capítulo 3.

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MARTINELLI.

— Você não estava de pijama?

Foi a primeira coisa que perguntei ao ser recebido por Cassandra, ela bateu a porta.

— Estava, mas não se recebe visita de pijama.- revirou os olhos.- Oi pra você também.

— Muito seca, cruz credo.- fui atrás e me joguei no sofá assim que eu entrei no cômodo. Estava cansado demais hoje.

Cassandra se sentou ao meu lado, me olhando de rabo de olho. Ergui a sobrancelha, virando pra ela.

— Não vai nem me cumprimentar direito?

— Eu te dei oi, estou esperando você me responder.- sorriu cínica.

Fiquei calado, perdido nela. Ultimamente é raridade achar alguém que se pareça com as fotos que postam nas redes sociais, mas essa mulher aqui na minha frente..... meu Deus! Nem depois de stalkear ela por horas conseguia me acostumar.

— Chega mais então.- pedi, estendendo a mão, ela pareceu pensar mas segurou e eu a puxei pra perto, selando nossos lábios rapidamente.- Não vai me bater não né?

Ela negou rindo, se ajeitando ao meu lado e me deixando beijá-la novamente. Segurei na nuca dela e deixei que ela comandasse o beijo da forma que ela queria, senti suas mãos no meu abdômen me empurrando para trás e encostei no sofá, trazendo ela comigo.

Me perdi legal no momento, ela posicionou minhas mãos em sua cintura e depois levou a dela até a minha nuca, fazendo um carinho gostoso. Podia até dormir, se fosse a hora certa.

Até que ela se afastou e respirou fundo.

— O que?

— Isso que está acontecendo é bom, mas a gente precisa conversar antes, não acha?- perguntou em um tom incerto.

— Você não vai falar do meu outro relacionamento não né?- perguntei de volta, ela sorriu envergonhada.- Já te falei que terminei faz tempo, mas só descobriram depois.

— É que....- começou.- Eu não sei como me sentir com isso, nosso momento foi bom e hoje também está sendo, mas e depois?

— Eu falei brincando que você ia querer mais.- recebi um tapa em resposta.- Para, cara! Não precisa se preocupar não, tem que deixar acontecer antes de ficar pensando tanto.

— Mas eu não consigo ser assim, tenho que pensar antes.- rebateu, segurei seu rosto entre as mãos.

— Deixa de surto.- falei.- Vim te ver, dar uns beijinhos e ganhar um cafuné, não ficar de paranoia.

— É disso que eu estou falando.- riu baixo, colocando a mão por cima da minha.- Onde isso deixa a gente? Amigos? Ficantes?

— Colegas que ficam quando tem vontade, e aí?- aproximei nossos rostos, beijando seu nariz.

— Ok.- Na hora que eu ia tacar um beijo, ela abriu a boca de novo.- E as outras pessoas? Ficamos entre a gente ou.....

— Não vejo motivo pra ficar com outra pessoa agora não, nem vontade.- confessei.- Mas se for o caso, de ambas as partes, a gente conversa e tudo certo.

Em Off | Gabriel Martinelli Onde histórias criam vida. Descubra agora