fosse menina, e ela tinha a leve impressão de que era, tinha puxado o talento dele para esportes, já que sua barriga parecia uma bola a qual o bebê parecia adorar chutar.
Gaia se sentou, colhendo as peônias e levando-as ao nariz. Aquele cheiro, o das flores, era um dos únicos que parecia agradar a crianças mas o principal era o cheiro de mar. Certa vez, lá pelo quinto mês de gestação, quando os enjoos de Gaia ainda eram constantes, ela e Ariadne foram até a praia mais próxima, de carro já que Gaia não podia aparatar. Foi a única vez naquela semana que não sentiu vontade de vomitar, e todos os dias desde então, ela passava um tempo na praia, acariciando a barriga enquanto as ondas quebravam na areia.
Naquela manhã, Ariadne estava fora, e ela não poderia ir até a praia. Não estava com tanto enjoo, surpreendentemente, mas o bebê parecia muito ansioso por algum motivo. Ela resolveu entrar em casa, já que seus pés estavam inchados parecendo duas batatas enormes, uma das coisas que a incomodava muito na gravidez, e tudo que mais queria era se deitar. No entanto, ela viu uma pequena criatura em pé, parada no corredor da casa, segurando vários envelopes.
— Quem é você? — ela perguntou ao elfo parado, que parecia resmungar palavras desconexas, mas ao ouvi-la chamando, pareceu reconhecê-la — Eu não vou perguntar de novo... quem é você?
— Monstro, minha senhora. — o elfo disse, e ela franziu o cenho, confusa — Sou o elfo doméstico dos Black.
Gaia não pensou duas vezes antes de começar a enxota-lo dali. Como ele sabia que ela estava ali? Monstro lutou bravamente contra ela, se prendendo na porta, para que ela não o expulsasse:
— Minha senhora! Eu trouxe a carta do meu senhor! — ele balançou o envelope desesperado, e Gaia bufou irritada — Ele pediu para eu entregar antes de... antes de partirmos.
— Diga a ele que eu não quero nada que venha dele. — sua voz era seria — E faça o favor de levar essa carta junto com você no caminho. Não estou interessada no que quer que ele tinha a me dizer.
Monstro deixou a carta no assoalho, alegando em voz baixa que ordens eram ordens. Mas antes de partir, virou-se para ela, com uma cara curiosa:
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𝐃𝐀𝐑𝐈𝐍𝐆 | Regulus Black
Fanfiction"lição número um: não se apaixone pelo seu inimigo, nem mesmo se ele for uma pessoa completamente diferente do que você pensava." 𝐆𝐀𝐈𝐀 𝐌𝐎𝐎𝐑𝐄 está encrencada. Suas notas em poções no NOMS não ocorreram como ela esperava , e agora ela precisa...